Julho

Quarta-feira, 01 de Julho de 2020 – São Junipero Serra

 Am 5,14.15.21-24                Sl 50(49),7-13.16.17                       Mt 8,28-34

 MAU ATÉ OS OSSOS (Música Bad to the Bone de George Thorogood)

“Odiai o mal e amai o bem, estabelecei o direito à porta…” (Am 5,15)

“Ai dos que ao mal chamam bem e ao bem mal…” (Is 5,20). O Senhor quer que nós “(odiemos) o mal…” (Am 5,15), e não que lhe demos um nome mais aceitável. A cultura da morte é especializada em torcer as situações, usando palavras suaves para re-nomear ações que são flagrante e objetivamente más aos olhos de Deus. Simplesmente porque nossa sociedade considera certos atos como aceitáveis e banais, isto não significa que Deus não mais os considera como maus ou errados. Alguns exemplos disso:

– Nós temos o direito legal de abortar um ‘feto’. Deus considera matar um ser vivo um mal (Ex 20,13).

-Aqueles(as) que apoiam o mal do aborto são chamados(as) pelo suposto ‘bom’ nome de pró-escolha (pro-choice).

– Atos homossexuais são sistematicamente apresentados na Bíblia como abominações (Lv 18,22; Rm 1,24-32). Todavia, se alguém fala a verdade em público, ele ou ela é imediatamente difamado(a) como sendo ‘homofóbico(a)’. Na verdade, é mau e intolerante desprezar e reduzir os bons critérios de Deus.

– Algumas corporações exploram os(as) pobres e os(as) sem instrução, recrutando-os(as) para trabalhar com salários mais baixos e em condições sub-humanas. Essa injustiça é chamada pelo ‘bom’ nome de maximização de lucro e aumento do valor de mercado.

Esses são apenas alguns poucos exemplos de como a nossa sociedade deforma os bons e santos mandamentos de Deus e os distorce para parecerem restritivos, intolerantes, e até mesmo maus. Somente pode haver um futuro para “…[os] que ao mal chamam bem e ao bem mal…” (Is 5,20), e isso é uma desgraça eterna. Arrependam-se! “Não vos iludais; de Deus não se zomba. O que o homem semear, isso colherá.” (Gl 6,7). “Procurai o bem e não o mal para que possais viver, e, deste modo, Iahweh, Deus dos Exércitos, estará convosco, como vós o dizeis!” (Am 5,14)

Oração: Jesus, dá-me o Teu pensamento (1Cor 2,16) e os Teus padrões.

Promessa: “Que o direito corra como a água e a justiça como um rio caudaloso!” (Am 5,24)

Louvor: São Junipero fundou nove missões na Califórnia.

Quinta-feira, 02 de Julho de 2020       

Am 7,10-17                                       Sl 19(18),8-11                                              Mt 9,1-8

LÍQUIDO CORRETOR?

“Então Amasias, sacerdote de Betel, mandou dizer a Jeroboão, rei de Israel: ‘Amós conspira contra ti, no seio da casa de Israel: a terra não pode mais suportar todas as suas palavras.” (Am 7,10)

Você se coloca na defensiva quando é corrigido(a)? Se alguma pessoa corrige você, você faz como o porco-espinho e põe para fora os seus espinhos? A sua primeira reação a uma correção é justificar-se a si mesmo(a)?

É natural reagir a uma correção desse modo. No entanto, se nós tivermos sido batizados(as) no Espírito Santo, poderemos viver sobrenaturalmente. Pela graça batismal, podemos reagir à correção com ação de graças, humildade e crescimento em santidade.

Ser corrigido(a) pode ser uma situação muito vantajosa. Se nós formos corrigidos(as) justamente, a justiça sendo feita, e nos sendo dada a oportunidade de nos arrependermos, passaremos a amar aos outros com mais pureza e autenticidade, e sermos filhos(as) mais santos(as) de Deus. Se formos corrigidos injustamente, nós podemos sofrer redentoramente como Jesus. Para termos certeza, algumas vezes nós precisamos responder a uma correção injusta e ‘deixar as coisas bem esclarecidas’ – não com o propósito de nos defendermos, mas para o bem estar dos outros. Contudo, ser corrigido(a) injustamente é potencialmente uma oportunidade ainda maior para crescer em santidade do que ser corrigido(a) com justiça.

Assim sendo, que nós possamos prosseguir ao longo de nossas vidas não tentando proteger nossos precários egos, mas sim maximizar nossas oportunidades de crescer em santidade, e desse modo agradar ao Senhor

Oração: Pai, envia qualquer pessoa para dizer-me qualquer coisa que eu precise saber.

Promessa: Jesus “…disse então ao paralítico: ‘Levanta-te, toma a tua cama e vai para casa’. Ele se levantou e foi para casa. Vendo o ocorrido, as multidões ficaram com medo e glorificaram a Deus, que deu tal poder aos homens.” (Mt 9,6-8)

Louvor: Durante anos, Mário e Samuel dirigiram grupos de estudo da Bíblia e grupos de oração na Pastoral Carcerária.

Sexta-feira, 03 de Julho de 2020                                                          São Tomé, Apóstolo

Ef 2,19-22                                         Sl 117(116),1.2                                            Jo 20,24-29

UM CONSELHO INDEPENDENTE

“[Jesus] disse depois a Tomé: ‘Põe teu dedo aqui e vê minhas mãos! Estende tua mão e põe-na no meu lado e não sejas incrédulo, mas crê!’” (Jo 20,27)

Tomé, cujo nome significa ‘gêmeo’, mostrou sinais de uma pronunciada independência. É evidente que um gêmeo deva ser especialmente insistente sobre a diferenciação entre ele e o seu irmão enquanto amadurece. Quando Tomé disse aos outros apóstolos que não acreditava neles quando eles lhe disseram que Jesus havia ressuscitado (Jo 20,25), ele decidiu ficar independente dos apóstolos, de Maria Madalena e de outros que haviam se encontrado com Jesus ressuscitado. Quando Tomé falou em colocar seus dedos e sua mão nos ferimentos de Jesus (Jo 20,25), ele estava mostrando uma independência que chegava ao ponto de significar um possível pecado. Tomé estava dizendo que tinha ele mesmo que ver, provar e inspecionar o corpo de Jesus ressuscitado antes de crer na Sua Ressurreição.

Não é coincidência que nos Estados Unidos da América a celebração da festa de São Tomé seja no dia que antecede o seu nascimento como nação, o Dia da Independência. Quando os cidadãos de um país são independentes do pecado e totalmente dependentes de Deus, essa nação é realmente ‘uma nação que se coloca sob o poder de Deus’. Mas quando decidem ser independentes de Deus, essa independência se torna pecaminosa, levando o povo à destruição e à condenação. Que todas as nações, se arrependam como fez Tomé e proclamem Jesus como Senhor e Deus (Jo 20,28). De outro modo, nós iremos perecer em nossa “independência”.

Oração: Pai, ajude-me a desaprender o que o mundo nos tem ensinado erradamente sobre independência. Envia o Espírito Santo para ensinar-me que a verdadeira independência está fundada na total dependência a Ti.

Promessa: “Portanto, já não sois estrangeiros e adventícios, mas concidadãos dos santos e membros da família de Deus.” (Ef 2,19)

Louvor: São Tomé “…disse então aos outros discípulos: ‘Vamos também nós, para morrermos com ele!’” (Jo 11,16). São Tomé é mais frequentemente associado com a dúvida, mas ao final, ele provou a sua coragem e fidelidade a Jesus.

Sábado, 04 de Julho de 2020                                                    Santa Isabel de Portugal                                    

Am 9,11-15                                       Sl 85(84),9-14                                              Mt 9,14-17

ESFOLADO VIVO

“…Antes, o vinho novo se põe em odres novos; assim ambos se conservam.” (Mt 9,17)

Muitos Cristãos(ãs) tiveram um derramamento do vinho novo do jejum, dos dons do Espírito Santo, da comunidade Cristã, da evangelização, etc. A consequência de algumas dessas experiências não foram boas. A vida de certas pessoas foi rompida e o vinho novo foi perdido (Mt 9,17). Essas pessoas juram que nunca mais irão a outro encontro de oração, partilharão a sua fé, se envolverão com a igreja, etc. E por elas não mudarem o seu estilo de vida, isto é, permaneceram nos seus odres velhos, é que estes se romperam com o vinho novo. Elas acham que o vinho velho, isto é, as coisas do mundo, é melhor (Lc 5,39). Contudo, elas deveriam ter decidido mudar os seus odres.

Comprometa sua vida totalmente com Jesus. “…tudo eu considero perda, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor…” (Fl 3,8). Deixe Jesus fazer novas todas as coisas para você (2Cor 5,17; Ap 21,5). Receba um novo odre. Então busque novamente aquelas coisas que anteriormente foram tão desapontadoras e perturbadoras. Você será agradavelmente surpreendido(a). Jejuar ainda será difícil, mas também incrivelmente libertador (Is 58,6). Os louvores no encontro de oração não o(a) incomodarão mais; ao invés disso, eles o(a) ajudarão a “…[considerar] atentamente a Jesus…” (Hb 3,1). Formar uma comunidade Cristã não será impensável, mas sim a vontade de Deus. Na evangelização, você experimentará o Espírito Santo dando a você as palavras a serem proclamadas (Mt 10,20). O vinho novo irá transformar você de glória em glória, uma vez que você tenha um odre novo.

Oração: Pai, faz em mim o que tiver que ser feito de modo a realizar através de mim a Tua vontade.

Promessa: “Mudarei o destino de meu povo, Israel; eles reconstruíram cidades devastadas e as habitarão, plantarão vinhas e beberão o seu vinho, cultivarão pomares e comerão os seus frutos.” (Am 9,14)

Louvor: Ana renova-se a si mesma frequentemente através do sacramento da Reconciliação.

Domingo, 05 de Julho de 2020                                      14º Domingo do Tempo Comum

                                                                           Santo Antônio Maria Zaccaria

Zc 9,9.10       Sl 145(144),1.2.8-11.13.14            Rm 8,9.11-13                       Mt 11,25-30

CRISTIANISMO IMPOSSÍVEL

“Vinde a mim todos os que estais cansados sob o peso do vosso fardo e eu vos darei descanso.” (Mt 11,28)

O Senhor fez com que a vida Cristã fosse humanamente impossível. Nós precisamos ser perfeitos(as) como nosso Pai celestial é perfeito (Mt 5,48). Precisamos nos tornar santos(as) em todos os aspectos do nosso comportamento (1Pe 1,15) ou nós não veremos a Deus (Hb 12,14), isto é, não veremos Jesus face a face (1Cor 13,12). Mais ainda, precisamos ser misericordiosos(as) como nosso Pai é misericordioso (Lc 6,36) e puros como Jesus é puro (1Jo 3,3). Se pecarmos em um só ponto da lei de Deus, nós nos tornamos culpados(as) da lei inteira (Tg 2,10).

Porque viver uma vida Cristã é humanamente impossível, muitas pessoas nem mesmo tentam. Algumas são honestas o suficiente para admitir que nem mesmo tentam. Outras tentam atenuar o Cristianismo para fazê-lo o mais humanamente possível, e assim racionalizar sua tibieza (Ap 3,16). Algumas até mesmo tentam viver o Cristianismo por si mesmas. Estas geralmente ficam frustradas e se esgotam. Então são tentadas a rejeitar o Cristianismo completamente. Ao invés disso, elas deveriam vir a Jesus e aprender d’Ele (Mt 11,28.29). Jesus as ensinará que Cristianismo não é uma religião tipo ‘faça você mesmo’, mas um modo de vida no qual nós deixamos que os planos de Deus sejam feitos em nós (Lc 1,38). Então os encargos do Cristianismo, embora ainda humanamente impossíveis, serão suaves e leves (Mt 11,30).

Oração: Pai, que eu possa desistir de tentar fazer o impossível e deixar que Tu o faças.

Promessa: “Vós não estais na carne, mas no espírito, se é verdade que o Espírito de Deus habita em vós…” (Rm 8,9)

Louvor: O Senhor Jesus, depois de ter ressuscitado, foi “…exaltado na glória.” (1Tm 3,16). Louvor a Ti, Jesus!

Segunda-feira, 06 de Julho de 2020                                                    Santa Maria Goretti                                                          

Os 2,16-18.21.22                             Sl 145(144),2-9                                            Mt 9,18-26

ELE AMA AINDA MAIS

“Eu te desposarei a mim para sempre, eu te desposarei a mim na justiça e no direito, no amor e na ternura.” (Os 2,21)

Nossa única vingança como seguidores(as) de Jesus Cristo, é amar mais e servir mais, especialmente aqueles(as) que nos estão ferindo. Isso é uma imitação do que faz Jesus, Aquele que morreu para salvar aqueles(as) que O continuam ferindo. Quando São Pedro negou a Jesus por três vezes, Jesus não puniu Pedro ou praticou alguma vingança contra ele. Ao invés disso, Jesus perguntou a Pedro, ‘Tu me amas?’. Jesus respondeu à injúria amando ainda mais.

É assim que Jesus nos responde. Nós pecamos contra Ele, mas Ele nos ama ainda mais (Rm 5,8; conf. 1Jo 4,10). Ele nos persegue, seduz e atrai (Os 2,16-22). Ele nos conduz no deserto, ou seja, elimina todas as nossas dependências, na esperança de aumentar as chances de que voltemos para Ele. Essa é a sua ‘vingança’ especial (Rm 12,19-21).

Se você tem amado aqueles(as) que você está tentando levar para o Senhor, sinta-se encorajado. Jesus quer que eles(as) vão até Ele muito mais do que você. Ele os(as) amará mais e mais. Que nós possamos imitar a Jesus respondendo aos insultos e às agressões aumentando o nosso amor.

Oração: Pai, toca-me profundamente de modo que eu seja impelido(a) a responder às injúrias com o Teu amor inabalável (2Cor 5,14).

Promessa: “Iahweh é piedade e compaixão, lento para a cólera e cheio de amor.” (Sl 145(144),8)

Louvor: Santa Maria Goretti, virgem e mártir, foi canonizada no dia 25 de junho de 1950. Em uma das únicas cerimônias na história da Igreja, estiveram presentes tanto sua idosa mãe como o seu assassino arrependido, a quem ela havia perdoado antes de ser morta.

Terça-feira, 07 de Julho de 2020

Os 8,4-7.11-13                                             Sl 115(113B),3-10                          Mt 9,32-38

AS OBRAS

“A colheita é grande, mas poucos os operários! Pedi, pois, ao Senhor da colheita que envie operários para a sua colheita.” (Mt 9,37.38)

Durante as nossas vidas, nós trabalhamos intensamente durante muitos anos. Podemos trabalhar para a construção do reino de Deus (Mt 6,33) e recolher a Sua colheita (Mt 9,38), ou podemos trabalhar para nós mesmos(as). Nós não devemos “…viver o resto dos [nossos] dias na carne, não mais de acordo com as paixões humanas, mas segundo a vontade de Deus. Já é muito que no tempo passado [tenhamos] realizado a vontade dos gentios, levando uma vida de dissoluções, de cobiças, de embriaguez, de glutonerias, de bebedeiras e de idolatrias abomináveis.” (1Pe 4,2.3). “Trabalhai, não pelo alimento que se perde, mas pelo alimento que permanece para a vida eterna, alimento que o Filho do Homem vos dará…” (Jo 6,27). No serviço ao Senhor, porém, “em tudo o que fizeres ponde a vossa alma, como para o Senhor e não para homens.” (Cl 3,23)

Depois do pecado original, o trabalho foi uma das consequências que recaiu sobre nós (Gn 3,17). Contudo, “…não existe mais condenação para aqueles que estão em Cristo Jesus.” (Rm 8,1). Ele nos salvou da maldição do trabalho nos dando uma nova natureza e o privilégio de trabalhar para Ele e n’Ele. Com alegria e louvores trabalhemos no amor de Jesus.

Oração: Pai, que eu possa trabalhar como Jesus trabalhou.

Promessa: “Jesus percorria todas as cidades e povoados ensinando em suas sinagogas e pregando o Evangelho do reino, enquanto curava toda sorte de doenças e enfermidades.” (Mt 9,35)

Louvor: Carlos e Maria responderam ao chamado de se tornar colaboradores do Ministério da Apresentação.

Quarta-feira, 08 de Julho de 2020                                                                                          

Os 10,1-3.7.8.12                              Sl 105(104),2-7                                            Mt 10,1-7

                                                    PROCURE O SENHOR

“…É tempo de procurar a Iahweh…” (Os 10,12)

A Liturgia da Palavra da Missa de hoje contém várias referências quanto à procura do Senhor.

– “…é tempo de procurar a Iahweh…” (Os 10,12).

– “…alegre-se o coração dos que buscam a Iahweh!” (Sl 105(104),3).

– “Procurai a Iahweh e sua força…” (Sl 105(104),4); adicionalmente, a resposta do salmo para a Missa é: “…buscai sempre a sua face.” (Sl 105(104),4).

Jesus nos diz: “…buscai e achareis…” (Mt 7,7; Lc 11,9). O profeta Isaias implora: “Procurai a Iahweh enquanto pode ser achado, invocai-o enquanto está perto.” (Is 55,6).

Quando fazemos da procura pelo Senhor a nossa principal prioridade, Deus provê todas as nossas necessidades (Mt 6,33).

A procura se dá em duas direções. O Senhor também tem procurado por você (Lc 19,10). Ele também vem procurando o seu amor e esperando que você seja todo(a) d’Ele, longe das distrações e dos prazeres do mundo (Os 2,16-25). Busque em primeiro lugar o Senhor e o Seu reino, e deixe que Ele o(a) encontre.

Oração: Pai, eu sou tão inclinado(a) a buscar os meus próprios prazeres. Conceda-me a graça de “…[esforçar-me], tendo voltado para [Vós], dez vezes mais em procurá-lo.” (Br 4,28).

Promessa: “Dirigi-vos, antes, às ovelhas da casa de Israel. Dirigindo-se a elas, proclamai que o Reino dos Céus está próximo.” (Mt 10,7)

Louvor: Thiago dedica seu trabalho ao Sagrado Coração e ora pelos seus empregados e junto com eles.

Quinta-feira, 09 de Julho de 2020                                                                    Santa Paulina

Os 11,1-4.8.9                                               Sl 80(79),2.3.15.16                          Mt 10,7-15

A OBRA-PRIMA DA PAZ

“Ao entrardes na casa, saudai-a.”(Mt 10,12)

Em Sua última vontade e testamento, Jesus deixou-nos a nós, Seus(Suas) discípulos(as), a paz (Jo 14,27). Essa não é exatamente a paz que entendemos como ‘paz’ nos dias de hoje. Jesus nos deixou a ‘paz-shalon’, isto é, a paz e a harmonia divinas. Como discípulos(as), nós podemos juntas as peças de nossas vidas em uma harmonia ordenada divinamente, a qual é verdadeiramente uma primorosa obra-prima da criação de Deus.

Pela graça de Deus, nós podemos não somente receber a ‘paz-shalom’ de Deus, mas também ter o privilégio de participar com o Senhor na promoção desta paz (Mt 5,9). Nós fazemos isso especialmente participando nos sofrimentos de Jesus (Fl 3,10), pois a ‘paz-shalom’ é feita “…pelo sangue da sua cruz.” (Cl 1,20)

Finalmente, não somos somente recebedores(as) e construtores(as) da ‘paz-shalom’, mas também doadores(as) dessa paz. Como membros da Igreja, que nos foi dada por Jesus com a paz, nós podemos abençoas as pessoas, casas, vizinhanças e locais de trabalho com a paz (Mt 10,12). Se aqueles(as) a quem oferecermos a paz forem receptivos, a ‘paz-shalom’ virá sobre eles(as). De outro modo, ela retornará para nós (Mt 10,13).

Sejamos homens e mulheres da ‘paz-shalom’ de todos os modos. Sejamos discípulos(as) de Jesus, nossa Paz (Ef 2,14).

Oração: Pai, toma os pedaços da minha vida e constrói uma obra-prima de paz.

Promessa: “Com vínculos humanos eu os atraia, com laços de amor eu era para eles como os que levantam uma criancinha contra o seu rosto, eu me inclinava para ele e o alimentava.” (Os 11,4)

Louvor: Santa Paulina foi perseguida e destituída do cargo de superiora de sua congregação, e ficou exilada em Bragança Paulista, SP. Na ocasião, ela disse: “Meu  único desejo é que a obra da Congregação continue para que Jesus Cristo seja conhecido e amado por todos”.

Sexta-feira, 10 de Julho de 2020         

Os 14,2-10                            Sl 51(50),3.4.8.9.12-14.17                         Mt 10,16-23

ENTENDEU A MENSAGEM?

“Eu curarei a sua apostasia, eu os amarei com generosidade, pois a minha ira afastou-se dele.” (Os 14,5)

Hoje nós concluímos as leituras do livro de Oséias, e as questões lógicas são: ‘Entendemos a mensagem do profeta Oséias?’. Ela penetrou profundamente em nossos corações e tem sido aplicada nas nossas vidas?

A revelação que o Senhor nos transmitida através de Oséias é que Seu amor por nós é incondicional. Como o Senhor disse a Oséias para se casar e amar uma esposa adúltera, assim também o Senhor nos ama, mesmo se nós decidirmos ser infiéis a Ele através do pecado (Os 1,2).

Você já aceitou a graça de crer que o amor de Deus por você é perfeito, infinito, incondicional, e imutável? Como batizados(as) filhos e filhas de Deus, nós devemos ser inabalavelmente seguros(as) do amor de nosso Pai. Isso deve nos fazer verdadeiramente livres e profundamente em paz.

Se você crê no amor incondicional de Deus por você e você tem aplicado isso na sua vida aceitando a graça de responder a isso amando-O incondicionalmente? Mesmo se o Senhor permitir que você sofra as tragédias de Jó, você diria: “…Iahweh o deu, Iahweh o tirou, bendito seja o nome de Iahweh.” (Jó 1,21). Viva o amor incondicional.

Oração: Pai, que as palavras do profeta Oséias encontrem lugar em meu coração.

Promessa: “E sereis odiados por todos por causa do meu nome. Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo.” (Mt 10,22)

Louvor: Apesar do seu marido ter se tornado deficiente logo após seu casamento, Janete cuidou dele e de seu filho fielmente e com todo amor.

Sábado, 11 de Julho de 2020                                                                            São Bento

Is 6,1-8                                              Sl 93(92),1.2.5                                             Mt 10,24-33

QUEM SOU EU?

“Ai de mim, estou perdido! Com efeito, sou um homem de lábios impuros e vivo no meio de um povo de lábios impuros…” (Is 6,5)

Os seres humanos, especialmente os Cristãos, muitas vezes passam por uma crise de identidade. Nós somos muito mais do que entendemos ser. Jesus até mesmo se sentiu compelido a assegurar aos Seus discípulos que eles valiam muito mais do que muitos pardais (Mt 10,3). Os discípulos de Jesus poderiam ter tido uma crise de identidade se não estivessem certos de que valiam mais do que alguns pássaros.

Para nos ajudar a perceber a nossa identidade batismal dada por Deus, o Senhor nos dá vocações. Por exemplo, Abraão, Moisés, Saul, Davi e muitos outros foram chamados por Deus quando ainda tinham muito pouca ideia sobre quem eles seriam. Esses chamados os ajudaram a começar a perceber suas identidades. Quando o Senhor chamou Isaias, o futuro profeta deu passos gigantescos no sentido de perceber sua identidade profética (Is 6,1-9).

Quais são os chamados de Deus para você, isto é, qual é a sua vocação? Se somos batizados(as), somos filhos e filhas de Deus. Esse é o maior de todos os chamados. Então somos chamados(as) a viver a nossa irmandade batismal. Nós também somos chamados(as) a permanecer solteiros(as) para o Senhor. Isso pode ser temporário, levando ao matrimônio, ou permanente. Muitas pessoas são chamadas à vocação leiga. Algumas são chamadas ao sacerdócio e a vocações religiosas. Algumas são chamadas a se tornarem pais e mães e a constituírem famílias. Existem muitos outros chamados de Deus, tais como o diaconato, a viuvez, ser cuidador em tempo integral, etc.

Que possamos viver os nossos muitos chamados de modo fiel e generoso. Então poderemos nos conhecer a nós mesmos.

Oração: Pai, renova a minha Confirmação no Espírito Santo. Usa-me para libertar outras pessoas de suas crises de identidade.

Promessa: “Em seguida ouvi a voz do Senhor que dizia: ‘Quem hei de enviar? Quem irá por nós?’ , ao que respondi: ‘Eis-me aqui, envia-me a mim.’” (Is 6,8)

Louvor: São Bento é uma figura eminente na história da Igreja. Ele ajudou a re-Cristianizar a Europa depois da heresia Ariana. O Papa São Paulo VI concedeu-lhe o título de ‘Principal Padroeiro de toda a Europa’.

Domingo, 12 de Julho de 2020                                     15º Domingo do Tempo Comum                     

Is 55,10.11                            Sl 65(64),10-14                    Rm 8,18-23              Mt 13,1-23

UMA QUESTÃO DELICADA

“O que foi semeado em terra boa é aquele que ouve a Palavra e a entende. Esse dá fruto, produzindo à razão de cem, de sessenta e de trinta.” (Mt 13,23)

Nós que lemos este “Um Pão, Um Corpo” oramos e estudamos a Palavra escrita de Deus todos os dias. Nós poderemos estar entre as mais espiritualmente frutuosas pessoas do mundo, se formos uma terra boa, totalmente receptiva à semente da Palavra de Deus.

Jesus descreve dois tipos de terra boa: uma terra boa com ou sem espinhos (Mt 13,22.23). Muitos Cristãos(ãs) receberam a semente da Palavra de Deus e aprofundaram a sua fé de modo que a Palavra pôde se enraizar profundamente neles(as). Entretanto, essa terra boa pode ser pouco produtiva se os espinhos “…[dos] cuidados do mundo e a sedução da riqueza [sufocarem] a Palavra…” (Mt 13,22)

Nós que lemos as Escrituras podemos fazer muito pelo mundo. Nosso potencial para produzir bons frutos é surpreendente, mas precisamos ser muito cuidadosos(as) de modo a não produzir espinhos. Se vivemos “…nos desejos da nossa carne, satisfazendo as vontades da carne e os seus impulsos…” (Ef 2,3), nós produziremos espinhos que sufocam a Palavra. No entanto, “…os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne com suas paixões e seus desejos.” (Gl 5,24)

Através do arrependimento e do Sacramento da Reconciliação, que nós arranquemos os espinhos. Que resistamos às tentações e não deixemos que nada a não ser a Palavra de Deus penetre em nossos corações. Sejamos frutuosos(as) e sem espinhos.

Oração: Pai, que eu perca meu desejo de enriquecer e de maximizar meus prazeres.

Promessa: “Tal ocorre com a palavra de sai da minha boca: ela não torna a mim sem fruto; antes, ela cumpre a minha vontade e assegura o êxito da missão para a qual a enviei.” (Is 55,11)

Louvor: Pai, eu Te agradeço por confirmares a divindade de Jesus, Aquele “…a quem designou, dando-lhe crédito diante de todos, ao ressuscitá-lo dentre os mortos.” (At 17,31)

Segunda-feira, 13 de Julho de 2020                                                               Santo Henrique

Is 1,10-17                              Sl 50(49),8.9.16.17.21.23                          Mt 10,34-11,1

TEOLOGIA DA SEPARAÇÃO

“Com efeito, vim contrapor o homem ao seu pai, a filha à sua mãe e a nora à sua sogra.” (Mt 10,35)

Jesus declara abertamente: “Não penseis que vim trazer paz à terra. Não vim trazer paz, mas espada.” (Mt 10,34)

Jesus é o Príncipe da Paz (Is 9,5) e de fato Ele é a nossa Paz (Ef 2,14; Mq 5,4). Portanto, Sua natureza é transmitir a paz. Todavia, o pecado original perverteu severamente a nossa natureza humana. Em Sua misericórdia, Jesus veio para dividir, isto é, para nos dissociar de tudo o que se opõe ao Seu ministério da paz definitiva.

– Ele nos dissocia de atitudes, pecados, e estilos de vida que se opõe à Sua justiça e à paz. Se necessário, Seu ministério da divisão pode incluir a separação d’Ele mesmo de nossas orações (Is 1,15).

– A separação de membros de uma família pode ser necessária por um tempo. A paz duradoura não pode ser construída sobre uma base fraca (Mt 7,26.27).

– Daniel separou duas pessoas de modo que ele pudesse chegar à verdade e à paz duradoura (Dn 13,51). Da mesma forma, Jesus algumas vezes separa as pessoas de modo a promover a verdade (1Cor 11,19).

– Como os pais separam dois filhos que brigam, colocando-os em aposentos separados, também Jesus pode precisar ‘separar’ famílias de modo a trazer misteriosamente a Sua paz (Mt 10,34).

Na primeira criação, o Senhor ‘separou’ as coisas (Gn 1,4.7.14.18). Sua separação resultou em um belo e novo mundo. Assim, não tema se você enfrenta a dor de uma separação. Jesus está apenas começando uma nova criação, muito além do que você possa imaginar (Ef 3,20).

Oração: Jesus, Príncipe da Paz, separa-me de tudo que possa me separar de Ti nesta vida e na eternidade.

Promessa: “Aquele que acha a sua vida, vai perdê-la, mas quem perde a sua vida por causa de mim, vai achá-la.” (Mt 10,39)

Louvor: O Rei Henrique promoveu uma construtiva reforma da Igreja.

Terça-feira, 14 de Julho de 2020                                                     São Camilo de Léllis

Is 7,1-9                                                          Sl 48(47),2-8                                    Mt 11,20-24

 ARREPENDIMENTO REVELADOR

“Ai de ti, Corazim! Ai de ti, Betsaida! Porque se em Tiro e em Sidônia tivessem sido realizados os milagres que em vós se realizaram, há muito se teriam arrependido, vestindo-se de cilício e cobrindo-se de cinza.” (Mt 11,21)

“…Porque se em Sodoma tivessem sido realizados os milagres que em [Cafarnaum] se realizaram, ela teria permanecido até hoje.” (Mt 11,23). Sodoma, Tiro, e Sidônia estavam entre os mais perversos lugares do Antigo Testamento (Ez 26-28; Gn 18-19). Contudo, Jesus declara que o povo daquelas cidades condenadas deveriam ter se renovado. O problema foi que eles não tinham ninguém para levar até eles um ministério com o poder da evangelização, isto é, da pregação acompanhada por milagres. O povo de Nínive era infame por sua iniquidade, mas “…se converteram pela pregação de Jonas…” (Lc 11,32). No entanto, nós temos algo mais do que Jonas tinha para oferecer a eles. (Lc 11,32).

Onde se encontra a sua Tiro e Sidônia pessoal? É a sua família, os seus colegas de trabalho, os seus vizinhos? Qual o ambiente que você pensa não ter esperança de conversão? É o centro da cidade, as escolas, a sub-cultura das drogas, ou o ambiente corporativo? Como podemos saber se esses ambientes rejeitaram automaticamente o Evangelho? Se o Evangelho for apresentado a eles, sempre existe uma chance de conversão. Se eles nunca ouviram uma clara e poderosa apresentação da Boa Nova, então “…como poderiam invocar aquele em quem não creram? E como poderiam crer naquele que não ouviram? E como poderiam ouvir sem pregador?” (Rm 10,14). Como podem acreditar se nós não cremos o bastante para falar a eles(as) sobre Jesus?

Ninguém nunca pescou um peixe ficando em casa. Vamos transmitir a Boa Nova e tentar pescar alguns grandes peixes para Jesus (Mc 1,17).

Oração: Pai, que eu nunca subestime o Teu poder.

Promessa: “…Se não o crerdes, não vos mantereis firmes.” (Is 7,9)

Louvor: São Camilo de Léllis ficou muito abalado com a morte do seu pai. Ele se arrependeu e se converteu em seus momentos finais, iniciando assim seu caminho para a santidade. Devotou a sua vida a cuidar dos doentes e foi ordenado sacerdote com a idade de trinta e quatro anos. Fundou uma ordem de sacerdotes para continuar a sua missão, os Camilianos.

Quarta-feira, 15 de Julho de 2020                                                          São Boaventura

Is 10,5-7.13-16                                 Sl 94(93),5-10.14.15                                   Mt 11,25-27

ORGULHO OU VAIDADE?

“…Com a força das minhas mãos o fiz e com a minha sabedoria, pois agi com inteligência…” (Is 10,13)

A Assíria se orgulhava por ter cumprido a sua missão de punir Israel pelo seu orgulho. Isso significa atrair problemas. Assim o Senhor respondeu: “…[eu darei] ao rei da Assíria os castigos do fruto do seu coração arrogante e da soberba dos seus olhos altivos.” (Is 10,12). O orgulho tem um grande poder de nos cegar espiritualmente. Nós podemos até mesmo nos orgulhar de nós mesmos por punir o orgulho de outras pessoas.

No mundo ocidental, nós vivemos em uma cultura da morte, isto é, uma cultura de pecado, pois “…o salário do pecado é a morte…” (Rm 6,23). A cultura da morte e do pecado é necessariamente uma cultura do orgulho, pois o orgulho é fundamental para os pecados capitais. Portanto estamos cercados pelo orgulho. Por exemplo, o Senhor morreu por nós na cruz e nos deu Seu Corpo e Sangue, mas muitos(as) Católicos(as) dizem a Deus através de sua ações: ‘Eu posso ir à Missa e à Comunhão se eu estiver me sentindo bem e se isso não for inconveniente para mim’. Isso é orgulho. O Senhor nos diz que a Bíblia é a Sua Palavra, mas muitos(as) preferem assistir a programas de televisão ao invés de ler a Bíblia. Isso é um orgulho oculto. Muitos(as) agem como se soubessem mais do que Deus, do que a Igreja e de quase todos que os(as) tenham precedido. Isso é um orgulho disseminado.

Portanto, que nós nos humilhemos a nós mesmos(as) (Mt 23,12) através do arrependimento, do perdão, do pedido de desculpas, do serviço e tomando o último lugar (Lc 14,10). De outro modo, o Senhor terá que nos humilhar em uma tentativa de nos prevenir, antes de caminharmos cegamente para o lugar do orgulho definitivo, que é o inferno.

Oração: Amado Pai, eu sei que Tu desejas me exaltar. Que eu possa humilhar a mim mesmo e deixar que Tu me indiques o Teu caminho.

Promessa: “…Ninguém conhece o Filho senão o Pai, e ninguém conhece o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho quiser revelar.” (Mt 11,27)

Louvor: São Boaventura é Doutor da Igreja. Dotado de excepcional dom intelectual, ele foi também capaz de escrever com simplicidade e praticidade sobre as doutrinas da Fé.

Quinta-feira, 16 de Julho de 2020                                               Nossa Senhora do Carmo

Zc 2,14-17                                        Lc 1,46-55                                        Mt 12,46-50                                                 

O DIA EM QUE DESCOBRIMOS NOSSA FRAQUEZA

“Concebemos e tivemos as dores de parto, mas quando demos à luz, eis que era vento: não asseguramos a salvação para a terra; não nasceram novos habitantes para o mundo.” (Is 26,18)

Nós por nós mesmos não podemos originar salvação; não podemos fazer nada por nós mesmos. Jesus declarou abertamente: “…sem mim, nada podeis fazer.” (Jo 15,5)

O dia em que descobrirmos essa verdade sobre nossa inabilidade e incapacidade de fazer qualquer coisa sem Cristo será o melhor dia de nossas vidas. Primeiramente, nós ficamos chocados(as). Durante anos achamos que estávamos fazendo as coisas com nosso próprio pode e capacidade. Agora descobrimos a verdade. Geralmente reagimos com uma questão: ‘O que irei fazer agora quando não posso fazer mais nada?’. A resposta, é claro, é entregarmos as nossas vidas a Cristo, pois “tudo posso naquele que me fortalece.” (Fl 4,13). Desse modo, poderemos fazer obras maiores do que as que Jesus fez (Jo 14,12).

Quando descobrimos a nossa fraqueza, poderemos também descobrir Jesus, o Senhor todo-poderoso. Isso é verdadeiramente libertador. Não temos mais que colocar tanta energia para manter viva a mentira da nossa auto-suficiência. Ao invés disso, podemos descansar n’Ele (Mt 11,28.29), viver na Sua graça e deixar que o Espírito Santo nos conduza. Não sentiremos mais a pressão constante de fazer as coisas por nós mesmos(as); mas poderemos ser como Maria e deixar que as coisas sejam feitas de acordo com a Palavra de Deus (Lc 1,38).

Descanse em sua fraqueza e no amor de Jesus.

Oração: Pai, eu Te agradeço por assumires a minha vida.

Promessa: “Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.” (Mt 11,30)

Louvor: Localizado não muito longe de Nazaré, o Monte Carmelo se tornou lugar de residência para eremitas durante as Cruzadas. A Ordem Carmelita cresceu a partir desta comunidade, dando exemplos da dedicação a Nossa Senhora.

Sexta-feira, 17 de Julho de 2020                         Bem-aventurado Inácio de Azevedo

                                                                   e seus companheiros

Is 38,1-6.21.22.7.8                          Is 38,10-12.16                                              Mt 12,1-8

LUTANDO POR NOSSA FÉ NO DEUS INFINITO

“Eu farei recuar dez degraus a sombra que o sol avançou sobre os degraus da câmara alta de Acaz – dez degraus para trás. O sol recuou dez degraus sobre os degraus que tinha avançado.” (Is 38,8)

Deus é, por definição, infinito, e por essa razão, pode e vai além das leis do mundo natural, criado por Ele. Ele certamente irá além da muito limitada compreensão da humanidade sobre a natureza. Quando o Senhor vai além das leis da natureza, nós chamamos a isso milagre. Por exemplo, o Senhor curou o rei Ezequias de uma doença terminal (Is 38,5) e combinou esse fato com o impressionante milagre de fazer “…recuar dez degraus a sombra que o sol avançou sobre os degraus da câmara alta de Acaz – dez degraus para trás. O sol recuou dez degraus sobre os degraus que tinha avançado.” (Is 38,8)

Em razão dos milagres derivarem da natureza infinita de Deus, eles são necessariamente muito significativos no plano de salvação de Deus. Por exemplo, o Cristianismo é baseado no surpreendente milagre da Encarnação. Milagres sempre têm sido um sinal do reino de Deus (Lc 11,20). A salvação de todo o mundo através da morte de Jesus na cruz e de Sua Ressurreição dentre os mortos é o milagre dos milagres. Em Pentecostes, o nascimento da Igreja, foi outro milagre. A Igreja começou com milagres. Cada Sacramento é um milagre. O mundo irá terminar com o milagre da vinda definitiva de Cristo e da ressurreição dos mortos.

Porque os milagres permeiam a vida Cristã, o demônio está usando a nossa sociedade humanística secular para nos programar para automaticamente duvidar de todos os milagres. Essa é a maneira de roubar a nossa fé. Portanto, suporte a Igreja de Deus e a sua palavra. “Não ameis o mundo nem o que há no mundo…” (1Jo 2,15)

Oração: Pai, protege-me de sofrer uma lavagem cerebral do “…deus deste mundo…” (2Cor 4,4)

Promessa: “…Misericórdia é que eu quero e não sacrifícios…” (Mt 12,7)

Louvor: Quando tem que tomar uma decisão, João pergunta a si mesmo: ‘Quais são as consequências eternas dessa decisão?’.

Sábado, 18 de Julho de 2020                                                                                                              

Mq 2,1-5                                            Sl 10(9B),1-4.7.8.14                                   Mt 12,14-21

ESTARÁ DEUS SE ESCONDENDO?

“Então os fariseus, saindo dali, tramaram contra ele, sobre como acabariam com ele. Ao saber disso, Jesus afastou-se dali. Muitos o seguiram, e ele os curou a todos.” (Mt 12,14.15)

O poema ‘Passos’ expressa a angústia do salmista: “Iahweh, por que ficas longe e te escondes no tempo de angústia?” (Sl 10,1). Nós buscamos a Deus por ajuda, e Ele parece se afastar de nós (Mt 12,5). Nós somos oprimidos por grandes dificuldades, e clamamos a Deus por auxílio. Porém, ao invés de uma ação forte, Deus parece não fazer nada e as coisas parecem que ficam piores para nós (Sl 10,8-11). É por isso algumas vezes nos parece como se Deus estivesse se afastando de nós (Mt 12,15), exatamente nos momentos de maior necessidade? Até mesmo o próprio Jesus sentiu como se Deus O houvesse abandonado em Sua agonia final na cruz (Mc 15,34).

Como o poema acima nos apresenta, Jesus está nos carregando nessas situações apesar de que tudo o que nós percebemos é que Ele nos abandonou. Nós sentimos como que dizendo: “…Iahweh me abandonou; o Senhor se esqueceu de mim.” (Is 49,14). Entretanto, a resposta de Deus é: “Por acaso uma mulher se esquecerá da sua criancinha de peito? Não se compadecerá ela do filho do seu ventre? Ainda que as mulheres se esquecessem eu não me esqueceria de ti.” (Is 49,15)

Quando Jó em seu infortúnio questiona o cuidado de Deus para com ele, Deus não responde a Jó. Ao invés disso, Ele concede a Jó algo muito melhor: a visão de Sua glória (Jó 38,1). Jó ficou então satisfeito em meio ao Seu sofrimento porque sabia que Deus estava com ele. Somente depois disso Deus restaurou a felicidade de Jó (Jó 42,10).

Não, Deus não está se escondendo. Ele é o Emanuel, o Deus conosco (Mt 1,23). Ore: Senhor, “…Eu creio! Ajuda a minha incredulidade!” (Mc 9,24)

Oração: Pai, ajuda-me a ser paciente e confiante em tempos de sofrimento. Eu irei “…[esperar] em silêncio a salvação de Iahweh.” (Lm 3,26)

Promessa: “Eis o meu Servo, a quem escolhi, o meu Amado, em quem minha alma se compraz. Porei o meu Espírito sobre ele e ele anunciará o Direito às nações.” (Mt 12,18)

Louvor: Louvor a Ti, Jesus, ressuscitado, ascendido ao céu, e glorificado! Tu estás sentado à direita do Pai e intercedes por nós.

Domingo, 19 de Julho de 2020                                     16º Domingo do Tempo Comum                                             

Sb 12,13.16-19        Sl 86(85),5.6.9.10.15.16                Rm 8,26.27               Mt 13,24-43

A TENTAÇÃO DA DESESPERANÇA

“Assim procedendo, ensinaste a teu povo que o justo deve ser amigo dos homens, e a teus filhos deste a esperança.” (Sb 12,19)

Antes de comprometermos totalmente as nossas vidas com Jesus, nós andamos no vale da desesperança. A vida em geral parece sem esperança. Para lidar com isso, nós devemos procurar abrigo naquilo que consideramos ser o bastião da esperança – nossos filhos, nosso trabalho, nosso casamento, ou uma atividade especial. Esses raios de esperança geralmente diminuem. Então nós tentamos nos desviar ou modificar a nossa percepção para ignorar a corrosiva e algumas vezes brutal desesperança dentro de nós. Quando vemos alguém sem esperança, nós podemos ser céticos ou desejar demonstrar para ele(a) a razão para defender a sua esperança (1Pe 3,15).

Quando entregamos as nossas vidas a Jesus, nós temos “…Cristo em [nós], a [nossa] esperança da glória.” (Cl 1,27). Nós sabemos que Deus tem planejado para nós “…um futuro e uma esperança.” (Jr 29,11). Nós também cremos que essa esperança não nos decepcionará (Rm 5,5). Entretanto, nós agora temos diferentes tipos de tentações para nos levar à desesperança. Por exemplo, quando vemos joio no campo do Senhor (Mt 13,24-30), isso pode nos levar ao desânimo a até mesmo à desesperança. Quando vemos que o nosso trabalho pelo reino de Deus tem um pequeníssimo efeito, como uma semente de mostarda ou um lento e imperceptível efeito como a ação do fermento (Mt 13,31-33), somos facilmente tentados(as) a perder a esperança. Mas o Senhor continua a nos encher de esperança. Portanto, “…[alegremo-nos] na esperança, perseverando na tribulação, assíduos na oração.” (Rm 12,12)

Oração: Pai, faz com que a minha esperança seja muito perceptível. Que eu possa defender com entusiasmo a razão da minha esperança (1Pe 3,15).

Promessa: “Assim também o Espírito socorre a nossa fraqueza. Pois não sabemos o que pedir como convém; mas o próprio Espírito intercede por nós com gemidos inefáveis.” (Rm 8,26)

Louvor: “O Senhor Iahweh virá em meu socorro, eis porque não me sinto humilhado, eis porque fiz do meu rosto uma pederneira e tenha a certeza de que não ficarei confundido.” (Is 50,7). Senhor Jesus, nós louvamos a Tua perseverança.

Segunda-feira, 20 de Julho de 2020                                                    Santo Apolinário                                                   

Mq 6,1-4.6-8                         Sl 50(49),5.6.8.9.16.17.21.23                                Mt 12,38-42

“…DETESTAS A DISCIPLINA…” (Sl 50(49),17)

“…Uma vez que detestas a disciplina…” (Sl 50(49),17)

Esta é a quarta vez em três semanas que a Igreja nos proclama essas palavras: ‘Detestas a disciplina’. Nós vivemos em uma busca pelo prazer, pelo hoje, por postergar a satisfação à sociedade. Existem tantas pessoas na nossa sociedade que são incapazes de agir com disciplina nas áreas do controle sexual, da moderação financeira e nas dietas. Nós não somos disciplinados(as) em guardar os nossos olhares (Jó 31,1), os nossos pensamentos e fantasias (2Cor 10,5), o que dizem nossas bocas (Tg 3,5-12) e o que comemos (Fl 3,19). Porém existem somente sintomas de um ódio maior à disciplina e à falta de disciplina. O salmista associa especificamente o ódio à disciplina com o fato de se rejeitar a palavra de Deus (Sl 50(49),17).

Se você não consegue controlar o seu apetite, examine o quanto você lê a Bíblia. Se você está acorrentado(a) ao pecado sexual, verifique quanto tempo você dedica à leitura das Escrituras. O seu orçamento está fora de controle?  Quanto tempo você passa lendo a Bíblia? A disciplina começa com a humilhação de si mesmo(a) de modo a tremer diante da Palavra de Deus (Is 66,2).

Militares e atletas aceitam a disciplina. Um(a) militar quer agradar a seu(sua) comandante e assim evita se ver envolvido(a) com as coisas do mundo (2Tm 2,4). Os(As) atletas mostram disciplina negando a si mesmos(as) muitas coisas (1Cor 9,25). Que nós, da mesma forma, possamos disciplinar os nossos corpos e almas e controlá-los, por temermos que de outro modo nós também sejamos reprovados(as) (1Cor 9,27).

“…Meu filho, não desprezes a educação do Senhor, não desanimes quando ele te corrige.” (Hb 12,5). Com amor, discipline a si mesmo(a) para ler a Palavra de Deus diariamente.

Oração: Jesus, que a minha disciplina possa ser transformada em amor quando eu escolher a melhor parte ao sentar-me aos Teus pés diariamente para ouvir as Tuas palavras (Lc 10,39.42).

Promessa: “…Esta geração…veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão. Mas aqui está algo mais do que Salomão!” (Mt 12,42)

Louvor: Assim como São Paulo foi deixado para morrer em Listra (At 14,19-22), o Bispo Santo Apolinário enfrentou pacientemente o abuso físico enquanto dirigia seu rebanho em Ravena, na Itália.

Terça-feira, 21 de Julho de 2020                                           São Lourenço de Brindisi            

Mq 7,14.15.18-20                            Sl 85(84),2-8                                    Mt 12,46-50

O MELHOR E O RESTO DA HISTÓRIA

“Como nos dias de tua saída do Egito, faz-nos ver maravilhas!” (Mq 7,15)

O Senhor é onipotente e onisciente. Portanto, Ele nunca se perde, nunca se surpreende e nunca se coloca na defensiva. Logicamente, o Senhor onipotente e onisciente deve estar sempre na ofensiva. Logo, fatos que se opõem à vontade de Deus são necessariamente manobras defensivas de Satanás e daqueles que ele está usando. Por exemplo, os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, agiram em oposição à obra de salvação do Senhor. Nós naturalmente nos perguntamos o que o Senhor fez e está fazendo que para evitar essas ameaças do maligno. Por que Satanás reage tão violentamente? Certamente, nós provavelmente não saberemos a resposta exata para o que o Senhor está fazendo por trás das cenas. Todavia podemos estar certos(as) de que Deus “…faz-nos ver maravilhas!” (Mq 7,15), tendo “[manifestado] novamente a [sua] misericórdia por nós…e [lançado] no fundo do mar todos os nossos pecados!” (Mq 7,19), mostrando fidelidade e graça a nós (Mq 7,20).

Pela fé, veja as maravilhosas obras do Senhor ofuscando até mesmo a mais chocante ação defensiva do maligno. A vitória de Jesus foi conquistada. Ele foi glorificado como Rei dos reis, e Senhor dos senhores (Hb 10,12.13). “Ora, a Lei interveio para que avultasse a falta; mas onde avultou o pecado, a graça superabundou.” (Rm 5,20). Aleluia eternamente! Graças e louvores a Ti, Jesus!

Oração: Pai, abre os meus olhos para a fé.

Promessa: “Porque aquele que fizer a vontade de meu Pai que está nos céus, esse é meu irmão, irmã e mãe.” (Mt 12,50)

Louvor: Além do Latim e da sua língua nativa, o Italiano, São Lourenço dominava o Alemão, Francês, Tcheco, e Espanhol e também era fluente nas línguas bíblicas, o Grego e o Hebraico. Ele evangelizou por todos os cantos.

Quarta-feira, 22 de Julho de 2020                                               Santa Maria Madalena

Ct 3,1-4 ou 2Cor 5,14-17                Sl 63(62),2-6.8.9                            Jo 20,1.2.11-18

                        O AMOR (A CARIDADE) SEMPRE ENCONTRA UM CAMINHO

“Vou levantar-me, vou rondar pela cidade, pelas ruas, pelas praças, procurando o amado da minha alma. Procurei-o e não o encontrei!” (Ct 3,2)

O amor nunca pode se sentir completamente satisfeito ou acomodado. O amor por sua própria natureza precisa ser expressado, crescer e sempre buscar caminhos para abençoar a(o) amada(o). “Pois de sua plenitude todos nós recebemos graça por graça.” (Jo 1,16) e o amor sempre procura o bem dos outros. O amor, de certo modo, é impaciente porque o amor não pode descansar até que tudo esteja bem para a(o) sua(seu) amada(o).

O amor ignora a segurança pessoal e o conforto. Ele sempre procura um meio de aumentar o bem-estar da(o) sua(seu) amada(o). O amor procura a(o) amada(o) dia e noite (Ct 3,1.2). O amor sempre busca uma maneira de alcançar a(o) amada(o) e se nós buscamos o amor, nós iremos encontrar um caminho (Mt 7,8).

Esse é o modo como Maria Madalena amava a Jesus. “Pois a caridade de Cristo [a] compele…” (2Cor 5,14) a procurar por Jesus. Ela tinha que estar com Ele, não importando se Ele estava enfrentando a morte terrível de um criminoso (Jo 19,25) ou ressuscitando em glorioso esplendor (Jo 20,16.17). Isso reflete o modo como Jesus nos ama. Nós podemos estar espiritualmente mortos(as) (Ap 3,1; 1Jo 3,14), mas Jesus tanto nos ama que Ele nunca deixa de nos procurar.

“A caridade jamais passará…(1Cor 13,8). Se nós amamos a Jesus o tanto quanto Maria Madalena O amou, nós iremos procurá-Lo (Jr 29,13; Mt 7,8), e Ele irá permanecer em nós e nós n’Ele (1Jo 4,16). Encontre “…o Caminho…” (Jo 14,6). Procure amar a Jesus como fez Maria Madalena.

Oração: Jesus, Tu és Amor (1Jo 4,8). Eu Te amo muito. Que nosso amor mútuo possa começar um novo fogo de fé e amor ardendo sobre a terra (Lc 12,49).

Promessa: “Se alguém está em Cristo, é nova criatura. Passaram-se as coisas antigas; eis que se fez uma realidade nova.” (2Cor 5,17)

Louvor: Santa Maria Madalena amou tanto a Jesus que permaneceu com Ele no Calvário, quando praticamente todos os demais O haviam abandonado (Jo 19,25).

Quinta-feira, 23 de Julho de 2020                                                            Santa Brígida

Jr 2,1-3.7.8.12.13                            Sl 36(35),6-11                                              Mt 13,10-17

                                                         VOCÊ ESTÁ SE ESVAZIANDO?

“…Eis que me abandonaram, a fonte de água viva, para cavar para si cisternas, cisternas furadas, que não podem conter a água.” (Jr 2,13)

A sua vida retém água – a água viva da graça de Deus, o Batismo e o Espírito Santo? Os hábitos que desenvolvemos em nossas vidas podem ser semelhantes a cavar cisternas (Jr 2,13). Esses hábitos nos farão reter e crescer em nossa fé ou irão contribuir para a erosão e perda da nossa fé. Por exemplo, uma cisterna, ou um estilo de vida, na qual a palavra de Deus não tem efeito autoritário certamente não irá reter a água por muito tempo. Uma cisterna na qual o Papa não é obedecido não irá reter água em meio a tantas circunstâncias decisivas e confusas. Uma cisterna permissiva diante da televisão é como uma peneira. Uma cisterna que enfatiza a celebração da Missa diária e a Santa Comunhão geralmente retém água mesmo sob as piores condições. Uma cisterna na qual os Cristãos vivam em uma comunidade Bíblica retém água muito melhor do que qualquer outro tipo de cisterna. Aqueles(as) que se encontram em uma comunidade Bíblica muito provavelmente manterão a sua fé.

Os Cristãos estão se esvaziando seriamente. Apesar de termos recebido rios de água viva (Jo 7,38), nós podemos ficar ressecados(as). Algumas vezes nós lidamos com a situação de ter que bombear mais água viva em nossas vidas. Nós temos surtos de oração, participamos de encontros especiais, ou fazemos renovações. Contudo, a água viva logo vazará de nossas vidas. Nós precisamos mais do que água adicional; nós precisamos reparar o vazamento, isto é, cavar uma cisterna impermeável, através do arrependimento e de uma significante mudança nos hábitos em nossas vidas.

Oração: Pai, que eu possa ser preenchido com o Espírito (At 2,4) e permanecer repleto.

Promessa: “Iahweh, o teu amor está no céu e tua vontade chega às nuvens.” (Sl 36,6)

Louvor: Santa Brígida viveu uma vida plena. Ela teve um casamento feliz, criou quatro filhos e quatro filhas. Como uma viúva de profunda oração, foi inspirada a fundar a ordem do Santíssimo Redentor.

Sexta-feira, 24 de Julho de 2020                                                          São Sharbel Mahkluf

Jr 3,14-17                                         Jr 31,10-13                                       Mt 13,18-23

COMO CONSEGUIR BONS LÍDERES

“Voltai, filhos rebeldes – oráculo de Iahweh – porque sou o vosso Senhor…” (Jr 3,14)

O Senhor prometeu que, se nos arrependermos de nossa rebelião contra Ele, Ele iria indicar para nós líderes sábios e prudentes conforme o Seu coração (Jr 3,15). Então nós iríamos nos tornar frutuosos(as) e alcançaríamos novos patamares (Jr 3,16-18).

Nós não produziremos frutos “…uma cem, outra sessenta e outra trinta.” (Mt 13,8) se nós não nos arrependermos de:

– não crescer no conhecimento da Palavra de Deus (Mt 13,19). O Espírito Santo nos foi dado como nosso Professor (Jo 14,26). Se formos dóceis ao Espírito, nós possuiremos uma boa compreensão da Palavra de Deus.

– não enraizar a Palavra de Deus em nossas vidas (Mt 13,21). Nossa superficialidade é devido à nossa recusa de nos arrependermos de nosso egoísmo e nossa indiferença (Ap 3,16).

– ceder aos “…cuidados do mundo e à sedução da riqueza…” (Mt 13,22). Pelo poder do Espírito Santo, nós precisamos e podemos “…[crucificar] a carne com suas paixões e seus desejos.” (Gl 5,24). Em outras palavras, nós precisamos viver o nosso Batismo.

Você acredita que precisamos de melhores líderes no governo, na igreja, e nos negócios, especialmente na mídia? Se assim for, arrependa-se dos seus próprios pecados, especialmente por rejeitar a Palavra de Deus. Então você será espiritualmente frutuoso(a) e será levado(a) a um mundo muito melhor, até mesmo a liderar uma civilização de amor e vida.

Oração: Pai, que eu nunca subestime a importância do meu arrependimento.

Promessa: “…Nela se reunirão todos os povos em nome de Iahweh, em Jerusalém, e não mais seguirão a dureza de seus corações malvados.” (Jr 3,17)

Louvor: São Sharbel Mahkluf ilustra nossa Igreja como que ‘respirando com dois pulmões’, Oriente e Ocidente. Ela nasceu no Líbano e professou seus votos religiosos na Ordem Maronita, uma comunidade religiosa das Igrejas Católicas Orientais. Apesar de eremita, São Sharbel atraiu a muitos por sua sabedoria e santidade.

Sábado, 25 de Julho de 2020                                                                São Tiago, Apóstolo

2Cor 4,7-15                                      Sl 126(125),1-6                                            Mt 20,20-28

MEGAFONE

“Por conseguinte, tendo o mesmo espírito de fé a respeito do qual está escrito: ‘Acreditei por isto falei’, cremos também nós, e por isto falamos.” (2Cor 4,13)

São Tiago se manifestou publicamente, sem medo. No livro dos Atos dos Apóstolos, nós lemos sobre os discursos de Pedro e João, mas Tiago proclamava a verdade tão poderosamente que Herodes o escolheu como o primeiro apóstolo a ser morto (At 12,2). Todavia, Tiago inicialmente teve medo e fugiu do confronto (Mc 14,50). Porém, depois de receber o Espírito Santo em Pentecostes, ele ficou “…[repleto] do Espírito Santo…” (At 2,4) e não pode mais deixar de falar sobre Jesus (At 4,20).

Irmãos e irmãs em Cristo, nós estamos vivendo em um tempo de uma feroz batalha pela verdade e pela fé. Nossa cultura da morte ataca incansavelmente a vida de crianças ainda no ventre de suas mães, a santidade e até mesmo o conceito do matrimônio, a inocência de nossas crianças, os enfermos, os idosos, os Cristãos e especialmente os Católicos.

O mal avança porque os(as) fiéis estão silenciosos(as) e eles(as) estão silenciosos por falta de amor. O amor lança fora o temor (1Jo 4,18) e substitui a auto-preservação pelo zelo para com o Senhor. Nesta festa de São Tiago, ore para que o Senhor dê a você um maior amor, “…uma língua de discípulo…” (Is 50,4), e um espírito de fé para falar (2Cor 4,13). Corajosamente proclame a verdade com amor (Ef 4,15).

Oração: Pai, dá-me a coragem e a fé de São Tiago.

Promessa: “Os que semeiam com lágrimas, ceifarão em meio a canções.” (Sl 126,5)

Louvor: São Tiago, junto com seu irmão São João, foi chamado de ‘Boanerges’ por Jesus (Mc 3,17). Inquestionavelmente, esse apelido de ‘filhos do trovão’, mostrou sua grande coragem quando o Rei Herodes marcou-o para ser o primeiro apóstolo a ser martirizado.

Domingo, 26 de Julho de 2020                                     17º Domingo do Tempo Comum

                                                                           São Joaquim e Santa Ana

1Rs 3,5.7-12             Sl 119(118),57.72.76.77.127-130            Rm 8,28-30   Mt 13,44-52

O VALE DO DECISÃO

“O Reino dos Céus é semelhante a um tesouro escondido em um campo; um homem o acha e torna a esconder…” (Mt 13,44)

Joel profetizou que a vida depois da morte no Dia do Julgamento e mesmo a vida antes da morte pode ser descrita como “…no vale da Decisão.” (Jl 4,14). A vida é a oportunidade para decidir ser como o jovem Salomão e escolher a sabedoria (1Rs 3,9). Viver na nova aliança é decidir viver para Jesus. O significado da vida é vender tudo o que de pouco tivermos para comprar o que parece ser um terreno vazio ou então usar toda a nossa fortuna para comprar uma pérola de grande valor (Mt 13,46). Em ambos os casos, viver é renunciar à nossa independência, isto é, ao nosso reino e nos submeter a Jesus como nosso único Rei.

Você não pode aceitar Jesus como seu Rei enquanto ignorar os Seus mandamentos. Você já decidiu aceitar Jesus nos termos d’Ele e não nos seus termos? Você já se decidiu a perder a sua vida por Jesus? (Lc 9,24). “…Até quando claudicareis das duas pernas? Se Iahweh é Deus, segui-o…” (1Rs 18,21). “…escolhei hoje a quem quereis servir…Quanto a mim e à minha casa, serviremos a Iahweh.” (Js 24,15). Você já se decidiu a seguir a Jesus? Uma vez que tenha tomado a sua decisão, não dá mais para voltar. Qual é a sua decisão definitiva?

Oração: Jesus, eu decidi amar-Te eternamente com todo o meu coração (Dt 6,5).

Promessa: “E nós sabemos que Deus coopera em tudo para o bem daqueles que o amam, daqueles que são chamados segundo o seu desígnio.” (Rm 8,28)

Louvor: Louve a Jesus, “…aquele que morreu, ou melhor, que ressuscitou, aquele que está à direita de Deus e que intercede por nós.” (Rm 8,34)

Segunda-feira, 27 de Julho de 2020   

Jr 13,1-11                                         Dt 32,18-21                                       Mt 13,31-35

SOB A TERRA

“…O Reino dos Céus é semelhante a um grão de mostarda que um homem tomou e semeou no seu campo. Embora seja a menor de todas as sementes, quando cresce é a maior das hortaliças e torna-se árvore…”(Mt 13,31.32)

O reino de Deus não parece ser muita coisa. Ele parece ser tão pequeno como um grão de mostarda ou uma levedura. No entanto, para trabalhar no Reino de Deus nós precisamos não seguir pela visão, mas pela fé (2Cor 5,7). Nós podemos não ser capazes de perceber muitas coisas, pois ver alguma coisa demanda algum tempo. A massa cresce gradualmente e a semente de mostarda se desenvolve lentamente. Desse modo, para trabalhar pelo reino de Deus nós precisamos perseverar por algum tempo. “…Quem põe a mão no arado e olha para trás não é apto para o Reino de Deus.” (Lc 9,62)

Fé e perseverança são dinâmicas para a vida no reino. Porém nós somos pessoas que precisam ver para crer, pessoas para as quais tudo precisa ser realizado quase que imediatamente. O demônio não somente está nos tentando a não buscar primeiro o reino, mas também tentando nos roubar as virtudes fundamentais e básicas da vida no reino. O demônio tem nos treinado para pensarmos grande e desejarmos ser grandes, e para ignorar qualquer outra coisa que esteja fora do alcance de uma máquina de venda ou de um equipamento eletrônico. Enquanto estamos nos concentrando nas pedras lançadas contra as vidraças do reino de Deus, o demônio está, por trás dos panos e muito silenciosamente, desmantelando os fundamentos da fé e da perseverança.

Oração: Pai, que eu possa procurar primeiro viver, e também morrer, pelo Teu reino (Mt 6,33).

Promessa: “…Eu fiz aderir a mim toda casa de Israel e toda casa de Judá – oráculo de Iahweh –  para que fossem meu povo, meu renome, minha honra e meu esplendor…” (Jr 13,11)

Louvor: Sueli se sentia indigna de fazer parte do grupo de evangelização de sua paróquia, mas junto com outros paroquianos levou Cristo à sua vizinhança.

Terça-feira, 28 de Julho de 2020                                                         

Jr 14,17-22                                       Sl 79(78),8.9.11.13                                    Mt 13,36-43

   “TEMPO DE CHORAR…” (Ecl 3,4)

“…Que meus olhos derramem lágrimas, noite e dia e não se tranquilizem, porque a virgem, filha do meu povo, foi ferida com um ferimento grave, com uma ferida incurável.” (Jr 14,17)

Algumas vezes a melhor coisa a fazer é chorar. O próprio Jesus chorou (Lc 19,41). Ele chamou aquelas lágrimas de bem-aventuradas (Lc 6,21). Algumas vezes, como Jeremias, nós devemos orar para chorar. Muitos(as) de nós lendo esse texto não choramos há anos. Outros(as)  choram frequentemente, mas pelas razões erradas. Nós precisamos chorar por coisas pelas quais nós nunca choramos. Nós podemos até precisar chorar por vários dias (Ne 1,4).

Nós devemos orar por algumas lágrimas a serem enxugadas (Ap 21,4) e por outras lágrimas que brotam e são derramadas como um rio. Jesus profetizou: “Em verdade, em verdade, vos digo: chorareis e vos lamentareis, mas o mundo se alegrará. Vós vos entristecereis, mas a vossa tristeza se transformará em alegria.” (Jo 16,20)

Para o Senhor secar as nossas lágrimas, nós precisamos primeiramente chorar. Nós não devemos nos envergonhar de chorar, ao invés disso devemos nos envergonhar por não chorar, considerando os males ao nosso redor. Lágrimas de tristeza geralmente precedem lágrimas de alegria. Nosso Pai conta nossas lágrimas uma por uma. Ele as guarda em Seu odre (Sl 56,9).

Oração: Pai, eu quero “[alegrar-me] com os que se alegram, e [chorar] com os que choram.” (Rm 12,15)

Promessa: “Então os justos brilharão como o sol no Reino de seu Pai. O que tem ouvidos, ouça!” (Mt 13,43)

Louvor: Eduardo recebeu o dom das lágrimas quando orava pelo Espírito Santo, lágrimas de alegria, não de pesar.

Quarta-feira, 29 de Julho de 2020                                                                     Santa Marta

1Jo 4,7-16                            Sl 34(33),2-11                                 Jo 11,19-27 ou Lc 10,38-42

O SINAL DE PARAR

“E quem vive e crê em mim jamais morrerá. Crês nisso? Disse ela: ‘Sim, Senhor, eu creio que tu és o Cristo, o Filho de Deus que vem ao mundo.’” (Jo 11,26.27)

Santa Marta saiu para encontrar Jesus na estrada, próximo à sua casa. Naquele ponto da estrada, Jesus instigou e agraciou Marta a crer que Ele é a Ressurreição e a Vida (Jo 11,25.26). Marta respondeu fazendo o que possivelmente foi um dos maiores atos de fé já realizados (Jo 11,27). Assim, aquele lugar da estrada se tornou um local de fé.

Jesus parou naquele lugar (Jo 11,30) e logo Maria, a irmã de Marta, e muitos de seus amigos vieram para encontrar Jesus. Todos começaram a chorar e Jesus também chorou (Jo 11,33.35). Por que Jesus estava chorando? Ele sabia que iria ressuscitar Lázaro dentre os mortos. Então por que Ele deveria lamentar a morte de Lázaro? Ele pode ter chorado por causa da falta de fé do povo. Jesus chorou sobre Jerusalém por esta mesma razão em uma outra ocasião (Lc 19,41-44). Jesus pode ter chorado porque o local onde Marta expressou sua fé havia rapidamente se transformado em um local de falta de fé.

Existe algum lugar em sua vida onde a fé esteja desaparecendo? Olhe para a sua rua, sua vizinhança, sua casa e o seu local de trabalho. Esses são lugares de fé? Não faça Jesus chorar. Viva e professe a sua fé publicamente, livremente e com perseverança.

Oração: Pai, aumenta a minha fé (Lc 17,5).

Promessa: “E quem vive e crê em mim jamais morrerá. Crês nisso?” (Jo 11,26)

Louvor: “Jesus amava Marta e sua irmã e Lázaro.” (Jo 11,5). Santa Marta tornou-se uma discípula exemplar do Senhor. Nós temos muito o que aprender com sua intensa piedade.

Quinta-feira, 30 de Julho de 2020                                                        São Pedro Crisólogo                                                                                        

Jr 18,1-6                                           Sl 146(145),1-6                                            Mt 13,47-53

                                                              TENTAR NOVAMENTE

Deus “…fez novamente…” (Jr 18,4)

Nos negócios, é comum se dizer: ‘Por que nunca se tem tempo para fazer o trabalho correto da primeira vez, mas sempre se tem que dedicar tempo para refazê-lo?’. Você já trabalhou arduamente em um projeto, somente para ver um colega estragar o resultado final por falta de cuidado ou por sabotagem? Agora você precisa ‘fazer novamente’ apesar de não ter sido culpa sua.

Você pode se lembrar de alguma situação da qual pode dizer: ‘…Foi em vão que me fatiguei, debalde inutilmente, gastei as minhas forças…”? (Is 49,4). Tenha essa situação em mente. Agora imagine o Senhor na casa do oleiro (Jr 18,3-6), tentando novamente moldar você como Seu(Sua) discípulo(a). Sempre que você se rebela, Ele, pacientemente, realça as suas partes mais endurecidas, descarta o que não é bom para sua vida (Mt 13,48), e gentilmente tenta novamente. Com infinita paciência e cuidado primoroso. Ele continua a agir na sua formação de acordo com Seu gosto (Jr 18,4).

Deus, o Oleiro, não deixa de trabalhar em você. Ele não fica frustrado; ao invés disso, continuará tentando novamente. “…é duro para [você]…” lutar contra Ele (At 26,14). Arrependa-se! Pare de andar em círculos para com o Senhor. Entregue cada momento de sua vida a Deus. Deixe que Ele cuide carinhosamente de você como Suas mãos gentis e faça de sua vida uma obra-prima.

Oração: Pai Oleiro, através da minha negligência e rebeldia, eu perdi muito do Teu tempo e do meu (1Pe 4,3). Molda-me de acordo com Teu desejo.

Promessa: “…Por isso, todo escriba que se tornou discípulo do Reino dos Céus é semelhante a um pai de família que do seu tesouro tira coisas novas e velhas.” (Mt 13,52)

Louvor: São Pedro foi chamado de ‘palavra de ouro’ (Crisólogo). Cerca de 180 de seus escritos foram preservados – uma grande benção para a Igreja. Uma de suas frases famosas é: ‘Aquele que se distrai com Satanás, não pode se alegrar com Cristo!’.

Sexta-feira, 31 de Julho de 2020                                                    Santo Inácio de Loyola                                           

Jr 26,1-9                                           Sl 69(68),5.8-10.14                         Mt 13,54-58

A ÚNICA ESPERANÇA PARA OS(AS) INSENSÍVEIS

“…Se não me escutardes para seguirdes a minha Lei, que eu vos dei, para atenderdes as palavras de meus servos, os profetas, que eu vos envio sem cessar, mas vós não escutais, eu tratarei esta Casa como a Silo e farei desta cidade uma maldição para todas as nações da terra.” (Jr 26,4.5)

Nas Missas diárias, nós temos feito as leituras do profeta Jeremias ao longo de dez dias. Nós continuaremos a ler Jeremias por mais uma semana. Dia após dia, nós lemos que a Palavra de Deus proferida através de Jeremias e de quase todos os outros profetas não foi aceita. A dureza do coração humano é tão grande que até mesmo Jesus, o maior Profeta, não foi aceito na Sua terra natal (Mt 13,57). Mesmo após a Sua morte na cruz e gloriosa ressurreição, Jesus não é aceito. Quão duro pode ser o nosso coração!

Dentro de seis dias, nós estaremos celebrando a Transfiguração de Jesus, quando Deus Pai a partir da nuvem luminosa do Espírito Santo anuncia: “…Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo, ouvi-o!” (Mt 17,5). De início, mesmo a mensagem da Transfiguração de Jesus não suavizou os corações endurecidos. Finalmente, no primeiro Pentecostes, o Espírito Santo realizou o surpreendente milagre de abrir os corações endurecidos para Jesus. Os(As) discípulos(as) de Jesus ouviram à Ele, e a Igreja nasceu.

Oração: Pai, quebra meu coração duro.

Promessa: “Quanto a mim, Iahweh, a ti dirijo minha prece! No tempo favorável responde-me, por teu grande amor, pela verdade da tua salvação!” (Sl 69(68),14)

Louvor: Durante a sua recuperação de um sério ferimento de batalha, Santo Inácio leu exaustivamente sobre a vida dos santos. Ele se perguntava: ‘Se os santos podem fazer isso, por que não eu’?