Setembro

Terça-feira, 01 de Setembro de 2020

1Cor 2,10-16  

  Sl 145(144),8-14  

   Lc 4,31-37

   PREENCHIDO(A) PELO ESPÍRITO?

“Quanto a nós, não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que vem de Deus, a fim de que conheçamos os dons da graça de Deus.” (1Cor 2,12)

O Espírito:

– “…sonda todas as coisas, até mesmo as profundidades de Deus.” (1Cor 2,10),

– ajuda-nos “… a fim de que conheçamos os dons da graça de Deus.” (1Cor 2,12),

– ensina-nos as palavras a serem ditas sobre as realidades espirituais (1Cor 2,13), e

– torna possível para nós “… [termos] o pensamento de Cristo.” (1Cor 2,16)

Nós ficaremos presos na ignorância, na confusão e no relacionamento superficial com o Senhor a menos que sejamos dóceis ao Espírito Santo e deixemos que Ele realize o que desejar em nossas vidas. Muitos(as) de nós que lemos esse texto somos batizados(as) e crismados(as) no Espírito Santo. Portanto, o Espírito Santo habita em nós (1Cor 6,19). No entanto, nós podemos extinguir (1Ts 5,19) e entristecer (Ef 4,30) o Espírito Santo com nossos pecados. Nós precisamos nos arrepender e deixar que o Espírito seja o mais ativo possível em nossas vidas. Somente então nós poderemos viver a plenitude abundante da vida em Cristo.

No entanto, aceitar as graças da docilidade ao Espírito Santo e do arrependimento por resistir ao Espírito é um desafio formidável para o nosso egoísmo. O Senhor nos ensina através de Sua Igreja: ‘…quanto mais renunciarmos a nós próprios, mais caminharemos segundo o Espírito…’ (CIC 736). O espírito maligno repetidamente e algumas vezes sutilmente, nos manipula através do nosso egoísmo, impedindo a ação do Espírito.

Oração: Pai, eu Te peço para fazeres em mim o que for necessário de modo que eu viva totalmente guiado pelo Espírito Santo.

Promessa: “…Que significa isso? Ele dá ordens com autoridade e poder aos espíritos impuros, e eles saem!” (Lc 4,36)

Louvor: Jesus curou João do prejuízo causado por um ataque do coração. Desde então, João louva ao Senhor participando diariamente da Missa e fazendo sua Confissão mensalmente.

Quarta-feira, 02 de Setembro de 2020                                     

1Cor 3,1-9                                         

Sl 33(32),12-15.20.21

Lc 4,38-44

 ANOREXIA ESPIRITUAL

“Quanto a mim, irmãos, não vos pude falar como a homens espirituais, mas tão somente como a homens carnais, como a crianças em Cristo.” (1Cor 3,1)

Muitas vezes o povo de Deus se encontra doente, “…com febre alta…” e incapaz de servir a Deus e a Seu povo (Lc 4,38.39). Nós ficamos doentes e incapazes de servir a Deus quando o corpo de Cristo é perturbado e fica dividido. Nossas debilitantes divisões são devidas parcialmente à nossa imaturidade. Nossa imaturidade e nosso retardo espiritual são parcialmente devidos à nossa falta de alimentação espiritual (1Cor 3,2-4). Nossa falta de alimentação espiritual é parcialmente devida à anorexia espiritual. Perdemos o apetite pelas coisas de Deus porque nos empanturramos com as coisas da carne. “Pois a carne tem aspirações contrárias ao espírito …” (Gl 5,17), e “desejo satisfeito, doçura para a alma …” (Pr 13,19)

Precisamos deixar que o Espírito se oponha à carne (Gl 5,17) e crucificar nossa “…carne com as suas paixões e seus desejos.” (Gl 5,24). Então nós não somente “[desejaremos], como crianças recém-nascidas, o leite não adulterado …” do Espírito (1Pe 2,2), mas também estaremos famintos pelo pão (Mt 4,4) e pelo alimento sólido (Hb 5,14) da Palavra de Deus. E quando estivermos alimentados(as) espiritualmente, estaremos maduros, unidos e saudáveis, e aptos(as) para servir ao Senhor e ao Seu povo com poder. Permita que o Espírito Santo crucifique a sua carne, cure a sua alma, e transforme o mundo.

Oração: Pai, que eu seja mais faminto pela Tua palavra do que pelo meu alimento favorito (Sl 119(118),103).

Promessa: “…Devo anunciar também a outras cidades a Boa Nova do Reino de Deus, pois é para isso que fui enviado.” (Lc 4,43)

Louvor: A Irmã Miriam conversou gentilmente com uma mulher que estava folheando livros da Nova Era em uma livraria. Ela comprou um livro Católico e o deu para ela, saindo da loja. A mulher leu o livro, aceitou Jesus em seu coração e juntou-se à Igreja Católica.

Quinta-feira, 03 de Setembro de 2020                  

Papa São Gregório Magno

 1Cor 3,18-23

Sl 24(23),1-6                                      

Lc 5,1-11

 VÁ MAIS FUNDO

“…[Jesus] sentando-se ensinava do barco às multidões. Quando acabou de falar, disse a Simão: ‘Faze-te ao largo; lançai vossas redes para a pesca’.” (Lc 5,3.4)

No dia 6 de janeiro de 2001, na festa da Epifania e término do Grande Jubileu de 2000, o Papa São João Paulo II proclamou e profetizou que o lema para a Igreja no início do terceiro milênio seria: ‘Lançar-se a águas mais profundas’. Quase vinte anos depois, nós precisamos nos perguntar como nós respondemos ao Senhor, falando através da Igreja e do Papa.

Numerosos Cristãos Católicos e outros Cristãos ao redor do mundo responderam. Eles(as) aceitaram a graça de aprofundar seu relacionamento com o Senhor, a estender ainda mais a evangelização pessoa a pessoa e em outras formas de serem pescadores(as) de homens e mulheres ( Lc 5,10).

Muitos(as) outros(as) Cristãos(ãs) estão ficando para trás no seguimento da liderança do Espírito revelada pela Igreja. O Senhor em Sua misericórdia oferece arrependimento e perdão a eles(as). Se eles(as) se sentem inadequados, o Senhor providenciará tudo o que for necessário para que seja feita a Sua vontade. Precisam somente acreditar e obedecer-Lhe.

Jesus pode retornar a qualquer momento. Cada um(a) de nós, mesmo os(as) mais novos(as), temos apenas um pouco mais de tempo para viver. A vida é curta. Que não desperdicemos o resto de nossas vidas “…com as paixões humanas, mas seguindo a vontade de Deus.” (1Pe 4,2). Viva, de agora em diante, para partilhar a fé mais distante e mais profundamente.

Oração: Pai, remove qualquer coisa que possa me impedir de me aprofundar e ser um(a) pescador(a) de homens e mulheres.

Promessa: “Ninguém se iluda: se alguém dentre vós julga ser sábio aos olhos deste mundo, torne-se louco para ser sábio; pois a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus …” (1Cor 3,18.19)

Louvor: O Papa São Gregório Magno sentiu ser chamado para se tornar monge, mas foi também chamado para coisas maiores. Ele se senta ao lado de Santo Agostinho, Santo Ambrósio e São Jerônimo como um dos quatro doutores da Igreja Ocidental.

Sexta-feira, 04 de Setembro de 2020                          

   1 Cor 4,1-5                             

Sl 37(36),3-6.27.28.39.40                             

Lc 5,33-39

 O PROPÓSITO PARA O JEJUM

“Dias virão, porém, em que o noivo lhes será tirado; e naqueles dias jejuarão.” (Lc 5,35)

Jesus disse que após a Sua Ascensão ao céu, do derramamento do Espírito Santo em Pentecostes e do nascimento da Igreja, os Seus discípulos jejuariam. Depois que os Seus discípulos foram batizados n’Ele e se tornaram novas criaturas, eles podiam jejuar com uma dimensão radicalmente nova.

Então a Igreja primitiva tentou descobrir qual era a nova forma de jejum de Jesus. Quando o Senhor cegou Saulo, Ele o fez jejuar de comida e água durante três dias antes de seu Batismo (At 9,9). Depois o Senhor chamou a Igreja de Antioquia a jejuar, durante o tempo que o Espírito Santo lhes falava e separava Barnabé e Saulo para serem os primeiros missionários Cristãos (At 13,2.3). Em cada Igreja que eles iniciavam, “…designaram anciãos e, depois de terem orado e jejuado, confiaram-nos ao Senhor …” (At 14,23). Os primeiros três exemplos de jejum na Bíblia depois da Ascensão de Jesus e da vinda do Espírito Santo em Pentecostes foram no contexto de missão. Saulo foi um dos primeiros dois missionários Cristãos, Antioquia foi a primeira igreja missionária e os líderes das igrejas fundadas na primeira viagem missionária Cristã foram todos designados após orações e jejum.

Isso pode significar que para sermos missionários(as) no coração, precisamos jejuar de acordo com a radical novidade do Novo Testamento. Que nós nos arrependamos dos nossos pecados e peçamos ao Espírito Santo para incitar o nosso zelo batismal pela missão. Então nós iremos querer ouvir o chamado de Deus para o jejum.

Oração: Pai, faz-me ser fiel ao jejum a cada sexta-feira e a cada outra oportunidade que Tu me deres para jejuar.

Promessa: “Verdade é que a minha consciência de nada me acusa, mas nem por isto estou justificado; meu juiz é o Senhor. Por conseguinte, não julgueis prematuramente, antes que venha o Senhor. Ele porá às claras o que está oculto nas trevas e manifestará os desígnios dos corações. Então cada um receberá de Deus o louvor que lhe for devido.” (1Cor 4,4.5)

Louvor: Há muitos anos, Jane jejua pelo fim do aborto e da eutanásia.

Sábado, 05 de Setembro de 2020                          

  1Cor 4,6-15                                       

Sl 145(144),17-21                              

Lc 6,1-5

POR QUE ALGUMAS PESSOAS SÃO CORAJOSAS E OUTRAS NÃO?

“Somos caluniados, e consolamos. Até o presente somos considerados como o lixo do mundo, a escória do universo.” (1Cor 4,13)

Quando Jesus foi apresentado no Templo, Simeão profetizou que Jesus seria “…como um sinal de contradição.” (Lc 2,34). Isso foi escandalosamente demonstrado pelo fato que Jesus foi crucificado. Os seguidores de Jesus também são sinais de contradição. Nós seremos perseguidos (Mt 5,11) e alguns(umas) serão martirizados(as). Desse modo, o mundo tenta nos manipular para comprometer a verdade do Evangelho. Contudo, nós precisamos desejar sofrer qualquer tipo de rejeição, insulto, ou dor (1Cor 4,10-13) de modo que nunca venhamos a perder nossa liberdade de proclamar o Evangelho corajosamente, sem concessão.

Enfrentar a dor e a perseguição por amor a Jesus é possível somente pela graça de Deus. A graça da coragem geralmente é precedida por muitas outras graças que nos são dadas de modo especial em nossos anos de formação:

– um total comprometimento com Jesus,

– uma formação completa e orante na Palavra de Deus,

– uma vibrante e estabelecida vida sacramental,

– uma irmandade Cristã vivida em uma comunidade Cristã, com penitências e sacrifícios,

– a submissão à autoridade da Igreja, e

– uma consciência corretamente formada.

Muitos(as) Cristãos(ãs) parecem estar mais receosos nos dias de hoje. Eles(as) são facilmente manipulados(as) em seu compromisso pelo simples pensamento de ser um pouco impopular. Alguns(umas) Cristãos(ãs) até mesmo duvidam dos objetivos da verdade e da moralidade. Nós precisamos nos arrepender, aceitar a graça fundamental da coragem, e proclamar corajosamente a inalterável verdade com amor ( Ef 4,15).

Oração: Pai, que eu ame as pessoas o suficiente para me arriscar a ser rejeitado(a) por elas quando lhes falar a verdade.

Promessa: “[O Senhor] está perto de todos os que o invocam, de todos os que o invocam sinceramente.” (Sl 145(144),18)

Louvor: O amor pelas crianças abortadas superou o medo de Maria de ser perseguida por ser uma testemunha pró-vida..

Domingo, 06 de Setembro de 2020                                  

23º Domingo do Tempo Comum                           

Ez 33,7-9                    

Sl 95(94),1.2.6-9                   

Rm 13,8-10                

Mt 18,15-20

 OS ELEVADOS PADRÕES PELA UNIDADE

“Se teu irmão pecar, vai corrigi-lo a sós …” (Mt 18,15)

Jesus ora para que a Sua Igreja seja una como Ele e o Seu Pai são um (Jo 17,21). E ele tem padrões excepcionalmente altos para a unidade em Sua Igreja de modo que o mundo acredite que o Pai O enviou (Jo 17,21). Isso pode ser uma surpresa para nós, pois a nossa experiência nas nossas igrejas locais pode ser de uma desunião confessional e entre facções. Porém Jesus nunca muda os Seus padrões. Ele insiste que Sua Igreja reflita a unidade da Trindade.

Para evitar a desunião, desfazer a desunião, e construir a unidade, o Espírito Santo age dos seguintes modos. Ele nos dá:

– o Sacramento da Reconciliação,

– a responsabilidade e a sabedoria para corrigir nossos irmãos e irmãs em Cristo (Ez 33,8; Mt 18,15),

– a caridade e a disciplina para manter nossas divergências com outro(a) irmão(ã) em segredo (Mt 18,15),

– a profunda presença de Jesus e o poder da oração quando os Cristãos(ãs) se põem de acordo em nome de Jesus (Mt 18,19.20),

– a submissão à autoridade dos líderes de nossa igreja ( Mt 18,17), e

– o sofrimento redentor (Jo 11,51.52).

O Espírito Santo nos capacita a nunca termos que nos contentar com nada menos que uma maior unidade na Igreja. Contudo, nós precisamos ser dóceis ao Espírito Santo e seguir os Seus caminhos de reconciliação e unidade com exatidão e sacrifício. Vem, Espírito Santo da unidade! (1Cor 12,13); Ef 4,3). Vem e dá-nos um novo Pentecostes de unidade!

Oração: Pai, liberta a Igreja de modo que ela aceite a sua participação da unidade da Trindade, tão logo possível.

Promessa: “Não devais nada a ninguém, a não ser o amor mútuo, pois quem ama o outro cumpriu a Lei.” (Rm 13,8)

Louvor: Você alguma vez foi preso(a) por “… ensinar ao povo e anunciar, em Jesus, a ressurreição dos mortos?” ( At 4,1-3). Jesus ressuscitado, dê-me a força de Teus apóstolos!

Segunda-feira, 07 de Setembro de 2020                    

 1Cor 5,1-8                                         

Sl 5,5-7.12                                         

Lc 6,6-11                                  

COMO AMAR VERDADEIRAMENTE OS PECADORES

“Entreguemos tal homem a Satanás para a perda da sua carne, a fim de que o espírito seja salvo no dia do Senhor.” (1Cor 5,5)

São Paulo ouviu que um dos Cristãos de Corinto havia cometido um sério pecado sexual e não tinham se arrependido (1Cor 5,1). Ele sabia que ele tinha que deixar claro que aquele homem havia sido excomungado (1Cor 5,3-5; 5,13). Contudo, alguns da igreja de Corinto estavam admitindo aquele pecado (1Cor 5,2) e Paulo não pode estar presente para falar pessoalmente com a pessoa excomungada e com os outros membros da Igreja (1Cor 5,3). Além disso, era questionável se a autoridade de Paulo seria aceita pela igreja de Corinto (2Cor 11,5.6).

Paulo tinha várias razões para não tratar do pecado na igreja de Corinto imediatamente. Todavia, ele sabia que era a vontade de Deus para ele que agisse sem demora, pois sabia “…que um pouco de fermento leveda toda a massa.” (1Cor 5,6). O pecado é como câncer. Pode se espalhar rapidamente. Assim, uma ação imediata é necessária não importando quais sejam os obstáculos.

Hoje, a atitude permissiva diante do pecado está disseminada na maior parte da Igreja. Apesar dessa atitude tentar parecer ser, no mínimo, compaixão, amor e ‘ausência de juízo de valor’, a permissividade diante do pecado gera uma confusão paralisante. A permissividade é uma recusa a ser responsável, amoroso(a) e justo(a). Ela é distante da realidade e torna os assuntos piores imediatamente e possivelmente para sempre.

Que possamos seguir o exemplo de Paulo agindo imediatamente com relação ao pecado e tendo ‘tolerância zero’ com relação aos nossos próprios pecados e também aos de outras pessoas. Assim procedendo, odiaremos o pecado e amaremos verdadeiramente o(a) pecador(a).

Oração: Pai, que eu tenha a Tua atitude diante dos(as) pecadores(as) e do pecado.

Promessa: Jesus “.. disse ao homem: ‘Estende a mão’. Ele o fez, e a mão voltou ao estado normal.” (Lc 6,10)

Louvor: Tomás expressava seu amor por Jesus ajudando a distribuir alimentos e roupas a mais de cem famílias necessitadas.

Terça-feira, 08 de Setembro de 2020                                

Natividade de Nossa Senhora                                                                  

Mq 5,1-4 ou Rm 8,28-30                  

Sl 71(70),6; 13(12),6             

Mt 1,1-16.18-23                       

UM NASCIMENTO PARA UMA ESPERANÇA VIVA (1Pe 1,3)

“Jacó gerou José, o esposo de Maria, da qual nasceu Jesus chamado Cristo.” (Mt 1,16)

Nós somos Cristãos(ãs). Amamos a Jesus. Nós amamos tudo o que se relaciona a Jesus. Nós amamos o que Ele ama e entesouramos o que Ele entesoura. Amamos sua mãe Maria, Seu pai adotivo José, Seus avós e todos os Seus ancestrais (Mt 1,1-16). Nós amamos a todos os irmãos e irmãs adotivos de Jesus, porque Jesus os(as) ama.

Porque somos Cristãos(ãs) nós nascemos de novo, ‘nascemos do alto’ ( Jo 3,3). Recebemos esse novo nascimento através das águas do Batismo (Tt 3,5). Nós “…[nascemos] do Espírito.” ( Jo 3,8). Fomos gerados(as) pela Palavra de Deus (Tg 1,18; 1Pe 1,23).

Esse amor pelo nascimento do alto e pelo que Jesus entesoura nos leva a celebrar com alegria o nascimento de Maria, a mãe de Jesus e nossa mãe (Jo 19,26). O seu nascimento é para todos(as) nós um nascimento para uma esperança viva (1Pe 1,3). “E a esperança não decepciona, porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado.” (Rm 5,5)

Feliz Aniversário, Maria, mãe da Esperança!

Oração: Pai, em obediência ao Teu mandamento (Ex 20,12) e com todo o amor do meu coração, eu honro a Maria, minha mãe adotiva.

Promessa: “E nós sabemos que Deus coopera em tudo para o bem daqueles que o amam, que são chamados segundo o seu desígnio.” (Rm 8,28)

Louvor: Nove meses atrás nós celebramos a Solenidade da Imaculada Concepção de Maria. Hoje nós recordamos a alegria do seu nascimento. “Que teu pai e tua mãe se alegrem, e exulte aquela que te gerou.” (Pr 23,25)

Quarta-feira, 9 de Setembro de 2020                                                      

São Pedro Claver                       

1Cor 7,25-31                                     

Sl 45(44),11.12.14-17                       

Lc 6,20-26                                                                

SAIR DO EGITO “…Pois passa a figura deste mundo.” (1Cor 7,31) Os Israelitas, no deserto, preferiram o alimento da escravidão ao invés do alimento da liberdade (Nm 11,5). Foi aparentemente mais fácil para Deus fazer com que os Israelitas saíssem fisicamente do Egito do que tirar o Egito de Israel, Isto é, desprender os Israelitas de suas amarras dos benefícios e prazeres da escravidão. Existe alguma coisa que esteja impedindo você de seguir a Deus? Peça a Ele para quebrar essas correntes e deixá-lo(a) livre. Peça a Jesus pela graça do desapego, necessária para libertá-lo(a) de qualquer fixação com coisas materiais, de dádivas, e de prazeres deste mundo, tanto bons quanto maus. O mundo passará, mas a Palavra de Deus nunca passará (Mt 5,18). Visto que “… passa a figura deste mundo.” (1Cor 7,31), “…eis agora o tempo favorável por excelência …” (2Cor 6,2). “Então, sim, poderemos discutir, diz Iahweh …” (Is 1,18). “E agora, que estás esperando?…” (At 22,16), “…viver o resto dos seus dias na carne, não mais de acordo com as paixões humanas, mas segundo a vontade de Deus. Já é muito que no tempo passado tenhais realizado a vontade dos gentios …” (1Pe 4,2.3)

Oração: Pai, que “… tenhamos plena confiança no dia do Julgamento, porque tal como [Jesus] é também somos nós neste mundo.” (1Jo 4,17)

Promessa: “Bem-aventurados sereis quando os homens vos odiarem, quando vos rejeitarem, insultarem, e proscreverem vosso nome como infame, por causa do Filho do Homem. Alegrai-vos naquele dia e exultai, porque no céu será grande a vossa recompensa …” (Lc 6,22.23)

Louvor: São Pedro Claver, padroeiro das missões junto aos escravos, imitou verdadeiramente a Cristo. Em Cartagena, na Colômbia, ele procurou por navios com escravos Africanos. Com humildade, ele se misturou com aqueles que estavam infectados de modo a cuidar dos mortos, dos agonizantes e dos enfermos.

Quinta-feira, 10 de Setembro de 2020                                         

 1Cor 8,1-7.11-13                   

Sl 139(138),1-3.13.14.23.24                         

Lc 6,27-38                                   

COMO AMAR SEUS INIMIGOS PRODIGAMENTE

“…Amai os vossos inimigos …” (Lc 6,27)

Jesus disse aos Seus seguidores: “Eu, porém, vos digo a vós que me escutais: Amai os vossos inimigos, fazei o bem aos que vos odeiam.” (Lc 6,27). Uns poucos versículos mais adiante, Jesus repete: “…amai os vossos inimigos, fazei o bem …” (Lc 6,35). Isso pode ser o uso do artifício literário chamado inserção. Os textos antigos não continham parágrafos. Uma inserção é um dos recursos que o autor podia usar para indicar quando o tratamento de um assunto começava e terminava. O uso de uma inserção afeta enormemente a interpretação desses versículos.

Jesus pode estar mandando que nós mostremos o nosso amor pelos nossos inimigos mais do que mostramos amor por nossos amigos. Podemos estar sendo chamados(as) amar prodigamente os nossos inimigos que não se arrependeram e que estão nos ferindo nesse momento. Eles continuam a nos odiar (Lc 6,27), amaldiçoar, difamar (Lc 6,28) e a nos esbofetear (Lc 6,29). Eles podem até mesmo estar nos roubando nesse momento (Lc 6,29). Mas nós, como seguidores(as) de Jesus, temos que, ao mesmo tempo, amá-los fazendo-lhes o bem (Lc 6,27), abençoá-los e orar por eles (Lc 6,28) e, até mesmo deixar que nos firam e nos roubem (Lc 6,29). Devemos dar tudo a esses inimigos (Lc 6,30), até mesmo emprestar sem esperar que nos paguem (Lc 6,34).

A interpretação desses versículos pode parecer absurda, mas como nos diz São Paulo em uma de suas exortações: “…se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer, se tiver sede, dá-lhe de beber. Agindo desta forma estarás acumulando brasas sobre a cabeça dele. Não te deixes vencer pelo mal, mas vence o mal com o bem.” (Rm 12,20.21). Finalmente, essa interpretação parece ser confirmada pela morte de Jesus na cruz. Quando Jesus foi crucificado, Ele derramou infinito amor e misericórdia sobre Seus inimigos – muitos dos quais nunca se arrependeram.

Por Sua graça, ame seus inimigos como Jesus faz.

Oração: Pai, que eu possa viver radicalmente a vida de batizado(a).

Promessa: “… com a medida com que medirdes sereis medidos também.” (Lc 6,38)

Louvor: Jorge pleiteou contra a pena de morte aplicada ao assassino de sua filha.

Sexta-feira, 11 de Setembro de 2020                                                             

1Cor 9,16-19.22-27                           

Sl 84(83),3-6.12                                            

Lc 6,39-42                                                          

SER UM(A) LÍDER

Jesus “disse-lhes ainda uma parábola: ‘Pode acaso um cego guiar outro cego?’ …” (Lc 6,39)

Jesus destacou o óbvio: uma pessoa cega não pode guiar um outro cego. Isso também pode ser aplicado espiritualmente. Aqueles(as) “…incrédulos, dos quais o deus deste mundo obscureceu a inteligência…” (2Cor 4,4) desqualificam-se a si próprios(as) para serem líderes efetivos(as) no mundo secular, e especialmente, nas comunidades Cristãs. O deus ofuscante do tempo é o materialismo, o humanismo secular e o estilo de vida egocêntrico. Se nós não nos deixarmos ser crucificados(as) para esse estilo de vida de busca do prazer ( Gl 6,14), então não poderemos enxergar bem o suficiente para liderar a ninguém.

Se não estivermos cegos(as), mas nossa visão estiver deficiente por causa da trave em nossos olhos, nós não seremos desqualificados(as) imediatamente para a liderança. Porém, nós precisamos colocar qualquer liderança em suspenso até que possamos remover as traves de nossos olhos através do arrependimento. Então poderemos assumir a retirada do cisco dos olhos das outras pessoas (Lc 6,42).

Em resumo, a verdadeira liderança requer um arrependimento radical e constante. Sem um profundo arrependimento, nós nunca seremos bons(boas) esposos(as), pais, sacerdotes, pastores(as), religiosos(as) e líderes pastorais. Os(As) líderes não têm que ser perfeitos(as), dinâmicos(as), ou brilhantes, mas eles(as) precisam se arrepender o suficiente para poder enxergar espiritualmente. Arrependa-se e lidere.

Oração: Pai, por Tua causa, por minha causa, por causa daqueles(as) que eu amo e lidero, que eu me arrependa hoje e faça a minha Confissão tão logo seja possível.

Promessa: “E isto tudo eu faço por causa do evangelho, para dele me tornar participante.” (1Cor 9,23)

Louvor: Eduardo e Cristina dirigem um grupo de estudo da Bíblia em sua casa há vários anos.

Sábado, 12 de Setembro de 2020                                           

Santíssimo Nome de Maria      

1Cor 10,14-22                                               

Sl 116(115),12.13.17.18                               

Lc 6,43-49                                                           

LEMBRA-SE DE MIM?

“… imediatamente desabou; e foi grande a sua ruína!” (Lc 6,49)

Na data de ontem, há dezenove anos atrás, terroristas sequestraram aviões e os lançaram sobre as duas Torres Gêmeas na cidade de Nova Iorque. Cerca de três mil pessoas sofreram uma morte horrível e muitas pessoas se voltaram para o Senhor em oração. Orações encheram os sistemas de correspondência eletrônica. As Igrejas se encheram de pessoas angustiadas que se voltaram instintivamente para Deus em oração. As pessoas clamavam “…Senhor! Senhor! …” (Lc 6,46)

Quantas pessoas que se voltaram para Deus há dezenove anos atrás ainda continuam buscando por Ele hoje em dia? Jesus é misericordioso, e nunca rejeitará nenhuma pessoa que venha a Ele (Jo 6,37). O que Jesus realmente quer, no entanto, é que as pessoas que dizem para Ele ‘Senhor! Senhor!’ demonstrem depois a aceitação do Seu senhorio sobre elas ouvindo as Suas palavras e as colocando em prática pelo resto de suas vidas (Lc 6,46.47).

Que nós não perpetuemos as tragédias do passado. Qualquer um(a) “…que [deseje vir a Jesus], escuta as [Suas] palavras e as põe em prática.” (Lc 6,47). Aqueles(as) que assim procedem “assemelha-se a um homem que, ao construir uma casa, cavou, aprofundou e lançou o alicerce sobre a rocha. Veio a enchente, a torrente deu contra essa casa, mas não a pôde abalar, porque estava bem construída.” (Lc 6,48). Jesus diz: “Vinde a mim todos os que estais cansados…” (Mt 11,28). Depois Ele diz: “Permanecei em mim, como eu em vós…” (Jo 15,4)

Oração: Jesus, que as pessoas feridas que vêm a Ti, encontrem Teu amor regenerador e permaneçam em Ti para sempre.

Promessa: “Já que há um único pão, nós embora muitos, somos um só corpo, visto que todos participamos desse único pão.” (1Cor 10,17)

Louvor: “Porque olhou para a humilhação de sua serva. Sim! Doravante as gerações todas me chamarão de bem-aventurada.” (Lc 1,48). A Festividade do Santíssimo Nome de Maria começou na Espanha no Século XVI.

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Domingo, 13 de Setembro de 2020                                  

24º Domingo de Tempo Comum                                                                              

São João Crisóstomo                       

Eclo 27,33-28,9                     

Sl 103(102),1-4.9-12             

Rm 14,7-9                  

Mt 18,21-35                                        

OBRIGADO POR CONTROLAR O IMPOSSÍVEL

“Assim, encolerizado, o seu senhor o entregou aos verdugos, até que pagasse toda a dívida. Eis como meu Pai celeste agirá convosco, se cada um de vós não perdoar, de coração, ao seu irmão.” (Mt 18,34.35)

Se nós não aceitarmos a graça de perdoar aqueles que tenham pecado contra nós,

– o Senhor se lembrará com detalhes dos nossos pecados (Eclo 28,1),

– não devemos esperar ser curados pelo Senhor (Eclo 28,3),

– não seremos perdoados (Eclo 28,2.4.5), e

– seremos entregues a torturas, tais como a compulsão, o medo, a depressão, a  auto-aversão, a ansiedade e a outros males (Mt 18,34.35).

Portanto, precisamos aceitar a graça de perdoar nossos irmãos e irmãs em Cristo imediatamente ( Mt 5,25), repetidamente (Mt 18,22) e de coração (Mt 18,35). Isso se aplica não somente àqueles(as) que tiverem deixado de pecar contra nós, mas também àqueles(as) que continuam a pecar contra nós. Isso se aplica até aos nossos inimigos.

Obviamente, é humanamente impossível perdoar. ‘Errar é humano; perdoar é divino’ (Alexander Pope). Nossa única esperança é nos voltarmos para o Senhor, Aquele que é divino. Ele sempre nos concede a graça de obedecer aos Seus mandamentos. Ele se coloca acima de nossas limitações humanas para nos dar o poder de escolher perdoar imediatamente a todos(as) que tiverem pecado contra nós. Jesus nos dá o privilégio de viver em um mundo novo de graça e misericórdia. Como é maravilhoso poder participar do milagre e do mistério que é perdoar. Eu Te agradeço, Jesus, por nos levares a perdoar de coração setenta e sete vezes (Mt 18,22). Eu Te agradeço por Tua graça e misericórdia sem limites! Aleluia!

Oração: Pai, que eu veja o perdão a outras pessoas do mesmo modo como Tu o vês.

Promessa: “Pois ninguém de nós vive e ninguém morre para si mesmo, porque se vivemos é para o Senhor que vivemos, e se morremos é para o Senhor que morremos. Portanto,quer vivamos, quer morramos, pertencemos ao Senhor.” (Rm 14,7.8)

Louvor: Senhor, Tu és descendente de Davi, porém Filho de Deus (Rm 1,3.4). Louvores a Ti, Jesus!

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Segunda-feira, 14 de Setembro de 2020                                      

Exaltação da Santa Cruz

 Nm 21,4-9 ou Fl 2,6-11                                

Sl 78(77),1.2.34-38                            

Jo 3,13-17                                           

O QUE JESUS FEZ NA CRUZ

Jesus “…esvaziou-se a si mesmo, e assumiu a condição de servo, tomando a semelhança humana. E, achado em figura de homem, humilhou-se e foi obediente até a morte, e morte de cruz!” (Fl 2,7.8)

 A cruz, um modo de executar um criminoso e um símbolo de crueldade e vergonha, foi transformada por Jesus no maior símbolo do amor e da glória de Deus. Jesus realizou essa transformação pelo que Ele fez na cruz. Na cruz, Jesus:

– derramou o Seu sangue para nos redimir, lavou os nossos pecados (Ef 1,7), e nos libertou de um modo de vida fútil (1Pe 1,18.19),

– tornou possível para nós nos tornarmos filhos(as) de Deus (Gl 6,15) e participarmos da natureza divina (2Pe 1,4),

– realizou o mais puro ato de amor incondicional e derramou infinita misericórdia,

– humilhou-se a Si mesmo e obedeceu ao Seu Pai (Fl 2,8),

– perdoou-nos e nos ensinou a perdoar a outras pessoas ( Lc 23,34),

– atraiu todos(as) a Ele (Jo 12,32),

– deu-nos a oportunidade de crer n’Ele de modo a termos a vida eterna (Jo 3,14.15),

– “…[realizou] a paz pelo sangue da sua cruz.” (Cl 1,20),

– entregou o Seu espírito ( Jo 19,30), e

– deu-nos Maria como nossa mãe (Jo 19,26.27).

Durante as poucas horas em que ficou preso à cruz, Ele fez mais para transformar a raça humana do que já tivesse sido ou venha a ser feito em todo o tempo da história do mundo. Que nós possamos viver para adorar a Jesus e falar a tantas pessoas quantas seja possível sobre o triunfo da Sua cruz.

Oração: Jesus, eu sou arrebatado por Tua graça infinita. Eu entrego a minha vida a Ti.

Promessa: “Moisés, portanto, fez uma serpente de bronze e a colocou em uma haste; se alguém era mordido por uma serpente, contemplava a serpente de bronze e vivia.” (Nm 21,9)

Louvor: A santa tradição diz que Santa Helena descobriu a cruz verdadeira em Jerusalém no ano de 326. “Quanto a mim, não aconteça de gloriar-me senão da cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, por quem o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo.” (Gl 6,14)

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Terça-feira, 15 de Setembro de 2020                                              

Nossa Senhora das Dores                                 

Hb 5,7-9                                

Sl 31(30),2-6.15.16.20                      

Jo 19,25-27 ou Lc 2,33-35                                                 

O LAMENTO DE UMA MÃE

“… Jesus … disse à sua mãe: ‘Mulher, eis o teu filho!’ Depois disse ao discípulo: ‘Eis a tua mãe!’ … (Jo 19,26.27)

Quando uma mãe chora, um poder especial age no coração de cada membro da família. Quando uma mãe chora, nos sentimos compelidos a fazer a paz e qualquer outra coisa que ela nos diga para fazer. A Mãe Maria nos diz para fazer tudo o que Jesus nos disser (Jo 2,5). Assim, quando ela chora, isso faz com que Jesus seja obedecido.

Quando Jesus “…apresentou pedidos e súplicas, com veemente clamor e lágrimas, àquele que o podia salvar da morte …” (Hb 5,7), Seu Pai ouviu-O mas muitos O ignoraram. Porém, quando a mãe Maria chora, isso nos afeta de modo diferente. Nós somos movidos(as) por suas lágrimas de modo a não nos mantermos imóveis diante delas. Os nossos corações podem ser duros, calejados e frios. Contudo, quando nós a vemos chorando, traspassada por uma espada de dor, os sentimentos de nossos corações são revelados (Lc 2,35). Nós vemos a nossa insensibilidade para com o nosso Salvador crucificado. Quando nós a vemos chorando aos pés da cruz, nós percebemos que não estamos chorando, quando deveríamos estar (Jo 19,25).

Como são preciosas as lágrimas de uma mãe sendo derramadas sobre o mundo seco e frio!
‘… Estava a mãe dolorosa, junto à cruz, lacrimosa, da qual pendia o Filho. A espada atravessava sua alma agoniada, entristecida e dolorida. Quão triste e aflita estava ali a bendita mãe do Unigênito! Quão abatida, sofrida e trêmula via o sofrimento do Filho divino…’ (Hino Stabat Mater Dolorosa).

Oração: Jesus, que eu fique envergonhado(a) por não chorar diante da Tua cruz.

Promessa: “Simeão abençoou-os e disse a Maria: ‘Eis que este menino foi colocado para a queda e para o soerguimento de muitos em Israel, e como um sinal de contradição’.” (Lc 2,34)

Louvor: Maria enfrentou uma extenuante fuga para o Egito; o medo pela perda de seu Filho de doze anos; o encontro com seu Divino Filho no caminho para o Calvário; e a crucificação. Nossa Senhora das Dores, rogai por nós!

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Quarta-feira, 16 de Setembro de 2020                                                     

Papa São Cornélio

São Cipriano

 1Cor 12,31-13,13                              

Sl 33(32),2-5.12.22                           

Lc 7,31-35                                         

AMOR É UMA PALAVRA DE QUATRO LETRAS

“A caridade é paciente, a caridade é prestativa …” (1Cor 13,4)

Deus é amor (1Jo 4,16). Sem amor (caridade), nós nada ganhamos (1Cor 13,3). Todos nos reconhecerão como Cristãos(ãs) pelo nosso amor (Jo 13,35). Amor (caridade) é a essência da vida Cristã. Amar é uma ação mais do que uma qualidade ou condição. Uma tradução de 1Cor 13,4 diz: “…O amor é paciente, prestante é o amor: não inveja, não fanfarrona, não se incha [de vaidade].” (tradução do grego). O amor não é modificado por nenhum outro adjetivo, mas expressado por um verbo. Mais além, o amor realiza três coisas e não realiza outras oito. Primeiro, o amor é paciente e prestativo. Uma tradução mais exata poderia ser: ‘O amor sofre por um longo tempo e remove o fardo dos outros’.

O amor aqui apresentado não é tanto um bom sentimento, mas um sofrimento. Não é centrado em si próprio, mas sim em outras pessoas. O tema da abnegação, da generosidade, é mais expressado pelas oito coisas que não faz (1Cor 13,4-6). O ponto alto dessa passagem é “…[O amor] se regozija com a verdade.” (1Cor 13,6). O amor não é relacionado aqui com sentimentos ou sexo, mas com a alegria e com a verdade. Quando Deus fala em amor (caridade), Ele quer dizer algo muito diferente daquilo que significa para nós. Que nós aprendamos a amar com nosso Deus, que é Amor (1Jo 4,16).

Oração: Jesus, dá-me um amor divino e incondicional, o Teu amor.

Promessa: “Mas a sabedoria é justificada por todos os seus filhos.” (Lc 7,35)

Louvor: No Século III, o Catolicismo florescia na África Setentrional. São Cipriano era Bispo de Cartago e administrava sua função com compaixão. Vítima de caluniadores, foi martirizado no ano de 258.

Quinta-feira, 17 de Setembro de 2020                                            

São Roberto Belarmino                 

1Cor 15,1-11                                     

Sl 118(117)1.2.16.17.28                                

Lc 7,36-50                                           

NENHUM MOMENTO COMO O PRESENTE

“Lembrai-vos, irmãos, o evangelho que vos anunciei, que recebestes, no qual permaneceis firmes, e pelo qual sois salvos, se o guardais como vo-lo anunciei; doutro modo, teríeis acreditado em vão.” (1Cor 15,1.2)

Nós oramos a Deus para que Ele nos faça alguma coisa, ou agradecemos por algo que Ele nos tenha feito. Vivemos no passado e no futuro. No entanto, o Senhor quer que nós sejamos sensíveis a Ele no momento presente. “…Eis agora o tempo favorável por excelência. Eis agora o dia da salvação.” (2Cor 6,2). Agora é o momento de entregar nossas vidas “Àquele, cujo poder, agindo em nós, é capaz de fazer muito além, infinitamente além de tudo o que nós podemos pedir ou conceber.” (Ef 3,20)

Quando oramos por cura, esperamos uma resposta imediata de Deus? Quase todas as curas realizadas por Jesus descritas na Bíblia aconteceram de imediato. Será que Deus modificou seu ‘timing’? Ou será que nós não estamos crendo, e por isso, não recebemos? O Senhor promete: “Acontecerá então que antes de me invocarem, eu já lhes terei respondido; enquanto estiverem falando, eu já os terei atendido.” (Is 65,24). Nós achamos que Deus é lento e falamos sobre esperar pelo Senhor, mas Ele é que está esperando por nós. Jesus disse aos dois apóstolos: “…Insensatos e lentos de coração para crer …” (Lc 24,25). “E Deus não faria justiça a seus eleitos que clamam a ele dia e noite, mesmo que os faça esperar? Digo-vos que lhes fará justiça muito em breve. Mas quando o Filho do Homem voltar, encontrará a fé sobre a terra?” (Lc 18,7.8)

O lugar é aqui, a pessoa é você, e o momento é agora. Jesus disse: “… Tua fé te salvou; vai em paz.” (Lc 7,50)

Oração: Jesus, que eu possa viver em Ti e Te amar agora.

Promessa: “Não me deste um ósculo; ela, porém, desde que eu entrei não parou de cobrir-me os pés de beijos.” (Lc 7,45)

Louvor: São Roberto nasceu na Toscana, Itália, mas, depois de se juntar aos Jesuítas, foi enviado para a Bélgica. Isso foi providencial, pois o expôs ao Protestantismo. Foi creditado a ele o desenvolvimento da base teológica para a Reforma Católica.

Sexta-feira, 18 de Setembro de 2020                                                                                                                  

1Cor 15,12-20                                               

Sl 17(16),1.6-8.15                              

Lc 8,1-3                                       

JESUS RESSUSCITOU! ALELUIA ETERNAMENTE!

“E, se Cristo não ressuscitou, ilusória é a vossa fé; e ainda estais nos vossos pecados.” (1Cor 15,17)

Jesus ressuscitou dentre os mortos e prometeu também ressuscitar dentre os mortos aqueles(as) que vivem  para Ele. Essa é a maior revelação da fé Católica. Se Jesus ressuscitou, então Ele é Deus. Se Ele é Deus, então todas as Suas revelações, afirmações e promessas, têm que ser verdadeiras. Se Jesus não tivesse ressuscitado, então significava que Ele não era Deus e o Cristianismo seria uma farsa. Desse modo os nossos pecados não teriam sido perdoados (1Cor 15,17). Se assim fosse diríamos que nós não renascemos. Não somos filhos(as) de Deus. Não estamos livres, puros(as), e santificados(as). “Por conseguinte, aqueles que adormeceram em Cristo estão perdidos.” (1Cor 15,18). Se Cristo não ressuscitou, “…somos os mais dignos de compaixão de todos os homens.” (1Cor 15,19), a vida seria sem sentido, não existiria esperança para nós e nós estaríamos condenados.

“Mas não! Cristo ressuscitou dos mortos, primícias dos que adormeceram.” (1Cor 15,20).No esplendor da divina glória do Cristo ressuscitado, nós podemos viver uma radical vida nova, como filhos(as) de Deus, “…participantes da natureza divina…” (2Pe 1,4), e como “… uma raça eleita, um sacerdócio real, uma nação santa, o povo de sua particular propriedade…” (1Pe 2,9). Fomos salvos(as), redimidos(as), escolhidos(as) e chamados(as) a sermos santos(as) como o Senhor é santo (1Pe 1,15.16). Vivemos na vitória final, enquanto esperamos com Jesus que Seus inimigos sejam postos debaixo de Seus pés (Hb 10,12.13). Apesar de ainda estarmos carregando as nossas cruzes a cada dia (Lc 9,23) e participando dos sofrimentos de Cristo (Fl 3,10), nós vivemos na terra o amor, a alegria, e a liberdade da vida ressuscitada de Cristo e esperamos viver no céu a perfeição da vida face-a-face com Jesus.

Com uma fé cada vez mais forte, viva a vida ressuscitada em sua totalidade.

Oração: Pai, fortalece a minha fé em Jesus Ressuscitado e mostra-me os caminhos para que essa fé não seja sutilmente enfraquecida.

Promessa: “…Os Doze o acompanhavam, assim como algumas mulheres que haviam sido curadas de espíritos malignos e doenças.” (Lc 8,1.2)

Louvor: Trabalhando junto com seu esposo, com uma difícil programação, Marta orava para que Deus organizasse um tempo viável para que ela participasse da Missa. Depois disso, ela conseguiu participar da Comunhão diariamente.

Sábado, 19 de Setembro de 2020                                                             

São Januário

 1Cor 15,35-37.42-49                         

Sl 56(55),10-14                                              

Lc 8,4-15                                                                                                              

 AUMENTO NA PRODUÇÃO

“Outra parte, finalmente, caiu em terra fértil, germinou e deu fruto ao cêntuplo.” (Lc 8,8)

Uma típica colheita de grãos no tempo de Jesus teria uma produtividade de sete a oito frutos. Uma produtividade de cem frutos não teria possibilidade de ser atribuída à experiência do agricultor ou à fertilidade da terra. Aqueles(as) que escutavam a Jesus entenderam que somente por pura graça de Deus poderia dar fruto ao cêntuplo.

Nossa abordagem à leitura diária das Escrituras pode se assemelhar com os Israelitas que recolheram o maná que Deus providenciou durante décadas no deserto (Ex 16,14-18). Muitos Israelitas certamente recolheram-no rotineiramente ano após ano, vendo que o alimento milagroso aparecia sem que percebessem; ouvindo que outros também andavam pelo deserto retirando seu milagre diário caído do céu, sem entender (Lc 8,10). A rotina da leitura diária das Escrituras pode não produzir uma colheita do cêntuplo, mas sim a típica colheita de sete ou oito frutos que a Palavra de Deus automaticamente “…produz por si mesma…” (Mc 4,28). Se, através do nosso próprio esforço, nos abrirmos verdadeiramente ao Espírito Santo na leitura diária das Escrituras (Lc 8,15), talvez possamos aumentar a colheita para trinta ou sessenta frutos (Mt 13,8).

Nós do Ministério da Apresentação escrevemos este “Um Pão, Um Corpo” para encorajar cada um de vocês a lerem as leituras Eucarísticas diariamente, se possível antes de participar da Missa. Nós encorajamos vocês a participar diariamente da Missa, se possível, pois na Santa Missa nós estamos no ambiente dos milagres. Dia após dia, na presença de Jesus Eucarístico, que nós peçamos a Ele ansiosamente para abrir os nossos ouvidos (Is 50,4). Deus quer nos transformar e nós desejamos ver uma surpreendente e milagrosa colheita do cêntuplo, ou ainda maior.

Oração: Pai, eu tremo diante de Tua Palavra (Is 66,2).

Promessa: “A vós foi dado conhecer os mistérios do Reino de Deus…” (Lc 8,10)

Louvor: São Januário foi martirizado durante a perseguição do Imperador Diocleciano. Suas relíquias estão preservadas em Nápoles, Itália. O seu sangue coagulado, mantido em duas ampolas, se liquefaz regularmente todos os anos, em determinados dias, desafiando qualquer explicação natural.

Domingo, 20 de Setembro de 2020                          

25º Domingo do Tempo Comum

Santo André Kin Taegón,

São Paulo Chóng Hassang e companheiros                             

Is 55,6-9                     

Sl 145(144),2.3.8.9.17.18      

Fl 1,20-24.27             

Mt 20,1-16                                                           

IRMÃ MORTE

“…O meu desejo é partir e estar com Cristo, pois isso me é muito melhor.” (Fl 1,23)

São Paulo ‘diariamente [esteve] exposto à morte…” (1Cor 15,31). Esteve ‘no corredor da morte’ em mais de uma ocasião. Paulo encarou a morte e sorriu para ela. Ele até mesmo ridicularizava a morte quando exclamava: “Morte, onde está a tua vitória? Morte, onde está o teu aguilhão?” (1Cor 15,55). Paulo disse ainda: “Pois para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro.” (Fl 1,21). Disse que se sentia mais fortemente atraído por morrer do que por viver (Fl 1,23), pois ele considerava o morrer em Cristo uma coisa muito melhor (Fl 1,23).

Paulo foi libertado da escravidão do medo da morte (Hb 2,15) porque, para ele, viver significava Cristo (Fl 1,21). Quando entregamos a nossa vida inteiramente a Cristo, nós cremos que Jesus é a Ressurreição e a Vida (Jo 11,25), Aquele que destruiu a morte por Sua morte na cruz (Hb 2,14). Quando entregamos a nossa vida a Jesus, nós entregamos a nossa morte a Jesus, Aquele que tem “…as chaves da Morte e do Hades.” (Ap 1,18). Em Cristo, não existe mais condenação (Rm 8,1). Em Cristo, a escravidão do medo da morte é absorvida na vitória (1Cor 15,54).

Neste e em cada Domingo, nós celebramos a Ressurreição de Jesus dentre os mortos. Hoje, entregue tudo a Jesus, sorria diante da morte, e viva a vida livre e completamente (Jo 10,10).

Oração: Pai, dá-me uma boa morte, que seja do Teu agrado.

Promessa: “Procurai a Iahweh enquanto pode ser achado, invocai-o enquanto está perto.” (Is 55,6)

Louvor: “…Eu sou a ressurreição. Quem crê em mim, ainda que morra viverá. E quem vive e crê em mim jamais morrerá. Crês nisso?” (Jo 11,25.26)

Segunda-feira, 21 de Setembro de 2020                 

São Mateus, Apóstolo e Evangelista              

Ef 4,1-7.11-13                                    

Sl 19(18),2-5                                      

Mt 9,9-13

  QUEM, EU?

Mateus “…levantando-se, o seguiu [a Jesus].” (Mt 9,9)

Jesus irrompeu na vida de São Mateus. Mateus, um coletor de impostos, que exercia um trabalho que, naquela época, só era possível voltando as suas costas para sua fé Judaica e para seu povo Judeu. Judeus santos e fiéis consideravam um companheiro Judeu que coletava impostos de seu próprio povo para o governo Romano invasor como o pior dos pecadores, na mesma categoria das prostitutas (Mt 21,31.32).

Jesus entrou na coletoria de impostos de Mateus, olhou para ele, e chamou-o, dizendo: “…Segue-me. Este, levantando-se, o seguiu.” (Mt 9,9). A palavra Grega usada para ‘levantar’ é a mesma usada para ‘ressuscitar dentre os mortos’. Mateus literalmente ressuscitou da morte do pecado para seguir a Jesus em uma nova vida.

Jesus chama a cada um(a) de nós deixou para ‘segui-Lo’ assim como Ele chamou a Mateus. Se nos sentimos indignos(as) de responder ao Seu chamado, Jesus nos recorda: “…Com efeito, eu não vim chamar justos, mas pecadores.” (Mt 9,13)

Mateus alegremente recebeu Jesus em sua casa, como Zaqueu o faria depois. Que nós façamos o mesmo.

Oração: Pai, concede-me a graça de ‘ressuscitar’ de minha apatia, medo, pecado, e desorientação e seguir a Jesus para onde quer que Tu me mandares.

Promessa: “Há um só Corpo e um só Espírito, assim como é uma só a esperança da vocação a que fostes chamados.” (Ef 4,4)

Louvor: São Mateus não hesitou em seguir a Jesus e oferecer-Lhe hospitalidade (Mt 9,9-10). São Mateus, rogai por nós!

Terça-feira, 22 de Setembro de 2020

 Pr 21,1-6.10-13                                 

Sl 119(118),1.27.30.34.35.44                        

Lc 8,19-21

POBRE DE MIM

“Quem tapa o ouvido ao clamor do fraco também clamará e não terá resposta.” (Pr 21,13)

O que quer que façamos “…a um desses irmãos pequeninos…” nós o fazemos a Jesus (Mt 25,40). Quando não o fazemos, privamos a nós mesmos(as) de recebermos graças. Nós possuímos coisas que negamos aos pobres, mas não temos poder, paz, alegria, ou satisfação.

Se nós não respondermos às súplicas dos pobres, o Senhor não responderá às nossas súplicas (Pr 21,13). “Se um membro sofre, todos os membros compartilham o seu sofrimento; se um membro é honrado, todos os membros compartilham a sua alegria.” (1Cor 12,26). Ou nós estamos alegres todos juntos ou estamos infelizes. Por exemplo, se uma parte do seu corpo físico é ferida, todo o seu corpo sofre. Mesmo se você tentar ignorar aquela parte do seu corpo, ela ainda dói, o mesmo acontecendo com você como um todo. Nós estamos nisso juntos(as), quer gostemos ou não.

O primeiro mundo está deprimido porque o terceiro mundo está oprimido. Quando amamos os pobres, nós amamos uma parte do nosso próprio corpo. O Senhor promete: “Feliz quem pensa no fraco e no indigente, no dia da infelicidade Iahweh o salva; Iahweh o guarda, dá-lhe vida e felicidade na terra, e não o entrega à vontade dos seus inimigos! Iahweh o sustenta no seu leito de dor, tu afofas a cama em que ele definha.” (Sl 41(40),2-4)

Oração: Pai, que eu ajude prodigamente aos pobres (Sl 112(111),9).

Promessa: Jesus respondeu: “…Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a palavra de Deus e a põem em prática.” (Lc 8,21)

Louvor: Pedro e sua família trabalham juntos servindo mensalmente numa cozinha comunitária.

Quarta-feira, 23 de Setembro de 2020                                         

São Pio de Pietrelcina                      

Pr 30,5-9                                

Sl 119(118),29.72.89.101.104.163                          

  Lc 9,1-6                                   

CAMINHE PELA FÉ, NÃO PELA EXPERIÊNCIA

“Convocando os Doze, [Jesus] deu-lhes poder e autoridade sobre todos os demônios, bem como para curar doenças.” (Lc 9,1)

“Eles partiram, indo de povoado em povoado, anunciando a Boa Nova e operando curas por toda a parte.” (Lc 9,6). Parece que em várias ocasiões no passado o Senhor realizou muito mais curas através da Igreja. Apesar do Senhor estar realizando muito mais curas no presente, das quais nós não tomamos conhecimento, é muito provável que não estejamos vendo essas curas porque nós:

– ignoramos que o Senhor quer curar através de nós,

– não tentamos curar em nome de Jesus,

– não estamos seguindo as orientações do Senhor e simplificando nossas vidas (Lc 9,3-5), que pode ser parte da pedagogia da cura,

– não estamos proclamando o reino de Deus (Lc 9,2), uma vez que a cura acompanha essa proclamação, e

– não estamos perdoando aqueles(as) que nos rejeitaram (Lc 9,5), o que sabota a cura e toda a vida Cristã.

Apesar de todos esses comentários sobre possíveis poucas curas hoje em dia serem válidos, muitas vezes nós precisamos perceber que não sabemos por que algo parecer estar diferente dos padrões Bíblicos. Nesse momento, não devemos negar ou atenuar de modo algum a verdade da revelação divina na Bíblia. A Bíblia não precisa ser alterada para se adequar à nossa limitada experiência humana. Ao invés disso, nós deveríamos humildemente perceber que precisamos crescer na fé e no amor de modo a permitir que o Senhor aja através de nós mais livremente.

“A Palavra de Deus é comprovada …” (Pr 30,5) e verdadeira (Jo 17,17). Pela graça de Deus, que nós sempre procuremos avaliar tudo a partir da verdade.

Oração: Pai, eu Te agradeço por transcenderes o meu entendimento.

Promessa: “A lei da tua boca é um bem para mim, mais que milhões em ouro e prata.” (Sl 119(118),72)

Louvor: São Pio morreu em 1968 – um santo contemporâneo. Em 2002, na canonização de São Pio, o Papa São João Paulo II declarou: ‘O Padre Pio foi um generoso dispensador da misericórdia divina’.

Quinta-feira, 24 de Setembro de 2020      

 Ecl 1,2-11                                           

Sl 90(89),3-6.12-14.17                                  

Lc 9,7-9                                        

DA VAIDADE PARA A TRINDADE

“Vaidade das vaidades – diz Coélet – vaidade das vaidades, tudo é vaidade.” (Ecl 1,2)

Salomão foi o mais culto, rico e possivelmente, o mais poderoso homem do mundo. Ele foi esperto o suficiente para perceber que sua vida e todas as demais vidas não tinham nenhum sentido. A vida era sem esperança. Hoje as pessoas tentam evitar ter que enfrentar a dura realidade através de várias distrações, vícios e outras formas de escapismo, mas essa corrida desenfreada mostra somente como estamos desesperados(as).

O único modo de ser salvo(a) da difícil situação de uma vida sem esperança é ser batizado(a) em Jesus, receber uma nova natureza e uma nova vida (Rm 6,4), nos tornarmos filhos e filhas de Deus e membros da Igreja, o corpo de Cristo (1Cor 12,27), através da qual nós participamos da comunhão dos santos. Se estamos vivendo em Cristo e para Cristo, cada detalhe de nossas vidas está carregado de sentido e amor. Como filhos e filhas de Deus e participantes na natureza divina (2Pe 1,4), todo o nosso ser e tudo o que nós fazemos está em Cristo e no Seu corpo, a Igreja. Assim, nós e as nossas ações somos elevados à vida divina, ação e infinita realização da Santíssima Trindade. As nossas vidas entram no mistério de Deus. Então, o clamor da raça humana se transforma de ‘Vaidade’ em ‘Trindade’.

Portanto, que nós oremos para viver na Trindade pela fé e resistir às tentações de pecar de modo que nada vá colocar em risco nós vivermos essa nova vida.

Oração: Pai, eu Te agradeço por teres transformado tudo enviando Jesus e o Espírito Santo. Eu Te louvo agora e para sempre. Que eu possa partilhar dessa nova vida com esperança.

Promessa: “Ensina-nos a contar nossos dias, para que venhamos a ter um coração sábio!” (Sl 90(89),12)

Louvor: Roberto e Marli se arrependeram por terem defendido o controle da natalidade. Decididos a seguir completamente a Igreja, eles estão alegremente aguardando o nascimento do seu quarto filho.

Sexta-feira, 25 de Setembro de 2020                   

Ecl 3,1-11                                           

Sl 144(143),1-4                                             

Lc 9,18-22                                                           

A MORTE DO TEMPO

“Tudo o que ele fez é apropriado ao seu tempo. Também colocou no coração do homem o conjunto do tempo …” (Ecl 3,11)

O escritor do Livro do Eclesiastes permanece na sua desoladora descrição da vida dizendo: “Há um momento para tudo e um tempo para todo propósito debaixo do céu.” (Ecl 3,1). Em sua visão, tudo é regido pelo destino. Nosso esforço, criatividade e trabalho duro pouco significam. Eles são negados pela tirania do tempo. As coisas acontecerão quando tiverem de acontecer e nós nada podemos fazer a esse respeito. Então, por que tentar? Existe alguma esperança?

Jesus é a Esperança do mundo. A sua Ressurreição nos libertou da tirania do tempo. Batizados(as) em Jesus e vivendo para Ele, nós, nas nossas atividades diárias, estamos fazendo a diferença ao invés de estarmos sendo enganados(as). Portanto, a coisa mais importante do mundo é conhecer e amar nosso Senhor ressuscitado e então decidir viver totalmente para Ele e não mais para nós mesmos (2Cor 5,14.15). Quando decidimos entregar totalmente nossas vidas a Jesus, nós perdemos nossas ilusões e nossas amarras e recebemos a vida eterna em Cristo ressuscitado.

Como o Senhor foi misericordioso para conosco! Como somos privilegiados(as) por viver para Ele e ter a elevada missão de falar ao mundo sobre Ele, a Ressurreição e a Vida (Jo 11,25). Jesus se fez Homem e entrou no tempo de modo que nós pudéssemos escapar da tirania do tempo. Jesus virá no tempo final, no último dia e então será o fim do tempo. Vem, Senhor Jesus! Maranatha! (Ap 22,20).

Oração: Pai, que dia após dia eu entre mais firmemente na vida eterna.

Promessa: “Ele replicou: ‘E vós quem dizeis que eu sou’? Pedro então respondeu: ‘O Cristo de Deus’.” (Lc 9,20)

Louvor: A proximidade com a possibilidade de morrer trouxe Tomás de volta a uma ativa vida de oração.

Sábado, 26 de Setembro de 2020

São Cosme e São Damião

Ecl 11,9-12,8

Sl 90(89),3-6.12-14.17

Lc 9,43-45

PARA DEUS SEMPRE É AGORA

“Pois mil anos são aos teus olhos como o dia de ontem que passou, uma vigília dentro da noite!” (Sl 90(89),4)

Os seres humanos têm a tendência de serem criaturas com hábitos. Uma aptidão habitual que muitos(as) de nós possuímos é a predisposição de esquecer coisas! Atolados(as) no nosso corre-corre diário, raramente nos lembramos da transitória natureza da vida. Acima do tempo, a transcendência de Deus pode momentaneamente invadir a nossa vida monótona – mas rapidamente essas epifanias desaparecem. O Senhor, conhecendo a nossa fraqueza, se antecipa a nós. “Considerai a longanimidade de nosso Senhor como a nossa salvação …” (2Pe 3,15). Isso é uma benção não merecida.

O Salmista, ecoando a oração de Moisés, nos lembra que nós “…[somos] como erva que brota de manhã.” (Sl 90(89),5). Será que nós ouvimos? O autor do Livro do Eclesiastes, recordando a sabedoria de Salomão, nos diz: “Lembra-te do teu Criador … antes que o pó volte à terra de onde veio e o sopro [da vida] volte a Deus que o concedeu.” (Ecl 12,1.7). Será que nós observamos essa verdade? São Pedro, relembrando as Escrituras Hebraicas, continua nos desafiando: “Há, contudo, uma coisa, amados, que não deveis esquecer: é que para o Senhor um dia é como mil anos e mil anos como um dia.” (2Pe 3,9; conf. Sl 90(89),4). Você reconhece a nossa mortalidade? Quantos profetas e apóstolos o Senhor ainda precisa enviar?

Jesus entrou no nosso mundo e fez o grande EU SOU presente (Jo 8,57.58). Concentre-se no que é eterno. “Por isso, não levando em conta os tempos da ignorância, Deus agora notifica aos homens que todos e em toda parte se arrependam.” (At 17,30). Nós não devemos pressupor a paciência de Deus. Arrependa-se!

Oração: Pai, ensina-me como vencer a protelação do arrependimento.

Promessa: “Alegra-te, jovem, com tua juventude, sê feliz nos dias da tua mocidade, segue os caminhos do teu coração e os desejos dos teus olhos, saibas, porém, que sobre estas coisas Deus te pedirá contas.” (Ecl 11,9)

Louvor: São Cosme e São Damião, irmãos gêmeos e médicos, nunca aceitaram pagamento pelos seus serviços.

Domingo, 27 de Setembro de 2020                                  

26º Domingo do Tempo Comum                                                                                      

São Vicente de Paulo                                                   

Ez 18,25-28                            

Sl 25(24),4-9              

Fl 2,1-11                     

Mt 21,28-32                                                 

EM SEU LUGAR, PREPARE-SE, VÁ!

“[O ímpio] caiu em si e renunciou a toda a iniquidade que tinha cometido. Certamente ele viverá e não morrerá.”(Ez 18,28)

Em corridas com barreiras, algumas vezes o velocista é descrito como ‘forte nos obstáculos porém fraco na finalização’. Nós podemos vislumbrar uma largada explosiva seguida por uma perda de fôlego. Geralmente, o mundo natural provê uma metamorfose relevante para nossa vida espiritual. “Com efeito, ao renunciar o justo à sua justiça e ao fazer o mal, é em virtude do mal que praticou que ele morre.” (Ez 18,26). Esse não é o caminho que queremos seguir. O Senhor nos ensina que aquele(a) que perseverar até o fim será salvo(a) (Mt 24,13).

Uma vez que a misericórdia do Senhor é abundante, nunca é muito tarde. Jesus, no Evangelho de hoje, descreve a imagem da vida familiar. É uma cena repetida através da história: Um filho fala de modo desrespeitoso com seu pai, mas faz a coisa correta; o outro filho responde com concordância, enquanto discorda no seu coração. “Que vos parece?…” (Mt 21,28-32). Jesus apresenta essa questão ao chefe dos sacerdotes e aos anciãos, líderes do povo no Seu tempo. Mas nós precisamos desafiar a nós mesmos do mesmo modo. Nós nos tornamos desobedientes? “Pois João veio até vós, num caminho de justiça, e não crestes nele. Os publicanos e as prostitutas creram nele. Vós, porém, vendo isso, nem sequer reconsiderastes para crer nele.” (Mt 21,32)

Possivelmente uma dose de humildade nos faria bem (Fl 2,3). Não hesite na linha de chegada! Arrependa-se em volte à pista. Corra para a Reconciliação.

Oração: Pai, ilumina a nossa mente para conhecermos a Tua verdade e guiarmos os nossos passos no caminho da retidão.

Promessa: “Iahweh é bondade e retidão, e aponta o caminho aos pecadores.” (Sl 25(24),8)

Louvor: “E, para glória de Deus, o Pai, toda língua confesse que: Jesus é o Senhor.” (Fl 2,11

Segunda-feira, 28 de Setembro de 2020              

São Venceslau                                                                                 

São Lourenço Ruiz e companheiros                                                        

Jó 1,6-22                                           

Sl 17(16),1-3.6.7                                

Lc 9,46-50                                                         

 AUSÊNCIA DE MALÍCIA

“Podes sondar-me o coração, visitar-me pela noite, provar-me com fogo: murmuração nenhuma achas em mim; minha boca não transgrediu.” (Sl 17(16),3)

Em um único dia, Jó perdeu tudo que era mais precioso para ele. Satanás apostou que Jó responderia a essa tragédia com malícia, lançando blasfêmias contra o rosto de Deus (Jó 1,11). “Apesar de tudo isso, Jó não cometeu pecado nem protestou contra Deus.” (Jó 1,22). Ao invés disso, Jó respondeu: “…Iahweh o deu, Iahweh o tirou, bendito seja o nome de Iahweh.” (Jó 1,21)

O profeta Jonas encarou uma dose de adversidade muito menor. Em um dia de calor, encontrou e depois perdeu a sombra de uma árvore, que havia lhe proporcionado um breve conforto e alívio (Jn 4,7). Com base em reações anteriores, Satanás não precisou apostar qual seria a resposta de Jonas a uma inconveniência; ele sabia que Jonas iria responder com raiva em relação a Deus, lastimando a sua situação (Jn 4,9).

Um homem reage às maiores tragédias com honra e humildade, reverenciando a Deus. Outro homem reage a uma inconveniência mínima com mesquinhez e egoísmo, culpando a Deus. Qual a causa dessa diferença? Uma das principais razões é a ausência de malícia (Sl 17(16),3). Jonas guardava malícia para com o povo de Nínive e não podia deixar esse ressentimento. Inversamente, Jó fez da oração fervorosa uma prática diária e era “…um homem integro e reto, que temia a Deus e se afastava do mal.” (Jó 1,1.5). Quando chegam períodos e momentos difíceis, cada homem ou mulher responde “…do bom tesouro do seu coração…” (Lc 6,45). Você está preparado(a) para momentos difíceis? Quem você precisa perdoar?

Oração: Pai, “…cria em mim um coração puro…” (Sl 51(50),12). Ajuda-me a decidir perdoar qualquer pessoa que tenha me magoado.

Promessa: “…Aquele que me receber recebe aquele que me enviou…” (Lc 9,48)

Louvor: São Lourenço viajou para o Japão com sacerdotes Dominicanos, desconhecendo completamente a perseguição que os aguardava. Ele nunca renunciou à sua fé, recebendo a coroa dos mártires.

Terça-feira, 29 de Setembro de 2020        

São Miguel, São Gabriel e São Rafael, Arcanjo   

 Dn 7,9.10.13.14 ou Ap 12,7-12                   

Sl 138(137)1-5                                   

Jo 1,47-51                                               

AMIGOS EM ALTOS CARGOS

“…Em verdade, em verdade, vos digo: Vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem.” (Jo 1,51)

Com que frequência você pensa nos Arcanjos? Com que frequência você pensa no seu anjo da guarda? Parece que Jesus pensa muito nos Seus anjos, pois Ele repetidamente se refere a eles no Evangelho. “Quando o Filho do Homem vier em sua glória, e todos os anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória.” (Mt 25,31). Vendo como os anjos desfrutam de intimidade com o Senhor, é imposta sobre nós a incumbência de examinar mais a fundo nosso relacionamento com eles.

Anjos são criaturas puramente espirituais, que possuem uma inteligência superior. “porque nele foram criadas todas as coisas, nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis: Tronos, Soberanias, Principados, Autoridades, tudo foi criado por ele e para ele.” (Cl 1,16). No plano redentor de Deus, Ele usa esses mensageiros nos mais críticos pontos na história da salvação. Os anjos:

– protegeram Ló (Gn 19,15),

– salvaram Agar e o seu filho (Gn 21,17-19),

– contiveram a mão de Abraão (Gn 22,11.12),

– anunciaram o nascimento de João Batista (Lc 1,11-13) e do próprio Jesus (Lc 1,26-38),

– protegeram Jesus em Sua infância (Mt 2,13),

– serviram a Jesus no deserto (Mt 4,11), e

– confortaram Jesus na Sua angústia no Monte das Oliveiras (Lc 22,43).

Neste dia festivo, peça pela intercessão dos Arcanjos. Os poderosos mensageiros de Deus irão entregar os seus pedidos no trono celestial (Ap 8,3).

Oração: Pai, abre os olhos do meu coração para que eu compreenda totalmente a comunhão dos santos.

Promessa: “Quando eu gritei, tu me ouviste e aumentaste a força dentro de mim.” (Sl 138(137),3)

Louvor: “Eu sou Rafael, um dos sete anjos que estão sempre presentes e têm acesso junto à Glória do Senhor.” (Tb 12,15).

Quarta-feira, 30 de Setembro de 2020                                                     

São Jerônimo

 Jó 9,1-12.14-16                                 

Sl 88(87),10-15                                              

Lc 9,57,62                                              

  ‘QUÃO GRANDE ÉS TU’

“Se Deus se dignar pleitear com ele, entre mil razões não haverá uma para rebatê-lo.” (Jó 9,3)

Deus está acima do poder das expressões humanas. “Ele remove montanhas, sem que se repare, e derruba-as em sua ira; abala a terra desde os fundamentos e faz vacilar suas colunas.” (Jó 9,5.6). “Sozinho desdobra os céus e caminha sobre o dorso do Mar.” (Jó 9,8). “Faz prodígios insondáveis, maravilhas sem conta.” (Jó 9,10). “Se apanha uma presa, quem lha arrebatará? Quem lhe dirá: ‘Que fazes aí’?” (Jó 9,12)

A verdade que “o princípio da sabedoria é temer a Iahweh…” se repete ecoa através das Escrituras (Sl 111(110),10). Nós sentimos admiração, respeito, e surpresa diante da presença do Deus todo-poderoso. “Quão terrível é cair nas mãos do Deus vivo!” (Hb 10,31). ‘Quão grande és tu’.

Quando nós tivermos uma conscientização mais realística d’Ele, tudo entrará na perspectiva correta. Então perceberemos o privilégio que é estar em Seu reino. Nós reconheceremos que a maior honra possível para um seu humano é louvar e servir a Deus. Devemos nos sentir abençoados(as) por sofrer (Rm 8,17) e até mesmo morrer por Ele. Deveríamos quase desfalecer ao entendermos que estamos recebendo o Deus santíssimo em nossos corpos na Santa Comunhão. Quando tivermos temor do Senhor, nós desprezaremos o Cristianismo minimalista e medíocre e nos abandonaremos a uma vida de feliz e sacrifical em compromisso com o Senhor.

Oração: Jesus, por que Tu sempre me dás tanta atenção? Eu Te agradeço, Senhor, por me amares assim.

Promessa: “Jesus, porém, lhe respondeu: ‘Quem põe a mão no arado e olha para trás não é apto para o Reino de Deus’.” (Lc 9,62)

Louvor: São Jerônimo é o maior estudioso de assuntos bíblico. Jerônimo escreveu ‘A leitura da Santa Escritura deveria ser feita após a oração, e a oração, por sua vez, também deveria se seguir à sua leitura’.