Setembro

Domingo, 01 de Setembro de 2024

 22º Domingo do Tempo Comum      

Dt 4,1.2.6-8            

Sl 15(14),2-5           

Tg 1,17.18.21.22.27          

Mc,1-8.14.15.21-23

 PERTO E LONGE

“…O seu coração está longe de mim…” (Mc 7,6)

Estou sentado a cerca de três metros de Jesus em Adoração Eucarística, muito próximo d’Ele. “Tu estás próximo, Iahweh…” (Sl 119(118),151) No tempo do Antigo Testamento, O Senhor disse a Moisés: “…Não te aproximes daqui…” (Ex 3,5) Chegar perto do Senhor era risco de morte (Ex 24,2; Nm 1,51). Mas mesmo nos dias pré-Cristãos, Deus estava atraindo Seu povo para perto. “[O Senhor] está perto de todos os que o invocam…” (Sl 145(144),18) O salmista podia dizer: “Quanto a mim, estar junto de Deus é o meu bem!…” (Sl 73(72),28)

Jesus veio à terra e as pessoas puderam tocá-Lo, vê-Lo, e ouvi-Lo (1Jo 1,1). Ele veio para habitar no meio do Seu povo, para vivo no meio de nós (Jo 1,14). Mas mesmo aquela proximidade não era perto o suficiente para o Senhor. Ele veio ainda para mais perto de nós na Eucaristia, para habitar em nós (Jo 6,56; 17,23).

Talvez nós tenhamos crescido acostumados(as) com a proximidade de Deus. Nós temos uma grande necessidade do temor pelo Senhor (Is 11,2), de modo que podemos aprender como estar perto do Senhor sem perder o temor por estar em Sua presença. O profeta Isaias advertiu: “…este povo se chega junto a mim com palavras e me glorifica com os lábios, mas o seu coração está longe de mim…” (Is 29,13; Mc 7,6)

Alguns(umas) podem dizer que eles(as) sentem que Deus está longe deles(as) e não se importam. No entanto, se alguém se afastou, não foi Deus (Sl 139(138),7-10). Possivelmente esses pensamentos aparecem porque a pessoa se afastou de Deus. Se nos aproximarmos de Deus, ele se aproximará de nós (Tg 4,8). “…está introduzida uma esperança melhor, pela qual nos aproximamos de Deus.” (Hb 7,19)

Oração: Jesus, Tu viestes para chamar todos(as) aqueles(as) que estão perto e que estão longe (Ef 2,17). Traz-me para perto de Ti através do Teu sangue (Ef 2,13). “Arrasta-me contigo…” (Ct 1,4)

Promessa: “Agora, pois, ó Israel, ouve os estatutos e as normas que eu hoje vos ensino a praticar, a fim de que vivais…” (Dt 4,1)

Louvor: Louvor a Jesus, a Ressurreição e a Vida (Jo 11,25).

Segunda-feira, 02 de Setembro de 2024                                        

1Cor 2,1-5                                      

Sl 119(118),97-102                        

Lc 4,16-30

  FÉ FUNDAMENTADA OU NÃO FUNDAMENTADA

           “…A vossa fé não se baseie sobre a sabedoria dos homens, mas sobre o poder de Deus.” (1Cor 2,5)

A sua fé tem uma fundação firme? Os corações de muitos pais ficam partidos quando eles vêm a fé dos seus filhos colapsar depois que as crianças saem de casa. Muitos Cristãos pensam que sua fé tem uma fundação forte até que enfrentam tragédias ou até mesmo a morte. Muitos Cristãos pensam que sua fé tem uma fundação firme, mas a apostasia em massa no fim dos tempos pode vir a provar que estão errados(as) (2Ts 2,3; Mt 24,10.12.22).

Se a sua fé é fundamentada:

-em como você foi criado(a),

– em sua Igreja ter sido acolhedora,

– em ter como conselheiro espiritual um sacerdote ou um pregador (1Cor 2,1), e

– em ter percebido a força persuasiva de sábia argumentação, então a sua fé a sua fé não tem uma fundação firme e irá colapsar.

No entanto, se sua fé é fundamentada:

– em ouvir e obedecer a Palavra de Deus (Mt 7,24),

– em “…não [querer] saber outra coisa … a não ser Jesus Cristo, e Jesus Cristo crucificado.” (1Cor 2,2), e

– em uma “…demonstração de Espírito e poder.” (1Cor 2,4), então a sua fé tem uma sólida fundação e permanecerá de pé diante de qualquer coisa. “…Se não o crerdes, não vos mantereis firmes.” (Is 7,9)

Oração: Pai, que eu possa mover montanhas através de minha fé em Ti (Mt 17,20).

Promessa: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar a remissão aos presos e aos cegos a recuperação da vista; para restituir a liberdade aos oprimidos e para proclamar um ano de graça do Senhor.” (Lc 4,18.19)

Terça-feira, 03 de Setembro de 2024                                      

Papa São Gregório Magno

 1Cor 2,10-16                                               

Sl 145(144),8-14                             

Lc 4,31-37 

 CANTANDO CANÇÕES ESPIRITUAIS

“O homem espiritual, ao contrário, julga a respeito de tudo e por ninguém é julgado.” (1Cor 2,15)

O Espírito de Deus está nos ensinando tudo o que nós precisamos saber (Jo 14,26) e nos guiando para a verdade plena (Jo 16,13). Todavia, somente a pessoa espiritualizada pode aceitar o que o Espírito está ensinando (1Cor 2,13-15). A pessoa que seja somente natural “…não pode compreender, pois isso deve ser julgado espiritualmente.” (1Cor 2,14) Mas nós devemos ser capazes de aceitar o ensinamento do Espírito, pois somos pessoas espiritualizadas em Cristo. Nós nos tornamos pessoas espiritualizadas quando fomos batizados(as).

No entanto, nós temos que viver o nosso Batismo, ou nos privaremos de avaliar e receber o ensinamento do Espírito. Isso explica porque muitos Cristãos não estão ouvindo a palavra do Espírito às suas igrejas (Ap 2,7.11), às famílias, às comunidades, aos negócios e aos países. As palavras do espírito são verdade (1Jo 5,6) e vida (Jo 6,63). O Espírito empunhando a Palavra é nossa maior arma de ataque na batalha espiritual (Ef 6,17). Nós temos que ouvir o Espírito ou seremos enganados(as), despojados(as), e vencidos(as). Portanto, nós temos que viver o nosso Batismo e ser pessoas espiritualizadas – não somente potencialmente, mas sim realmente.

Renovemos as nossas promessas batismais. Arrependamo-nos. Entreguemos as nossas vidas totalmente a Jesus. Amemo-Lo com todo o nosso coração. Então recebamos o Espírito, o Seu ensinamento e a Sua vida.

Oração: Pai, envia o Espírito da verdade para guiar-me à verdade plena (Jo 16,13).

Promessa: “…Que significa isso? Ele dá ordens com autoridade e poder aos espíritos imundos e eles saem!” (Lc 4,36)

Louvor: O Papa São Gregório Magno é um dos quatro Doutores-chave da Igreja, Ele foi eleito com a idade de cinquenta anos pelo clero e pelo povo de Roma.

Quarta-feira, 04 de Setembro de 2024                  

1Cor 3,1-9                                       

Sl 33(32),12-15.20.21                                

Lc 4,38-44

 POR QUE EU QUERO JESUS?

“…As multidões … tendo-o encontrado, queriam retê-lo, impedindo que as deixasse.” (Lc 4,42)

As multidões tentaram impedir Jesus de deixá-las. Elas estavam, sem saber, agindo em oposição à vontade do Pai, pois o Pai havia enviado Jesus para anunciar o Evangelho às cidades da Judéia (Jo 4,43). Certamente é uma coisa boa quando as multidões desejam que Jesus permaneça em seu meio. Mas aparentemente elas queriam que Jesus continuasse indo ao encontro dos seus desejos de curas ao invés de fazer a vontade de Seu Pai.

Em outro momento no Seu ministério público, uma multidão de Samaritanos na cidade de Sicar do mesmo modo, “…vieram até ele, pedindo-lhe que permanecesse com eles…” (Jo 4,40) Naquela ocasião, Jesus “…ficou ali dois dias.” (Jo 4,40) Os Samaritanos vieram a aceitar Jesus como “…salvador do mundo.” após ouvirem as Suas palavras por eles mesmos (Jo 4,41.42). Como Maria de Betânia, os Samaritanos aparentemente queriam somente ouvir as palavras de Jesus (Lc 10,41.42).

Agora que Jesus ressuscitou, é ainda melhor para nós que Ele tenha ascendido (Jo 16,7). Ele pode agora permanecer constantemente conosco. Jesus não é difícil de ser encontrado. Ele está na Eucaristia, no Sacrário, no Espírito Santo, em Sua Palavra, no Seu povo, nos Sacramentos. Ele não está se escondendo de nós; ao invés disso, Ele está se escondendo para nós.

Às vezes, tentamos impedir Jesus de partir; em outras vezes, não estamos interessados(as) em estar com Ele quando Ele quer que nós permaneçamos ao Seu lado. Por que nós queremos Jesus nas nossas vidas? Queremos Jesus nas nossas vidas pela mesma razão que Jesus quer estar nas nossas vidas? Queremos que Ele permaneça conosco do mesmo modo que Ele quer permanecer conosco? As nossas respostas irão revelar a profundidade do nosso relacionamento com Jesus.

Oração: Pai, dá-me uma fome insaciável por Jesus.

Promessa: “Feliz a nação cujo Deus é Iahweh…” (Sl 33(32),12)

Louvor: Jesus libertou Pedro de seu vício em drogas. Pedro agora tem se dedicado a pregar a Palavra de Deus.

Quinta-feira, 05 de Setembro de 2024                                                                                                                                                               1Cor 3,18-23                                              

Sl 24(23),1-6                                    

Lc 5,1-11 

 TUDO EM CRISTO (1Cor 15,28)

“…Tudo pertence a vós.” (1Cor 3,21)

O Senhor nos diz nos Dez Mandamentos para não cobiçarmos a casa, a mulher e as posses do nosso próximo (Ex 20,17). Em Jesus Cristo, não há necessidade de cobiçar ou estar querendo. Porque pertencemos a Jesus, todas as coisas são nossas (1Cor 3,21-23). Entregando as nossas vidas a Jesus, recebemos em retorno cem vezes mais casas, terras e familiares (Mc 10,29.30). Em Jesus, todo dom e bem espiritual está à nossa disposição (Ef 1,3). “…tudo se realiza em [nosso] favor…” (2Cor 4,15) Essa abundância ocorre porque nós pertencemos a Jesus, e todas as coisas são de Cristo (Sl 24(23),1). O Senhor é nosso Pastor, então nós não temos que cobiçar bens materiais ou espirituais (Sl 23(22),1). Nós podemos viver em total desapego deste mundo e das coisas deste mundo (1Jo 2,15), porque estamos vivendo em total ligação com o Rei deste mundo, o Senhor Jesus Cristo.

Nós não podemos amar a Deus e as coisas deste mundo (Mt 6,24). Quando amamos as coisas deste mundo e as cobiçamos, nós perdemos o nosso amor por Jesus (Tg 4,4; Fl 3,18.19). Por outro lado, renunciando às coisas do mundo – e Jesus diz que ninguém pode ser Seu discípulo sem renunciar a todo o que possui (Lc 14,33) – então, por pertencermos a Cristo, todas as suas posses se tornam nossas.

Nós não nos entregamos a Jesus de modo a ganhar as suas posses. É o oposto. Renunciando a todas as coisas e nos agarrando somente ao Senhor, ganhamos todas as coisas, temporais e espirituais. Nas palavras de uma antiga canção: ‘Volte os seus olhos para Jesus. Contemple totalmente a Sua maravilhosa face. Todas as coisas da terra parecerão estranhamente escurecidas, na luz de Sua glória e graça’.

Oração: Pai, “…tudo eu considero perda, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor. Por ele, eu perdi tudo e tudo tenho como esterco, para ganhar a Cristo e ser achado nele…” (Fl 3,8.9)

Promessa: “…Não tenhas medo! Doravante serás pescador de homens.” (Lc 5,10)

Louvor: Jorge havia colocado a sua confiança na sua educação e no seu trabalho, mas depois aprendeu a confiar somente no Senhor.

Sexta-feira, 06 de Setembro de 2024                   

1Cor 4,1-5                           

Sl 37(36),3-6.27.28.39.40                         

Lc 5,33-39                                                        

A VIDA NA VIA EXPRESSA

“Dias virão, porém, em que o noivo lhes será tirado; e naquele dia jejuarão.” (Lc 5,35)

Quando somos batizados(as) na nova vida de Jesus e decidimos viver o nosso Batismo, “…passaram-se as coisas antigas; eis que se fez uma realidade nova.” (2Cor 5,17) Jejuar, por exemplo, se torna uma coisa tão nova que o Senhor usa nosso jejum para expulsar os mais enraizados demônios (Mt 17,21, nota f), para iniciar o envio de missionários (At 13,2.3), e para estabelecer líderes para Sua Igreja (At 14,23). O jejum no Novo Testamento é muitas vezes frequente (2Cor 11,27; 6,5) e muito longos imitando o jejum de quarenta dias feito por Jesus (Mt 4,2). Considerando a novidade e a intensidade do jejum do Novo Testamento, nós seríamos tolos em jejuar em nome de Jesus até que tenhamos aceitado o novo odre da vida em Cristo.

Assim, que nós nos arrependamos de qualquer infidelidade às nossas promessas batismais e renovemos essas promessas. Que vivamos a ‘radical novidade’ do nosso Batismo. ‘Não é um exagero dizer-se que toda a existência do fiel leigo tem por finalidade levá-lo a descobrir a radical novidade cristã que promana do Batismo, sacramento da fé, a fim de poder vias suas exigências segundo a vocação que recebeu de Deus …’ (Christifideles Laici, 10 – São João Paulo II). Então que nós jejuemos convenientemente e sejamos parte da renovação da face da terra feita pelo Espírito (Sl 104(103),30).

Oração: Pai, ensina-me a jejuar como a Igreja primitiva jejuava.

Promessa: “…[O Senhor] porá às claras o que está oculto nas trevas e manifestará os desígnios dos corações. Então cada um receberá de Deus o louvor que lhe for devido.” (1Cor 4,5)

Louvor: Silvia, uma mãe educadora doméstica, leva os seus filhos à Missa todos os dias. Ela e seu marido fazem da Missa e dos Sacramentos o fundamento da

Sábado, 07 de Setembro de 2024            

1Cor 4,6-15                                     

Sl 145(144),17-21                    

Lc 6,1-5 

  “…SUPORTASTES UM COMBATE DOLOROSO.” (Hb 10,32)

“Julgo que Deus nos expôs, a nós, apóstolos, em último lugar…” (1Cor 4,9)

São Paulo repetidamente publicou listas dos sofrimentos dos Cristãos (2Cor 6,4-10; 11,23-29). Paulo descrevia os apóstolos como “…condenados à morte … dados em espetáculo ao mundo … loucos por causa de Cristo … [sofrendo] fome, sede e nudez … maltratados … não [tendo] morada … amaldiçoados … perseguidos … caluniados…” (1Cor 4,9-13) Paulo salientou que, de fato, os Cristãos deveriam esperar “…até o presente, [ser] considerados como o lixo do mundo e a escória do universo.” (1Cor 4,13)

Paulo enfatizava nosso sofrimento com e por Cristo:

– para indicar que devíamos esperar sofrer (1Pd 4,1),

– para nos ensinar que é um privilégio sofrer por Cristo (Fl 1,29; At 5,41),

– para nos mostrar a alegria que existe no sofrimento Cristão (Cl 1,24; 1Pd 4,13),

– para nos mostrar o poder redentor do sofrimento (Jo 12,24), e

– para mostrar que devemos querer sofrer com e por Ele (Fl 3,10) mais do que queremos permanecer em nossa ‘zona de conforto’.

Cristãos, não tenham medo de sofrer ou vocês terão medo de viver, morrer e amar. “…Cristo sofreu por vós, deixando-vos um exemplo, a fim de que sigais os seus passos.” (1Pd 2,21)

Oração: Pai, que meu amor por Ti possa me compelir a sofrer por Ti (2Cor 5,14).

Promessa: “Que minha boca diga o louvor de Iahweh e toda carne bendiga seu nome santo, para sempre e eternamente.” (Sl 145(144),21)

Louvor: Laura, presidente de sua turma do colégio, testemunhou por Jesus no seu discurso de formatura. Ela falou aos seus colegas sobre o valor da oração diária.

Domingo, 08 de Setembro de 2024                             

23º Domingo do Tempo Comum

Natividade de Nossa Senhora                                                            

Is 35,4-7                   

Sl 146(145),7-10                

Tg 2,1-5                   

Mc 7,31-35

“…FRUTO DOS LÁBIOS…” (Hb 13,15)

 “Levando-o a sós para longe da multidão, [Jesus] colocou os dedos nas orelhas dele e, com saliva, tocou-lhe a língua.” (Mc 7,33)

Os gestos de Jesus de colocar seus dedos nos ouvidos do homem surdo-gago e tocar sua língua parecem estranhos na nossa moderna cultura antisséptica (Mc 7,33). Mas vocês foram batizados(as), experimentaram o toque de Jesus de um modo similar. No Batismo, o sacerdote ou diácono tocou os seus ouvidos e lábios, orando para que Deus abrisse os seus ouvidos para escutar Sua Palavra e seus lábios para proclamá-la.

Antes de Jesus tocar o surdo-gago, Ele “…levantando os olhos para o céu, gemeu e disse Effatha, que quer dizer ‘Abre-te!’. Imediatamente abriram-se lhe os ouvidos e a língua se lhe desprendeu, e falava corretamente.” (Mc 7,34.35) “Jesus Cristo é o mesmo, ontem e hoje…” (Hb 13,8) Ele continua gemendo e orando para que os nossos ouvidos e bocas sejam abertos para a Palavra de Deus.

Anos ouvindo música alta resultam na perda gradual da audição. Da mesma forma, anos ouvindo o ruído e as vozes do mundo levam à degradação da nossa audição espiritual. Arrependam-se de qualquer surdez ou mutismo espiritual. Permita que Jesus tire você de si mesmo(a), para longe do burburinho do mundo das multidões ao seu redor (Mc 7,33; Mt 6,6). Deixem que Ele o toque e renove a sua inocência batismal. ‘Sejam abertos’ (Mc 7,34).

Oração: Jesus, sempre que eu fizer o sinal da cruz antes de ouvir o Evangelho ser proclamado na Missa, toca a minha fronte, os meus lábios e o meu coração como Tu tocastes o surdo-mudo. Abre os meus lábios para anunciar a Tua Palavra.

Promessa: “Atentai para isto, meus amados irmãos: Não escolheu Deus os pobres em bens deste mundo para serem ricos na fé e herdeiros do reino que prometeu aos que o amam?” (Tg 2,5)

Louvor: Louvor a Jesus, que foi obediente até à morte e foi ressuscitado no terceiro dia (1Cor 15,4). Toda glória seja dada a Deus para sempre.

Segunda-feira, 9 de Setembro de 2024                                             

São Pedro Clavert                       

1Cor 5,1-8                                       

Sl 5,5-7.12                                      

Lc 6,6-11                                                         

O FERMENTO DOS IRMÃOS

“…Não sabeis que um pouco de fermento leveda toda a massa?” (1Cor 5,6)

Aqueles(as) que cometem pecado são como fermento que tem os seus efeitos sobre toda a comunidade Cristã. Portanto, nós temos que:

– vencer as tentações do pecado de modo a não nos ferir a nós mesmos(as) e a outras pessoas.

– nos arrepender e procurar a Confissão tão logo possível se tivermos cometido pecado,

– perdoar aqueles(as) que estiverem pecando e, dessa forma, ferindo a si mesmos(as) e à nossa comunidade,

– ser ministros da reconciliação (2Cor 5,18) orando por aqueles(as) que tiverem pecado (1Jo 5,16), corrigindo-os(as) com caridade (Lc 17,3; Mt 18,15; Ez 3,18; 33,7), levando-os(as) ao arrependimento,

– ser cuidadosos(as) de modo que nós mesmos(as) não sejamos condicionados(as) pelo pecado (Jd 23; conf. Ef 5,11.12),

– resgatar aqueles(as) que estão sendo corrompidos(as) pelo fermento do pecado (Jd 22), e

– dar tudo o que temos pelo reino de Deus de modo a ser fermento que faz o mundo crescer (Mt 13,33).

“…Nossa Páscoa, Cristo, foi imolada. Celebremos, portanto, a festa, não com velho fermento, nem com fermento de malícia e perversidade, mas com pães ázimos: na pureza e na verdade.” (1Cor 5,7.8)

Oração: Pai, dá-me um grande amor pelos pecadores e desse modo um grande ódio pelo pecado.

Promessa: Jesus “correndo os olhos por todos eles, disse ao homem: ‘Estende a mão’. Ele o fez, e a mão voltou ao estado normal.” (Lc 6,10)

Louvor: Depois de uma vida de serviço e caridade, os últimos anos de São Pedro Claret foram passados na doença, no abandono, e na desgraça. Quando da sua morte, toda a cidade se lamentou e se arrependeu por tê-lo abandonado. “manifestará tua justiça como a luz e teu direito como o meio-dia. Descansa em Iahweh e nele espera…” (Sl 37(36),6.7)

Terça-feira, 10 de Setembro de 2024  

 1Cor 6,1-11                                     

Sl 149,1-6.9                                     

Lc 6,12-19                                                          

RELATOS CONFLITANTES

“…Os atormentados por espíritos impuros também eram curados. E toda a multidão procurava tocá-lo, porque dele saia uma força que a todos curava.” (Lc 6,18.19)

São Lucas havia acabado de narrar cinco conflitos que os líderes religiosos haviam tido com Jesus. Eles ficaram aborrecidos com Jesus sobre a observância do ‘Sabbath’, do jejum, das companhias com quem andava e da alegação da autoridade para perdoar pecados. Ao final dos cinco conflitos, os líderes religiosos “…se enfureceram e combinavam o que fariam a Jesus.” (Lc 6,11)

As respostas naturais para o dilúvio de reclamações e acusações incluiriam incomodo, medo, ressentimento e afastamento. Ao invés disso, Jesus respondeu “…[indo] à montanha para orar e passou a noite inteira em oração a Deus.” (Lc 6,12), selecionando os doze apóstolos (Lc 6,13) e curando os doentes (Lc 6,19).

Vamos orar pela graça de responder a um dilúvio de reclamações de conflitos do mesmo modo que Jesus fez: não sendo perturbado, mas permanecendo calmo de modo que nós “…[levemos] uma vida de autodomínio e de sobriedade, dedicada à oração.” (1Pd 4,7) Quando estamos atravessando a agonia no jardim, temos que dedicar um longo tempo à oração. Devemos também selecionar outras pessoas para nos ajudarem na oração, mesmo se isso nos expuser a uma rejeição posterior. Finalmente, devemos colocar os nossos próprios corações nas mãos de Deus e, apesar de feridos, alcançar a cura de outras pessoas.

Quarta-feira, 11 de Setembro de 2024                

1Cor 7,25-31                                              

Sl 45(44),11.12.14-17                                

Lc 6,20,26                                                    

A QUEM VOCÊ QUER AGRADAR?

“Ai de vós, quando vos bendisserem…” (Lc 6,26)

Muitos(as) de nós queremos que as pessoas falem bem de nós. No entanto, nós não podemos servir a Deus e aos homens (Mt 6,24). Temos que escolher entre agradar a Deus ou agradar às pessoas. O louvor dos seres humanos é inconstante. Jesus compreendeu isso muito bem (Jo 2,24.25). No período de cinco dias, as multidões em Jerusalém mudaram da aclamação a Ele com gritos de ‘Hosana’ (Mc 11,9) para furiosas exclamações de ‘Crucifica-o!’ (Mc 15,13).

São Paulo também compreendeu essa dinâmica. Ele decidiu escrever uma necessária, mas difícil, mensagem para sua jovem igreja na Galácia. Paulo escreveu: “É porventura o favor dos homens que agora eu busco, ou o favor de Deus? Ou procuro agradar aos homens? Se eu quisesse ainda agradar aos homens, não seria servo de Cristo.” (Gl 1,10) Paulo também escreveu para a igreja em Tessalônica: “Uma vez que Deus nos achou dignos de confiar-nos o evangelho, falamos não para agradar aos homens, mas, sim, a Deus, que perscruta o nosso coração. Eu não me apresentei com adulações, como sabeis, nem com secreta ganância, Deus é testemunha! Tampouco procuramos elogio dos homens, quer vosso quer de outrem.” (1Ts 2,4-6)

Diferentemente de São Paulo, os Fariseus “…amavam mais a glória dos homens do que a de Deus.” (Jo 12,43) Eles rejeitaram Jesus e assim serviram de exemplo para o comentário de Jesus: “Ai de vós quando todos vos bendisserem…” (Lc 6,26) Portanto, alegrem-se quando as pessoas falarem mal de vocês, especialmente por sua crença no Senhor (Lc 6,22.26). Vamos vivamos não mais para nós mesmos(as), mas para Jesus (2Cor 5,15).

Oração: Pai, que eu possa ficar cheio de alegria por ser “…[achado(a) digno(a)] de sofrer afrontas pelo Nome” de Jesus (At 5,41).

Promessa: “…Bem-aventurados vós, os pobres, porque vosso é o Reino de Deus.” (Lc 6,20)

Louvor: Marcos não somente jejua às sextas-feiras, mas durante quinze anos tem dedicado horas em adoração Eucarística todas as sextas-feiras.

Quinta-feira, 12 de Setembro de 2024                                    

Santíssimo Nome de Maria       

 1Cor 8,1-7.11-13                

Sl 139(138),1-3.13.14.23.24                                

Lc 6,27-38                                                    

OPORTUNIDADES DE PECADO         

“Eis porque, se um alimento é ocasião de queda para meu irmão, para sempre deixarei de comer carne, a fim de não causar a queda de meu irmão.” (1Cor 8,13)

Comer carne que tenha sido oferecida a ídolos era um motivo de pecado para muitos Coríntios e Romanos Cristãos (Rm 14,20.21). Não havia em si nada de errado nessa prática, mas ela feria a consciência de alguns Cristãos. Portanto, São Paulo disse que ele nunca comeria carne novamente.

Hoje, o álcool é motivo de pecado para muitas pessoas. Portanto, cheios de amor por elas, nós devemos deixar de consumir álcool onde houver a mínima possibilidade disso se tornar um motivo de pecado (Ef 5,18). Isso é especialmente verdade nos casos de venda e consumo público de álcool, o que é muito comum em muitas igrejas.

O jogo também é um motivo de pecado em nossa sociedade. Portanto, o amor ao próximo deve nos levar a não comprar outro bilhete de loteria, ou a promover bingos, rifas ou jogos onde haja a possibilidade de que isso possa se tornar motivo de pecado (1Tm 6,10).

Pecados com fantasias sexuais, masturbações, fornicação e adultério são pandêmicos em nosso mundo. Portanto, devemos ser cuidadosos(as) em nos vestir modestamente e nunca mencionar a impureza sexual em nossas conversas (Ef 5,3.4).

São Paulo declarou enfaticamente: “Pecando assim contra vossos irmãos e ferindo a sua consciência, que é fraca, é contra Cristo que pecais.” (1Cor 8,12)

Oração: Pai, que eu seja mais preocupado(a) com a santidade do que com o prazer.

Promessa: “…Amai vossos inimigos, fazei o bem e emprestai sem esperar coisa alguma em troca. Será grande a vossa recompensa, e sereis filhos do Altíssimo…” (Lc 6,35)

Louvor: ‘Nós, que clamamos pelo nome de Maria … possamos receber a força e o conforto em todas as nossas necessidades.’ (Missa do Santíssimo Nome de Maria).

Sexta-feira, 13 de Setembro de 2024                                                 

São João Crisóstomo                  

1Cor 9,16-19,22-27                                   

Sl 84(83),3-6.12                                          

Lc 6,39-42                                                         

RETIRANDO OS CISCOS

“…Então verás bem para tirar o cisco do olho de teu irmão.” (Lc 6,42)

Jesus nos encarregou de retirar os ciscos dos olhos das outras pessoas. Os pecados das outras pessoas são assunto nosso porque nós amamos essas pessoas o suficiente para tentar afastá-las da destruição de si mesmas através do pecado.

Contudo, nós não estamos preparados(as) para trabalhar nos olhos dos outros até que nós, primeiramente, deixemos que o Senhor trate da nossa cegueira espiritual devido ao pecado (Lc 6,42). Cirurgiões com olhos cegos fazem mais mal do que bem.

Quando nos arrependemos e confessamos nossos pecados, nós humilhamos a nós mesmos(as). Isto é uma preparação necessária para lidar com o orgulho do pecado em outra pessoa. Pregadores orgulhosos afastam pessoas quando as chamam à humildade.

Quando nos arrependemos, nós aprendemos várias coisas. Percebemos o horror do pecado, os seus vícios e efeitos paralisantes, e, mais do que tudo, a misericórdia e a compaixão de nosso Pai celeste. Sem compreender estas coisas, não seremos efetivos(as) em ajudar outras pessoas a se arrepender. Mestres que não compreendem não são muito compreensíveis.

Arrependimento e Confissão são essenciais não somente para o nosso relacionamento com o Senhor, mas também para nossa preparação para remover os ciscos. Se você não tiver a trave removida do seu olho, você não está pronto(a) para remover nenhum cisco. “…tira primeiro a trave…” (Lc 6,42) do arrependimento.

Oração: Pai, faz de mim um profeta e ministro da reconciliação (2Cor 5,18).

Promessa: “Quanto a mim, é assim que corro, não ao incerto; é assim que pratico o pugilato, mas não como quem fere o ar. Trato duramente o meu corpo e reduzo-o à servidão, a fim de que não aconteça que, tendo proclamado a mensagem aos outros, venha eu mesmo a ser reprovado.” (1Cor 9,26.27)

Louvor: São João Crisóstomo morreu por Jesus enquanto estava num exílio forçado por causa de sua proclamação pública pela santidade

Sábado, 14 de Setembro de 2024                                              

Exaltação da Santa Cruz

 Nm 21,4-9 ou Fl 2,6-11                             

Sl 78(77),1.2.34-38                        

Jo 3,13-17                                            

 PRÓXIMOS DA CRUZ 

“Pois Deus amou tanto o mundo, que entregou o seu Filho único, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha vida eterna.” (Jo 3,16)

 ‘A minha paixão está crucificada; não existe mais em mim o fogo da carne. Agora começo a ser discípulo … Prefiro morrer em Cristo Jesus a reinar de uma extremidade à outra da terra. Procuro-o, ele que morreu por; quero-o, ele que ressuscitou por nós.’ (Santo Inácio de Antioquía). Esta declaração feita quando olhamos para a cruz, pode nos transformar radicalmente.

“…Olharão para aquele que traspassaram.” (Jo 19,37) “O centurião, que se achava bem defronte dele, vendo que havia expirado desse modo, disse: ‘Verdadeiramente este homem era filho de Deus’!” (Mc 15,39) Quando vemos Jesus levantado na cruz, como Moisés levantou a serpente no deserto, nós somos atraídos(as) a acreditar e “…[ter] nele vida eterna.” (Jo 3,14.15; 12,32). São Paulo transformou os mais duros corações dizendo: “Pois não quis saber outra coisa entre vós a não ser Jesus Cristo, e Jesus Cristo crucificado.” (1Cor 2,2) Ele proclamou o Evangelho apresentando diante dos olhos de todos Jesus Cristo crucificado (Gl 3,1).

Você consideraria olhar diariamente, em oração, durante dez segundos, para uma imagem de Jesus crucificado? Este ato de oração seria o momento para Jesus transformar você numa nova pessoa. Você proclamaria com São Paulo: “Quanto a mim, não aconteça gloriar-me senão da cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, por quem o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo.” (Gl 6,14)

Oração: Jesus, que eu possa conscientemente sempre viver à sombra da Tua cruz.

Promessa: “humilhou-se e foi obediente até a morte, e morte de cruz! Por isso Deus o sobre-exaltou grandemente e o agraciou com o Nome que é sobre todo o nome.” (Fl 2,8.9)

Louvor: As 4.200 cruzes colocadas diante de uma igreja local, representando o número de bebês cirurgicamente abortados em um único dia, ajudaram as pessoas a perceber a gravidade do aborto.

Promessa: “Quanto a mim, é assim que corro, não ao incerto; é assim que pratico o pugilato, mas não como quem fere o ar. Trato duramente o meu corpo e reduzo-o à servidão, a fim de que não aconteça que, tendo proclamado a mensagem aos outros, venha eu mesmo a ser reprovado.” (1Cor 9,26.27)

Louvor: São João Crisóstomo morreu por Jesus enquanto estava num exílio forçado por causa de sua proclamação pública pela santidade

Domingo, 15 de Setembro de 2024                             

24º Domingo do Tempo Comum                                                                                              

Nossa Senhora das Dores                             

Is 50,4-9                   

Sl 116(114),1-6.8.9            

Tg 2,14-18               

Mc 8,27-35                                                     

O PRIVILÉGIO DO SOFRIMENTO (Fl 1,29)

“E começou a ensinar-lhes: ‘O Filho do Homem deve sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos chefes dos sacerdotes e pelos escribas, ser morto e, depois de três dias, ressuscitar’. Dizia isso abertamente…” (Mc 8,31.32)

Jesus é muito claro quanto ao fato que teremos que sofrer e suportar o sofrimento pelo Evangelho (2Tm 1,8). Ele declara sem rodeios que nós, os que O seguimos temos que nos negar a nós mesmos(as) e tomar a nossa cruz (Mc 8,34). O sofrimento é o caminho da salvação, necessário para o cumprimento do plano de salvação de Deus. Nós completaremos na nossa própria carne “…o que falta das tribulações de Cristo pelo Seu Corpo, que é a Igreja.” (Cl 1,24)

Isto não significa que todo sofrimento é da vontade de Deus. Jesus, repetidamente, tirou pessoas do sofrimento, curando-as e libertando-as. Cada hospital, consultório médico e órgão de serviço social existe para aliviar o sofrimento. Mas alguns sofrimentos estão sujeitos à participação nos sofrimentos da morte de Jesus (Fl 3,10). Desses nós não devemos nos isentar, mas aceitar como nossa participação nos sofrimentos de Cristo (Rm 8,17).

“Mas ninguém dentre vós queira sofrer como assassino ou ladrão, ou malfeitor ou como delator, mas, se sofre como cristão, não se envergonhe, antes glorifique a Deus por esse nome.” (1Pd 4,15.16)

Oração: Rei Jesus, que eu possa ser considerado(a) digno(a) de Vosso reino e de sofrer por ele (2Ts 1,5).

Promessa: “O Senhor Iahweh virá em meu socorro, eis porque não me sinto humilhado, eis porque fiz do meu rosto uma pederneira e tenho a certeza de que não ficarei confundido.” (Is 50,7)

Louvor: “Nós te damos graças, Senhor Deus todo-poderoso, ‘Aquele-que-é e Aquele-que-era’, porque assumistes o teu grande poder e passaste a reinar.” (Ap 11,17)