Abril

Quarta-feira, 01 de Abril de 2020                                                                                                                                                              

Dn 3,14-20.24.49.91.92.95                Dn 3,52-57                 Jo 8,31-42

 SUGESTÕES PERIGOSAS

“… Estais prontos, ao ouvirdes o som da trombeta, da flauta, da cítara, da sambuca, do saltério, da cornamusa e de toda espécie de instrumento de música, a vos prostrar e a render culto de adoração à estátua que eu fiz? …” (Dn 3,15)

Jesus quer nos libertar, pois Ele é a Verdade (Jo 14,6), Ele é o Filho de Homem, que nos liberta verdadeiramente (Jo 8,32.36). Quando renovarmos as nossas promessas batismais no primeiro dia da Páscoa, nós iremos proclamar a nossa libertação de Satanás e nossa liberdade para crer na Santíssima Trindade. Durante o Tempo Pascal, nós professamos e vivemos a liberdade definitiva da vida ressuscitada. Definitivamente, o Tempo Pascal culmina em Pentecostes, quando os apóstolos e os discípulos de Jesus foram libertos de seus temores e descrença para deixar o Cenáculo e levar três mil pessoas ao Batismo em Cristo e a uma Igreja nascente.

Jesus quer que sejamos libertos(as) das sugestões que provocam certos modismos e comportamentos. Por exemplo, o Rei Nabucodonosor idealizou uma orquestra para conduzir seus súditos a obedecerem à sua orientação para a idolatria (Dn 3,15). Algumas músicas ainda são usadas para nos colocar com disposição para o pecado, que é contrário à liberdade (Jo 8,34). A televisão e outros estímulos visuais podem nos influenciar a modificar o nosso comportamento, e desse modo roubar a nossa liberdade. A nicotina, o álcool e outras substâncias podem alterar a nossa consciência de modos sutis e envolventes.

Ao valorizarmos esses últimos dias da Quaresma, que nós aceitemos a graça de Deus para livrar as nossas vidas de tudo o que ameaçar a nossa liberdade, de modo particular de qualquer manipulação, provocação, ou sugestão.

Oração: Pai, dá-me a libertação de Pentecostes.

Promessa: “… Se Deus fosse vosso pai, vós me amaríeis, porque saí de Deus e dele venho; não venho por mim mesmo, mas foi ele que me enviou.” (Jo 8,42)

Louvor: Maurício considera o tempo dedicado a orar com sua esposa mais gratificante do que o alívio momentâneo de sua compulsão anterior pelo álcool.

Quinta-feira, 02 de Abril de 2020    – São Francisco de Paula                           

Gn 17,3-9                         Sl 105(104),4-9                            Jo 8,51-59

JESUS O(A) AMA ATÉ A MORTE

“Então apanharam pedras para atirar nele; Jesus, porém, ocultou-se e saiu do Templo.” (Jo 8,59)

Jesus é Deus, o “…EU SOU.” (Jo 8,58; Ex 3,14). Os seres humanos não têm nenhum poder sobre Jesus, a menos que o poder seja lhes dado do alto (Jo 19,11). Em várias ocasiões, o povo tentou matar Jesus, mas Ele evitou a morte (Lc 4,29.30; Jo 10,31; Jo 8,59; e outros). Na próxima semana, a Igreja viverá a Paixão e a morte de Nosso Senhor Jesus Cristo através das mãos dos homens. Jesus poderia ter chamado mais de doze legiões de anjos para rapidamente salvá-Lo daquela terrível morte (Mt 26,53), mas Ele decidiu livremente entregar a Sua vida para nos salvar (Jo 10,17.18).

Quando chegou o momento d’Ele ser preso no jardim de Getsêmani, Jesus teve tempo e oportunidade para fugir. Uma multidão portando tochas veio para prendê-Lo na escuridão da noite. Teria sido possível a Jesus ver a luz das tochas subindo a montanha a partir do Vale do Cedron (Jo 18,1-3). Ele teve tempo de fugir para um deserto ainda mais do Monte das Oliveiras. Quando os soldados chegaram ao jardim, eu imagino Jesus pensando em mim, correndo perigo de morrer pelos meus pecados, e decidindo permanecer no jardim de modo a que eu pudesse ser salvo(a) ao invés de fugir para se salvar a Si próprio. Você é capaz de imaginar Jesus pensando em você quando os soldados subiram a montanha para prendê-Lo? Ele ama muito a cada um(a) de nós.

Jesus fez aquilo porque quer que todos(as) sejam salvos(as) (1Tm 2,4). Aceite-O como Senhor, Salvador e Deus.

Oração: Pai, nesta Quaresma dá-me uma compreensão ainda mais profunda da intensidade do amor de Jesus por mim.

Promessa: “Em verdade, em verdade, vos digo: se alguém guardar minha palavra, jamais verá a morte.” (Jo 8,51)

Louvor: Depois de uma peregrinação a Roma e Assis, São Francisco começou a viver como eremita em uma caverna próximo à cidade de Paula, na Itália. Fundou a Ordem dos Mínimos de São Francisco de Assis. Morreu em uma sexta-feira santa aos noventa e um anos de idade.

Sexta-feira, 03 de Abril de 2020                            

 Jr 20,10-13                    Sl 18(17),2-7                    Jo 10,31-42

 O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO COM JESUS?

“Os judeus, outra vez, apanharam pedras para apedrejá-lo.” (Jo 10,31)

Na leitura do Evangelho da quarta-feira ouvimos Jesus dizendo: “… procurais matar-me …” (Jo 8,37). Ontem nós ouvimos: “Então apanharam pedras para atirar nele; Jesus, porém, ocultou-se e saiu do Templo.” (Jo 8,59). Hoje nós ouvimos: “Os judeus, outra vez, apanharam pedras para apedrejá-lo.” (Jo 10,31) e “Procuravam novamente prendê-lo …” (Jo 10,39). Amanhã ouviremos as palavras de Caifás, o sumo sacerdote: “… Vós de nada entendeis. Não compreendeis que é de vosso interesse que um só homem morra pelo povo e não pereça a nação toda? Não dizia isso por si mesmo, mas sendo Sumo Sacerdote naquele ano, profetizou que Jesus iria morrer pela nação.” (Jo 11,49-51). No Domingo de Ramos (Paixão) ouviremos a narrativa da morte de Jesus na cruz. Obviamente, muitas pessoas têm um persistente desejo de ferir e matar Jesus.

Isso continua no tempo presente. Aqueles(as) que pecam contra o Senhor “… crucificam novamente o Filho de Deus e o expõem às injúrias.” (Hb 6,6). Nós podemos ser parte daqueles(as) que louvam eternamente a Jesus entronizado no céu (Ap 5,12 ss), ou continuar rejeitando-O através dos nossos pecados. Quando ouvirmos a leitura da Paixão no Domingo ou na Sexta-feira Santa, estaremos ouvindo falar sobre nós mesmos(as). Iremos encontrar similaridade entre nós e alguma outra pessoa. Será que iremos nos parecer com o traidor Judas, com o negador Pedro, ou com os apóstolos receosos e infiéis? Ou encontraremos semelhança com Nicodemos no seu arrependimento, com Maria no seu supremo amor, ou com o centurião em sua profissão de fé?

Jesus está vivo e nos amando de modo pessoal. Nós estamos respondendo ao Seu amor – quer nós admitamos isso ou não. Nós estamos rejeitando o amor de Jesus ou O estamos amando em retribuição. Ame a Jesus sempre e eternamente.

Oração: Pai, eu me arrependo de qualquer coisa que tenha feito e que tenha ferido a Jesus física ou emocionalmente.

Promessa: “Cantai a Iahweh, louvai a Iahweh, porque ele livrou a vida do pobre da mão dos perversos.” (Jr 20,13)

Louvor: Felipe se arrependeu de ter negado a Jesus através do seu silêncio.

Sábado, 04 de Abril de 2020 – Santo Isidoro                             

Ez 37,21-28                           Jr 31,10-13                        Jo 11,45-56

SANTA PAZ

“Concluirei com eles uma aliança de paz, a qual será uma aliança eterna …” (Ez 37,26)

Para a nação Judaica, que havia sido destruída pela guerra e cujos líderes se encontravam no exílio, o Senhor prometeu uma aliança eterna de paz. Essa promessa foi efetivamente cumprida em Jesus, que “…é a nossa paz…” (Ef 2,14), e que nos deixou o dom da paz no Seu derradeiro desejo e testamento (Jo 14,27). Mais ainda, Jesus, “…o Deus da paz…” (Rm 16,20; 1Ts 5,23; Hb 13,20), fez dos Seus discípulos promotores da paz (Mt 5,9).

Nós recebemos de Jesus o dom da paz:

– “… pelo sangue da sua cruz.” (Cl 1,20). Vivemos na paz seguindo o exemplo de Jesus, sofrendo e morrendo pelos nossos inimigos ao invés de matá-los,

– perdoando e amando aos nossos inimigos (Mt 5,44) e não retaliando por aquilo que tiverem feito contra nós (Mt 5,39),

– provendo as necessidades dos nossos inimigos e desse modo pagando o mal com o bem (Rm 12,20.21), e ainda

– sendo ministros(as) da reconciliação (2Cor 5,18). Devemos levar outras pessoas a perdoar e amar aos seus inimigos.

Receber e construir a paz é humanamente impossível. Precisamos de um milagre. Nós precisamos da Páscoa. Receba o milagre da paz da Páscoa colocando o seu coração e a sua alma nas celebrações da Semana Santa. O Senhor planejou “… fazer muito além, infinitamente além de tudo o que nós podemos pedir ou conceber.” (Ef 3,20). Receba “… a paz de Deus, que excede toda a compreensão …” (Fl 4,7)

Oração: Pai faz desta Semana Santa uma das mais importantes semanas de toda a minha vida.

Promessa: “Muitos dos judeus que tinham vindo à casa de Maria, tendo visto o que ele fizera, creram nele.” (Jo 11,45)

Louvor: Santo Isidoro, que morreu no ano de 636, foi designado como Doutor da Igreja em 1972. Uma dentre as suas muitas realizações foi a evangelização dos Visigodos, bárbaros que haviam aderido à heresia Ariana.

Domingo, 05 de Abril de 2020 – Domingo de Ramos (Paixão)                         

Mt 21,1-22 (Procissão de Entrada)     Is 50,4-7       Sl 22(21),8.9.17-20.23.24       Fl 2,6-11      Mt 26,14-27,66

 CAMINHO ESPINHOSO     

“… o Senhor está precisando deles …” (Mt 21,3)

Antes de Jesus entrar em Jerusalém, os jumentos cooperaram com Ele quando Jesus teve necessidade deles (Mt 21,3). Os ramos de palmas eram agitados em louvor a Jesus e lançados adiante d’Ele (Mt 21,8). Mesmo as rochas estavam preparadas e prontas para louvar a Jesus (Lc 19,40). A maioria da criação estava de pé com o Filho de Deus, pois o Seu ministério havia alcançado seu ponto culminante em Jerusalém.

Enquanto os jumentos estavam prontos quando Jesus necessitou deles, Judas não esteva. Ele estava muito ocupado, buscando uma oportunidade para entregar Jesus aos Seus oponentes (Lc 22,6). As rochas estavam prontas quando seu tempo chegou, mas Simão, a quem Jesus chamou de “Pedra”, não esteva. Ele negou-O e chegou até a afirmar que não conhecia Jesus (Mt 26,72.74). Do mesmo modo, nenhum dos outros discípulos estavam prontos. Enquanto Jesus estava renunciando a Si mesmo pelos Seus discípulos, eles estavam abandonando-O (Mt 26,56). Os líderes Judeus, que haviam estudado durante toda a sua vida em preparação para a vinda do Messias, também não estivam prontos. Quando chegou o momento de falar pelo seu tão esperado Messias, eles gritaram: “…Crucifiquem-no!” (Mt 27,22)

A terra, os animais e as plantas estão prontas para o Messias e para a Semana Santa. Como você está? Você está pronto(a) para se submeter ao teste do Messias? As rochas e os jumentos irão superar você? “…o Senhor precisa…” de você (Mt 21,3). Vigie e ore com Ele durante esta semana e para sempre.

Oração: Jesus, eu dedico a minha vida a Ti. Que todo o meu amor por Ti seja como um bálsamo suave para Te trazer conforto e alegria.

Promessa: “Pois este é o meu sangue, o sangue da Aliança, que é derramado por muitos para a remissão dos pecados.” (Mt 26,28)

Louvor: O Senhor declarou sobre Seus discípulos: “Eu vos digo, se eles se calarem, as pedras gritarão.” (Lc 19,40). Louvor a Ti, Jesus, Mestre de toda a criação!

Segunda-feira, 06 de Abril de 2020                                              

 Is 42,1-7                 Sl 27(26),1-3.13.14             Jo 12,1-11

 VISÍVEL E COMPLETAMENTE APAIXONADO(A)          

“Então Maria, tendo tomado um vidro de um perfume de nardo puro, muito caro, ungiu os pés de Jesus e os enxugou com seus cabelos …” (Jo 12,3)

O Senhor nos concedeu a decisão e o privilégio de amá-Lo com todo o nosso coração, o nosso entendimento, a nossa alma e a nossa força (Lc 10,27). Davi orou a Deus: “…minha alma tem sede de ti, minha carne te deseja com ardor… minha alma está liga a ti … valendo teu amor mais que a vida.” (Sl 63,2.9.4). Outro salmista orou ao Senhor: “…Contigo, nada mais me agrada na terra.” (Sl 73,25). O Papa São João Paulo II falou sobre ter um encontro com o Deus vivo: ‘… Um renovado encontro com Jesus Cristo conscientizará todos os membros da Igreja na América do fato de ser chamados a continuar a missão do Redentor em suas terras…’ (Ecclesia in America, 7), e sobre orar: ‘… As nossas comunidades, amados irmãos e irmãs, devem tornar-se autênticas escolas de oração, onde o encontro com Cristo não se exprima apenas em pedidos de ajuda, mas também em ação de graças, louvor, adoração, contemplação, escuta, afetos de alma, até se chegar a um coração verdadeiramente apaixonado …’ (Novo Millennio Ineunte,33).

Com efeito, o Senhor quer que tenhamos um relacionamento com Ele como Maria de Betânia teve. O Senhor quer que nos prostremos aos Seus pés sem considerar a que custo (Jo 12,3). O Senhor quer que nosso amor por Ele seja tão manifesto que seja espelhado em nossas vidas e nas nossas palavras, no nosso trabalho, nos nossos relacionamentos, nas nossas decisões, nos nossos sofrimentos, etc. O nosso modo de viver deve proclamar a nossa paixão por Jesus de modo tão compreensível e corajoso que qualquer um que nos observe por alguns minutos chegará à conclusão que nós nos preocupamos em demonstrar nosso amor por Jesus.

Nesta Semana Santa, ore para ser como Maria de Betânia no seu amor manifesto por Jesus.

Oração: Pai, que eu assuma de modo pessoal a morte de Jesus na cruz.

Promessa: “Eu creio que verei a bondade de Iahweh na terra dos vivos.” (Sl 27,13)

Louvor: Jorge deixou um trabalho bem remunerado para responder ao chamado ao sacerdócio.

Terça-feira, 07 de Abril de 2020    

Is 49,1-6                     Sl 71(70),1-6.15.17                Jo 13,21-33.36-38

 NOITE OU LUZ?

“… Judas saiu imediatamente. Era noite.” (Jo 13,30)

No Evangelho de hoje vemos que Satanás entrou em Judas no momento mais sagrado da Última Ceia. Judas havia se degradado aos poucos. Isso foi ocasionado pelas suas decisões diárias de buscar o poder e a atração pelo reino das trevas ao invés de procurar o reino de Deus. Como é irônico que na semana em que ele mais deveria estar buscando a Jesus, ao invés disso, buscava constantemente uma oportunidade para entregar Jesus aos Seus inimigos (Mt 26,16).

Não existe neutralidade durante a Semana Santa nem durante a nossa vida diária. Ou buscamos a Jesus ou buscamos o mundo (Mt 6,24). Ou nós somos por Jesus ou contra Ele (Lc 11,23). Aqueles(as) que estão fixados(as) nas coisas do mundo são inimigos da cruz de Cristo (Fl 3,18.19).

Assim, hoje, nesta que é a semana mais sagrada do ano da Igreja, examine-se a si mesmo(a) (2Cor 13,5). Você está buscando o Senhor enquanto Ele ainda pode ser encontrado? (Is 55,6). Se não estiver, “… esforçai-vos, tendo voltado para ele, dez vezes mais em procurá-lo.” (Br 4,28)

Oração: Jesus, prega-me contigo na cruz de modo que eu nunca me separe de Ti em tempos de julgamento.

Promessa: “Mas eu disse: ‘Foi em vão que me fatiguei, debalde, inutilmente, gastei as minhas forças. E no entanto o meu direito está com Iahweh, o meu salário está com o meu Deus.” (Is 49,4)

Louvor: Depois de anos afastado da Igreja, Márcio retornou para uma Vigília Pascal e, literalmente, viu a Luz. Ele agora participa alegremente das Missas.

Quarta-feira, 08 de Abril de 2020                                                                                                             

Is 50,4-9                Sl 69(68),8-10.21.22.31.33.34           Mt 26,14-25

SUAS AÇÕES SÃO UMA TRAIÇÃO A DEUS?

“E a partir disto, [Judas] procurava uma oportunidade para entregá-lo.” (Mt 26,16)

Judas estava desapontado com Jesus. Assim como muitos Judeus de seu tempo, Judas esperava por um Messias que se tornasse um herói nacionalista, um líder que expulsasse  os exércitos de ocupação Romanos e libertasse Jerusalém. Passados três anos com Jesus, Judas gradualmente percebeu que Jesus não estava interessado em ser o tipo de Messias que os Judeus esperavam. Jesus deixou claro aos Seus apóstolos que Ele estava interessado em libertar o povo do pecado (Jo 8,34-36). Ele também deixou claro que aceitava os povos de todas as nações (Mt 12,21). Jesus aceitou o sofrimento e o entregou generosamente aos pobres. Judas iniciou seu apostolado atuando com grande poder na expulsão de demônios. Isso certamente foi emocionante. Mas, gradualmente, Jesus ensinou que o Seu ministério não estava baseado em valores mundanos. Dia após dia, as esperanças de Judas eram desfeitas.

Judas Iscariotes é um exemplo para nós hoje. Como pode Jesus nos desapontar? Promovendo a castidade e a pobreza? Ao não responder às suas orações como você esperava quando decidiu orar diante de seus familiares que não creem? Permitindo a fraqueza e o sofrimento? Permitindo que um ente querido morra? Deixando de punir o perverso? Promovendo a misericórdia e o perdão ao invés de punir a quem o(a) ferir? Nós precisamos estar vigilantes, antes que nós, como Judas, venhamos a trair Jesus desapontando outras pessoas.

Oração: Pai, guarda a minha boca e o meu coração de modo que eu nunca venha a Te trair. Que todas as minhas ações, palavras, e pensamentos glorifiquem a Ti (1Cor 10,31).

Promessa: “O Senhor Iahweh me deu uma língua de discípulo para que eu soubesse trazer ao cansado uma palavra de conforto…” (Is 50,4)

Louvor: O amor paciente de Carolina para com os seus filhos foi o fator principal no retorno deles para o Senhor e para a Igreja.

Quinta-feira, 09 de Abril de 2020 – Ceia do Senhor

Ex 12,1-8.11-14          Sl 116(115),12.13.15-18        1Cor 11,23-26                        Jo 13,1-15

 CONHEÇA JESUS, NÃO TEMA

“…na noite em que foi entregue, o Senhor tomou o pão e, depois de dar graças, partiu-o e disse: ‘Isto é o meu corpo, que é para vós; fazei isto em memória de mim.’” (1Cor 11,23.24)

Eu estou escrevendo este texto durante um toque de recolher, por causa da violência minha cidade. Nossa Missa da Ceia do Senhor teve que ser encerrada depois de 30 a 40 minutos de modo que os paroquianos pudessem ir para casa antes. Somente poucas pessoas participaram da Missa, pois a maioria estava com receio de vir, pois a Paróquia fica próximo ao centro da violência.

Neste dia em que celebramos de modo especial o presente que o Senhor nos deu de Seu Corpo e Sangue (1Cor 11,24.25), nós devemos perceber mais profundamente que conhecer pessoalmente nosso Jesus Eucarístico significa que nenhum receio irá dirigir a nossa vida. A indicação ‘CONHEÇA JESUS, NÃO TEMA’ é a verdade absoluta. Quando nós recebemos o Corpo e Sangue de Jesus, recebemos Deus, que é Amor (1Jo 4,8.16). Nós recebemos o perfeito Amor, Aquele que “…lança fora o temor…” (1Jo 4,18)

A Eucaristia é a realização da Páscoa, quando o Senhor dirigiu Seu povo para deixar a escravidão do medo (Rm 8,15). Depois da primeira Eucaristia, Jesus corajosamente morreu na cruz (1Cor 11,26). A Eucaristia é onde o(a) assustado(a) se torna corajoso(a) através do amor transformador do Senhor. CONHEÇA JESUS, NÃO TEMA!

Oração: Pai, Tu não me deste um espírito de medo (2Tm 1,7), mas o Espírito de filho(a) adotivo(a) (Rm 8,15). Neste Espírito, faça com que eu seja corajoso(a).

Promessa: “Como retribuirei a Iahweh todo o bem que me fez? Erguerei o cálice da salvação invocando o nome de Iahweh.” (Sl 116,12.13)

Louvor: ‘A adoração diária ou uma visita ao Santíssimo Sacramento é a prática que é a fonte de todos os trabalhos devocionais.’ (Papa São Pio X)

Sexta-feira, 10 de Abril de 2020 – Paixão do Senhor

 Is 52,13-53,12      Sl 31(30),2.6.12.13.15-17.25     Hb 4,14-16; 5,7-9     Jo 18,1-19,42

 A MORTE DO MEDO

“Sede firmes, fortalecei vosso coração, vós todos que esperais em Iahweh!” (Sl 31,25)

Enquanto Jesus se angustiava em Sua decisão de entregar Sua vida por nós, Ele foi severamente tentado a se render ao medo que O fez suar gotas de sangue (Lc 22,44). Contudo, Jesus se recusava a ser intimidado por Satanás. Ele enfrentou uma coorte de soldados e vários guardas (Jo 18,3). Eles “… recuaram e caíram por terra.” (Jo 18,6) diante do amor e da coragem de Jesus. Então, Ele corajosamente, morreu na cruz por nós. No entanto, exceto pelo discípulo amado, e das três Marias aos pés da cruz (Jo 19,25.26), os seus apóstolos e discípulos sucumbiram ao medo e abandonaram-no.

Depois da morte de Jesus, o medo começou a perder sua opressão sobre o mundo. Primeiro, José de Arimatéia, secretamente um dos discípulos de Jesus “…por medo dos judeus…”, corajosamente se apresentou e pediu a Pilatos para retirar o corpo de Jesus (Jo 19,38). Depois Nicodemos, anteriormente um retraído membro do Sinédrio (Jo 7, 50 ss), levou cerca de cem libras de mirra e aloés de modo a preparar o corpo de Jesus para o sepultamento (Jo 19,39). Entretanto, os apóstolos de Jesus continuavam trancados com medo (Jo 20,19) até Pentecostes, quando o poder do medo foi eliminado e nasceu a Igreja. Não tema, Jesus morreu! Jesus ressuscitou! Jesus irá retornar! Não tema! (Mc 5,36).

Oração: Pai pelo meu Batismo na morte, sepultamento e Ressurreição de Jesus, eu nada temerei.

Promessa: “E, embora fosse Filho, aprendeu, contudo, a obediência pelo sofrimento; e, levado à perfeição, se tornou para todos os que lhe obedecem princípio de salvação eterna.” (Hb 5,8.9)

Louvor: -.-.-.-

Sábado, 11 de Abril de 2020 – Vigília Pascal

Rm 6,3-11                              Mt 28,1-10

 PECADO GRAVE?  

“Mas o Anjo, dirigindo-se às mulheres, disse-lhes: ‘Não temais! Sei que estais procurando Jesus, o crucificado. Ele não está aqui, pois ressuscitou, conforme havia dito. Vinde ver o lugar onde ele jazia.” (Mt 28,5.6)

Hoje, na comunidade Católica, nós não celebramos Missa e não partilhamos a Santa Comunhão até celebrarmos a Vigília Pascal. É um dia muito peculiar no qual nos identificamos com Jesus colocado no sepulcro. “Portanto pelo batismo nós fomos sepultados com ele na morte …” (Rm 6,4)

Ser sepultado(a) com Cristo significa que nossa antiga natureza decaída está ‘sete palmos abaixo da terra’. Nós precisamos mantê-la desta maneira nos recusando a retornar aos nossos pecados. Se nós nos recusarmos a desenterrar nossa antiga natureza decaída enterrada nas águas do Batismo, nós continuaremos a viver uma vida ressuscitada. Então, no último dia, nós teremos nossos corpos ressuscitados e glorificados. Não perturbe a sepultura de sua antiga natureza.

Oração: Pai, conduz-me no mistério de meu sepultamento espiritual.

Promessa: -.-.-.-

Louvor: -.-.-.-

Domingo, 12 de Abril de 2020 –  Páscoa do Senhor                                                     

 At 10,34.37-43           Sl 118(117),1.2.16.17.22.23              Cl 3,1-4           Jo 20,1-9

 O LADO ESCURO DA RESSURREIÇÃO

 “No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao sepulcro, de madrugada, quando ainda estava escuro, e vê a pedra que fora retirada do sepulcro.” (Jo 20,1)

Jesus ressuscitou dentre os mortos! Aleluia! “Este é o dia que Iahweh fez, exultemos e alegremo-nos nele.” (Sl 118,24)

Estou escrevendo esta reflexão para a Páscoa com uma sonda em meu braço, enquanto aguardo a introdução de um tubo em minha garganta. Isso pode ser seguido por algumas outras torturas, que podem levar a uma cirurgia. Que tipo de celebração da Páscoa é essa? “…Maria Madalena vai ao sepulcro, de madrugada, quando ainda estava escuro…” (Jo 20,1). A Páscoa geralmente começa quando está escuro. Possivelmente você ainda está na noite de um coração partido, de um casamento penoso, de uma família despedaçada, de uma doença grave ou de uma dor generalizada. Contudo, sem o escuro da noite, nós não poderíamos ver o nascer do sol. Sem a morte de Jesus no Calvário, nós não teríamos ressuscitado.

Se você quer começar esse Tempo Pascal buscando esperar contra toda a esperança (Rm 4,18), renove suas promessas batismais e tenha fé no Pai através de Jesus e do Espírito. “… [caminhe] pela fé e não pela visão.” (2Cor 5,7). Jesus ressuscitou! Ele foi vitorioso contra a escuridão, e Ele manifestará isso em sua vida. “…à tarde vem o pranto, e de manhã gritos de alegria.” (Sl 30,6). Rejubile-se em Cristo ressuscitado! Rejubile-se pela fé! Rejubile-se enquanto você ainda está atravessando a sua noite, pois Jesus é a Luz que brilha em lugar escuro (2Pe 1,19; Ap 22,16). Aleluia para sempre!

Oração: Pai, caso alguém me pergunte a razão por essa minha esperança, que eu “… [esteja] sempre [pronto] a dar razão da [minha] esperança …” (1Pe 3,15)

Promessa: “Ou não sabeis que todos os que fomos batizados em Cristo Jesus, é na sua morte que fomos batizados? Portanto pelo batismo nós fomos sepultados com ele na morte para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também nós vivamos vida nova.” (Rm 6,3.4)

Louvor: Louvor a Jesus ressuscitado! Aleluia!

Segunda-feira, 13 de Abril de 2020 –  Oitava da Páscoa – São Martinho I, Papa

At 2,14.22-33                            Sl 16(15),1.2.5.7-11                   Mt 28,8-15

                                                 VIVENDO INTEGRALMENTE

“A este Jesus Deus o ressuscitou, e disto nós todos somos testemunhas.” (At 2,32)

Jesus ressuscitado não foi enviado para todos, mas somente para testemunhas escolhidas a dedo (At 10,41). Através do nosso Batismo, todos nós, Cristãos, fomos escolhidos a dedo pelo Senhor para testemunhar por Jesus ressuscitado.

Para sermos testemunhas amorosas e efetivas, nós precisamos ser como:

– Maria Madalena, que amou a Jesus permanecendo com Ele aos pés da cruz (Jo 19,25),

– as mulheres que estavam deixando o sepulcro, que se prostraram diante de Jesus (Mt 28,9),

– Pedro, que se arrependeu por ter negado a Jesus (Lc 22,62) e se tornou o líder da Igreja nascente,

– os apóstolos, sobre quem Jesus soprou e disse: “… Recebei o Espírito Santo.” (Jo 20,22), e

– os dois discípulos no caminho para Emaús, cujos corações arderam quando Jesus lhes ensinou a Sua Palavra (Lc 24,32).

As testemunhas de Cristo ressuscitado são escolhidas a dedo para esta honra e privilégio porque elas receberam o Espírito Santo na cruz, através da Palavra de Deus, em arrependimento e adoração. Jesus prometeu: “… recebereis uma força, a do Espírito Santo que descerá sobre vós, e sereis minhas testemunhas.” (At 1,8)

A mão de Deus está sobre ti (Ez 3,22) e o Espírito Santo é recebido através da imposição das mãos. ‘ …é pela imposição das mãos dos Apóstolos que o Espírito Santo é dado… Este sinal da efusão onipotente do Espírito Santo, guarda-o a Igreja nas suas epicleses sacramentais.’ (CIC, 699). Você irá testemunhar adequadamente quando viver plenamente a vida derramada sobre você pelo Espírito Santo quando recebeu a benção da Confirmação. Viva sua Confirmação e viva a Páscoa.

Oração: Pai, envia o Espírito Santo da Páscoa para libertar-me.

Promessa: “Deste-me a conhecer os caminhos da vida: encher-me-ás de júbilo na tua presença.” (At 2,28)

Louvor: Todo louvor e graças sejam dados a todo o momento a Jesus, meu Senhor e meu Deus (Jo 20,28).

Terça-feira, 14 de Abril de 2020 – Oitava da Páscoa

 At 2,36-41                  Sl 33(32),4.5.18-20.22                       Jo 20,11-18

 MEU DOCE JESUS!

“… Vi o Senhor …” (Jo 20,18)

Na faculdade, em um retiro ‘Encontro com Cristo’ vários anos atrás, eu tive um momento ‘Maria Madalena’. O dirigente do retiro pediu a todos que encontrassem um lugar quieto e silencioso e passassem uma hora lendo cartas escritas para nós por colegas estudantes. Eu caminhei por um caminho de árvores cobertas de neve até uma colina isolada com vista para um lago congelado e sentei sobre um toco de árvore para ler e orar. Cada carta resplandecia com encorajamento, esperança e orações. A última carta terminava com um versículo da Bíblia: “Ninguém acende uma lâmpada para a cobrir com um recipiente…” (Lc 8,16). Quando eu li aquele versículo, foi como se o próprio Jesus saltasse daquelas páginas, sentasse junto a mim, e dissesse o meu nome (Jo 20,16). Apesar do ar de inverno estar quase congelante, eu não sentia nada a não ser o calor e o amor de Jesus durante toda aquela hora. Em um instante, o amor de Jesus me modificou profunda e permanentemente. Eu fui transformado de confiante em mim mesmo em confiante em Deus, de receoso em jubiloso. O texto tornou a Escritura viva e fui preenchido pelo desejo e a resolução de participar diariamente da Missa. Como Maria Madalena, eu proclamei: “…Vi o Senhor…” (Jo 20,18)

Um encontro pessoal e de mudança de vida com Jesus ressuscitado é absolutamente fundamental. Jesus ressuscitado não está sujeito às leis do mundo natural. Ele passa através de portas fechadas (Jo 20,26), desaparece da vista dos homens (Lc 24,31) e é elevado às nuvens (At 1,9). Você pode encontrar Jesus na Eucaristia, enquanto lê a Bíblia, em um retiro, durante uma oração, em um engarrafamento do trânsito, enquanto cozinha, na escuridão (At 18,9), ou quando traumatizado(a) por uma tragédia (Jo 20,15). Esteja constantemente preparado(a) para o encontro com Jesus ressuscitado. Deixe que Ele transforme a sua vida.

Oração: Jesus, meu Senhor, meu Deus, meu Tudo.

Promessa: “… Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para a remissão dos vossos pecados. Então recebereis o dom do Espírito Santo.” (At 2,38)

Louvor: Louvor a Ti, Jesus ressuscitado! Tu és “… o Alfa e o Ômega, o Primeiro e o Último, o Princípio e o Fim.” (At 22,13). Aleluia!

Quarta-feira, 15 de Abril de 2020 – Oitava da Páscoa

At 3,1-10                    Sl 105(104),1-4.6-9                Lc 24,13-35

 OPORTUNIDADES LOCAIS E MUNDIAIS PARA TESTEMUNHOS VOLUNTÁRIOS

“…Não tenho nem ouro nem prata. O que tenho, porém, isto te dou: em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda!” (At 3,6)

Em razão de Jesus amar tanto às pessoas, Ele insiste em que aqueles(as) que tiverem renovado seu Batismo e declarado a fé em Sua Ressurreição devam ser Suas testemunhas (At 1,8; 2,32; 10,41; 13,31). Ele quer se assegurar que o mundo escravizado pelo medo da morte ouça a maior de todas as notícias: “…a morte foi absorvida na vitória…” (1Cor 15,54), na vitória de Cristo ressuscitado. Desse modo, Jesus ressuscitado precisa que todos os Seus discípulos sejam Suas testemunhas em suas cidades “… e até os confins da terra.” (At 1,8)

Apesar de podermos nos sentir inadequados(as) para sermos testemunhas por Jesus, especialmente uma testemunha internacional, Jesus irá proporcionar oportunidades para aqueles(as) que buscarem essas oportunidades. Por exemplo, você pode não ter sido usado(a) pelo Senhor para curar dramaticamente muitas pessoas; mas, se você testemunhar pelo Senhor ressuscitado, você poderá ver o paralítico andar, o cego ver, surdo ouvir, e o mudo falar. O Senhor deseja dar a você um fórum para proclamar a Sua Ressurreição com extremo poder e de forma mais marcante (At 3,1ss). O Senhor prometeu agir com você e confirmar que o seu testemunho ecoe até os confins da terra. Analise a sua vida em busca das maiores oportunidades para testemunhar por Cristo ressuscitado, local e globalmente.

Oração: Pai, faz com que eu seja tão evangelístico(a) quanto católico(a), isto é, universal.

Promessa: “… Não ardia o nosso coração quando ele nos falava pelo caminho, quando nos explicava as Escrituras?” (Lc 24,32)

Louvor: Aleluia! Jesus ressuscitou. Ele está vivo e vive para sempre!

Quinta-feira, 16 de Abril de 2020 – Oitava da Páscoa

 At 3,11-26                       Sl 8,2.5-9                  Lc 24,35-48                                                  

SEUS CRITÉRIOS E SEU PODER

“…Mas Deus o ressuscitou dentre os mortos, e disso nós somos testemunhas.” (At 3,15)

Se nós não somos testemunhas da Ressurreição como Maria Madalena e os apóstolos após Pentecostes, nós não devemos apresentar desculpas, mas antes admitir que ser um(a) testemunha poderosa por Jesus ressuscitado é uma atitude normal de Cristianismo (At 4,33; 3,15; Lc 24,48.49).

Para sermos testemunhas da Ressurreição, precisamos simplesmente nos arrepender, renovar o nosso Batismo e receber o Espírito Santo (At 2,38). Nós até podemos pensar que já fizemos isso. No entanto, será que nos arrependemos e nos convertemos segundo os critérios de Deus? (At 3,19).

Muitos(as) de nós sabemos que precisamos nos arrepender de fazer coisas que são consideradas erradas tais como o adultério, o roubo, a mentira, etc. Contudo, cada um(a) de nós recebe um chamado especial de Deus. Pode não parecer a você que seja um pecado beber uma cerveja, assistir a um programa na televisão, comprar um determinado produto, ou ter um determinado estilo de vida, mas essas coisas podem parecer erradas para alguma outra pessoa. Tendemos a concluir que, se uma coisa é considerada correta por algumas pessoas, também é correta para nós mesmos(as). Isso nega a nossa singularidade e normalmente leva a enfraquecer o Cristianismo normal.

Além disso, nós podemos cometer o pecado da omissão. O Senhor nos manda, através de nossa consciência, a ir além do mínimo necessário (2Cor 3,6). Todavia, nós tendemos a falsear as justificativas, pois se não se espera que outras pessoas façam determinadas coisas, por que nós deveríamos fazer?

Continue negando-se a si mesmo(a) e reforçando-se até que esteja testemunhando livre e poderosamente por Jesus ressuscitado. Então você terá se arrependido e se convertido pelos critérios do Senhor.

Oração: Pai, faz de mim um(a) Cristão(ã) normal.

Promessa: “Então abriu-lhes a mente para que entendessem as Escrituras.” (Lc 24,45)

Louvor: Louvor a Ti, Jesus ressuscitado, vitorioso Cordeiro de Deus!

Sexta -feira, 17 de Abril de 2020 – Oitava da Páscoa

At 4,1-12                    Sl 118(117),1.2.4.22-27                     Jo 21,1-14

  “BEM-AVENTURADOS OS MISERICORDIOSOS …” (Mt 5,7)

“Jesus aproxima-se, toma o pão e o distribui entre eles; e faz o mesmo com o peixe. Foi esta a terceira vez que Jesus se manifestou aos discípulos, depois de ressuscitado dos mortos.” (Jo 21,13.14)

Na comunidade Católica ao redor do mundo, o próximo Domingo é chamado ‘Domingo da Divina Misericórdia’. Muitas pessoas se preparam para este dia especial orando durante nove dias, começando na Sexta-feira da Paixão, o dia da suprema misericórdia, o dia no qual nós nos concentramos de modo especial na morte redentora de Jesus. Jesus é “… rico em misericórdia …” (Ef 2,4). “Celebrai a Iahweh, porque ele é bom, porque seu amor é para sempre …” (Sl 136,1-26)

Simão Pedro é um exemplo marcante da misericórdia de Deus. Ele disse uma das piores coisas que se pode dizer sobre Jesus, que é negar a necessidade da cruz (Mt 16,22). Porém o Senhor, misericordiosamente, continuou a ensinar e a servir-se de Pedro. Depois de declarar abertamente que morreria com Jesus, Pedro viria a negá-Lo (Lc 22,33). Pedro prontamente negou a Cristo por três vezes pouco antes de Sua crucificação (Lc 22,61). No entanto, o Senhor perdoou a Pedro continuamente. Jesus ressuscitado até mesmo veio ao encontro de Pedro na manhã da Ressurreição (Lc 24,34) e apareceu a Pedro e aos apóstolos várias outras vezes. Depois de Pedro ter se encontrado com Cristo ressuscitado por ao menos três vezes, ele decidiu retornar ao seu trabalho como pescador (Jo 21,2 ss), apesar de Jesus tê-lo chamado a deixar seu negócio de pesca para se tornar pescador de homens (Mt 4,18.19).

Entretanto, Jesus teve misericórdia de Pedro, perdoou-o continuamente, e deu a ele o Espírito Santo, escolheu-o para pregar no primeiro Pentecostes Cristão, e fez dele o primeiro papa, bem como um missionário e um mártir. Jesus deu a Pedro infinita misericórdia. Seja misericordioso(a) como Jesus é.

Oração: Pai, faz de mim um(a) missionário(a) da misericórdia.

Promessa: “Pois não há, debaixo do céu, outro nome dado aos homens pelo qual devamos ser salvos.” (At 4,12)

Louvor: “Este é o dia que Iahweh fez, exultemos e alegremo-nos nele.” (Sl 118,24)

Sábado, 18 de Abril de 2020 – Oitava da Páscoa                                                                                   

At 4,13-21               Sl 118(117),1.14-21               Mc 16,9-15

 GRAÇA MARAVILHOSA (AMAZING GRACE)

“Ao verem a intrepidez de Pedro e de João … ficaram admirados.” (At 4,13)

As pessoas que encontraram Cristo ressuscitado ficaram admiradas. “Ao verem a intrepidez de Pedro e de João, e verificando que eram homens iletrados e sem posição social, ficaram admirados. Reconheceram-nos, é verdade, como os que haviam estado com Jesus.” (At 4,13). Quase todos devem ter ficado admirados porque Jesus ressuscitado “… apareceu primeiro a Maria Madalena, de quem havia expulsado sete demônios.” (Mc 16,9). Como podia Pedro, que havia negado a Cristo por três vezes, se colocar diante de milhares de pessoas, pregar corajosamente, e levar três mil pessoas para Cristo de uma única vez? Admirável! Como pôde o perseguidor Saulo se transformar no Apóstolo Paulo? Ele teve que se encontrar com Cristo ressuscitado na estrada para Damasco (At 9,3 ss). Que graça maravilhosa!

E o que dizer quanto a Barnabé vender o seu campo e doar o dinheiro para a Igreja? (At 4,37). Isso é digno de admiração, especialmente para as pessoas para as quais o dízimo é um grande compromisso. Quando vemos que Estevão foi apedrejado até a morte, nós não podemos ajudar, mas podemos nos maravilhar por ele ter perdoado seus inimigos (At 7,60).

Uma das coisas mais maravilhosas foi que Gentios, tais como Cornélio e sua família, receberam o Espírito Santo e foram assim obviamente incluídos no reino de Deus (At 10,44). Isso era impensável para os Judeus depois de séculos de rigorosa separação dos Gentios. O Senhor até mesmo suscitou uma igreja para os Gentios, a igreja de Antioquia (At 11,20 ss). Absolutamente admirável! O povo maravilhoso que encontrou a Cristo ressuscitado prova quão absolutamente admirável é a Sua Ressurreição dos mortos.

Oração: Jesus ressuscitado, transforma o meu estilo de vida de modo que outras pessoas fiquem admiradas com isso.

Promessa: “…Ide por todo o mundo, proclamai o Evangelho a toda criatura.” (Mc 16,15)

Louvor: Toda a família de André veio para a Igreja na Páscoa.

Domingo 19 de Abril de 2020 – Domingo da Divina Misericórdia

 At 2,42-47                  Sl 118(117),2-4.13-15.22-24             1Pd 1,3-9        Jo 20,19-31

QUE DIFERENÇA FAZ UMA SEMANA?

“Oito dias depois, achavam-se os discípulos, de novo, dentro da casa, e Tomé com eles. Jesus veio, estando as portas fechadas, pôs-se no meio deles e disse: ‘A paz esteja convosco!’” (Jo 20,26)

O oitavo dia após a primeira Páscoa foi desapontador e rotineiro para os apóstolos. Na noite do dia da Ressurreição de Jesus, Jesus enviou Seus apóstolos para proclamar o Evangelho (Jo 20,21), mas oito dias depois eles ainda estavam paralisados pelo medo e atrás de portas trancadas (Jo 20,26). Vocês podem perceber porque Tomé, que não estivera presente na semana anterior, não acreditava que Jesus tivesse ressuscitado dentre os mortos. No entanto, o Senhor teve misericórdia para com os apóstolos depois de terem sido infiéis com Ele por tantas vezes. Ele veio até eles uma vez mais e até mesmo desejando submeter-se a que Tomé, para que ele verificasse as Suas feridas (Jo 20,27).

Possivelmente o oitavo dia após a Páscoa tenha sido desapontador também para você. Você pode até mesmo ter pecado contra o Senhor ressuscitado. Você pode até mesmo estar encobrindo a Ressurreição de Jesus mais do que revelando. Contudo, Jesus vem até você uma vez mais com raios de misericórdia vindo de Suas mãos chagadas.

Jesus nos concede Sua misericórdia primeiramente nos dizendo “…Recebei o Espírito Santo.” (Jo 20,22) e tenha um novo Pentecostes. O Espírito Santo é “…o Espírito da Verdade …” (Jo 16,13). Ele nos tornará verdadeiros para com o Senhor e não infiéis. O Espírito Santo irá produzir o fruto do amor em nós (Gl 5,22), e irá interromper nossa rejeição pecaminosa ao Senhor e nossa desobediência a Ele. Pela misericórdia de Jesus e pelo poder do Espírito Santo, nós seremos testemunhas por Jesus ressuscitado e celebraremos verdadeiramente a Páscoa. Senhor, tem piedade de nós. Vem, Espírito Santo!

Oração: Pai, faz com que o Domingo da Divina Misericórdia seja um dos dias mais importantes da minha vida por causa do meu amor por Ti.

Promessa: “Eles mostravam-se assíduos ao ensinamento dos apóstolos, à comunhão fraterna, à fração do pão e às orações.” (At 2,42)

Louvor: Deus “…salvou-nos, não por causa dos atos justos que houvéssemos praticado, mas porque, por sua misericórdia, fomos lavados pelo poder regenerador e renovador do Espírito Santo.” (Tt 3,5)

Segunda-feira, 20 de Abril de 2020

 At 4,23-31                           Sl 2,1-9                     Jo 3,1-8                                 

SUA ÚNICA NECESSIDADE

“Tendo eles orado, tremeu o lugar onde se achavam reunidos. E todos ficaram repletos do Espírito Santo, continuando a anunciar com intrepidez a palavra de Deus.” (At 4,31)

Quando Pedro e João foram libertados da prisão, eles não pediram por:

– segurança futura,

– proteção contra seus inimigos,

– justiça depois de terem sido presos injustamente, ou

– uma missão mais fácil.

Ao invés disso, eles pediram para serem preenchidos novamente pelo Espírito Santo (At 2,4; 4,31) e assim receberam a assistência completa, ou seja, a santa intrepidez para testemunhar por Jesus ressuscitado (At 4,29).

Que nós não nos concentremos na imensidade de nossos problemas e na impossibilidade humana de lidar com eles. Não faz muita diferença se nós enfrentamos muitos inimigos ou somente alguns poucos. Mesmo se o próprio Satanás estiver usando sua artilharia pesada, isso não é importante. Nós temos que nos voltar para o Espírito que habita em nós (1Cor 3,16), Aquele que pode lidar com qualquer nível de dificuldade. Nós precisamos somente reavivar o dom do Espírito em nossas vidas, “pois Deus não nos deu um espírito de medo, mas um espírito de força, de amor e de sobriedade.” (2Tm 1,7)

Vem, Espírito Santo! Dá-nos a Páscoa!

Oração: Pai, que eu seja batizado(a) no Espírito Santo e me preocupe em seguir a Sua orientação.

Promessa: “O vento sopra onde quer e ouves o seu ruído, mas não sabes de onde vem nem para onde vai. Assim acontece com todo aquele que nasceu do Espírito.” (Jo 3,8)

Louvor: Eduardo ora regularmente pelo discernimento para reconhecer o que vem do Espírito Santo e o que vem do maligno.

Terça-feira, 21 de Abril de 2020 – Santo Anselmo

 At 4,32-37                 Sl 93(92),1.2.5                       Jo 3,7-15

TORNE A PÁSCOA ESPECIAL

“Com grande poder os apóstolos davam o testemunho da ressurreição do Senhor, e todos tinham grande aceitação.” (At 4,33)

O Espírito Santo mandou que a Igreja fizesse com que a Páscoa fosse um tempo extremamente especial celebrando algumas das maiores obras de Deus durante o Tempo Pascal. Por exemplo, as primeiras horas da Páscoa são glorificadas pelo Batismo, Confirmação, e Primeira Eucaristia de centenas de milhares de catecúmenos em todo o mundo. Nós iniciamos os cinquenta dias do Tempo Pascal com a Oitava da Páscoa. Geralmente temos Confirmações e Primeiras Eucaristias adicionais durante o Tempo Pascal. Celebramos Maio como o mês de Maria com rosários e coroações. Concluímos o Tempo Pascal com a novena de Pentecostes e a poderosa celebração de Pentecostes.

O Espírito Santo também pode dizer a você para se juntar à Igreja e tornar a Páscoa muito especial. Talvez você deva fazer como Barnabé (At 4,36.37), vender seu campo, entregar o dinheiro à Igreja, e ser um(a) missionário(a). Talvez você deva buscar um novo trabalho ou uma nova forma de servir ao Senhor no seu trabalho. Esse pode ser o tempo em que o Senhor está chamando você e sua(seu) esposa(o) a conceberem um filho. O Tempo Pascal é o tempo propício para decidir ser um sacerdote, um(a) religioso(a), ou simplesmente uma pessoa consagrada ao Senhor. Não existe melhor tempo para mudar seu estilo de vida ou sofrer perseguição! Não seja apressado(a), mas não tenha medo de tomar a grande decisão de proclamar em alto e bom som que Jesus ressuscitou dentre os mortos.

Oração: Pai, ensina-me como testemunhar com poder a Jesus ressuscitado (At 4,33).

Promessa: “Como Moisés levantou a serpente no deserto, assim é necessário que seja levantado o Filho do Homem, a fim de que todo aquele que crer tenha nele a vida eterna.” (Jo 3,14.15)

Louvor: Santo Anselmo, recebeu o título de ‘Pai da Escolástica’ pelo seu esforço em analisar e esclarecer as verdades da fé através do uso da razão. Ele invocou por misericórdia ao rei que o havia exilado.

Quarta-feira, 22 de Abril de 2020              

At 5,17-26                  Sl 34(33),2-9                          Jo 3,16-21

 SOMENTE O FAMINTO POSSUI VIDA

“Foi quando alguém chegou com a notícia: ‘Aqueles homens, que meteste na prisão, estão no Templo, ensinando o povo.’” (At 5,25)

Um anjo libertou os apóstolos da prisão e disse a eles para ensinarem sobre “…tudo o que se refere àquela nova Vida!” (At 5,19.20). Cristianismo é vida nova, mas os Cristãos precisam ser ensinados a viver esta vida, daí a grande importância de ensinar a vida Cristã e tudo com relação a essa vida.

No dia que Jesus ressuscitou dentre os mortos, Ele dedicou horas durante a tarde e a noite interpretando as Escrituras (Lc 24,27) e abrindo a mente dos apóstolos para compreender as Escrituras (Lc 24,45). No primeiro Pentecostes Cristão, Pedro estava pregando e ensinando. Logo após, a Igreja nascente “… [mostrava-se assídua] ao ensinamento dos apóstolos, à comunhão fraterna, à fração do pão e às orações.” (At 2,42). Depois que um anjo libertou os apóstolos da prisão e disse a eles para continuarem ensinando. E eles se devotaram à “…oração e ao ministério da Palavra.” (At 6,4) resistindo à tentação de perder seu objetivo de ensinar a Palavra de Deus. Eles até mesmo encheram Jerusalém com sua doutrina (At 5,28). Jesus foi chamado constantemente de ‘Rabbuni’, que significa ‘Mestre’ (Jo 20,16) e a Igreja fundada por Jesus é desse modo uma Igreja doutrinadora.

Em nossa anoréxica cultura espiritual da morte, precisamos desejar ser novamente ensinados sobre a Palavra de Deus e também ensiná-la. De outro modo, nós não saberemos como viver a vida Cristã. Cristianismo não vivido é uma aberração. O Espírito Santo estabeleceu “…a culpabilidade do mundo a respeito do pecado…” (Jo 16,8) e em Pentecostes deu à Igreja nascente fome pela Palavra de Deus. Que Ele possa, neste Tempo Pascal, também nos libertar do pecado, nos crucificar para o mundo (Gl 6,14) e nos dar uma fome batismal pela Palavra de Deus que é Vida (1Jo 1,1).

Oração: Pai, envia o Espírito Santo para ensinar-me tudo (Jo 14,26) e guiar-me para a verdade plena (Jo 16,13).

Promessa: “Pois Deus não enviou o Seu Filho ao mundo para julgar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele.” (Jo 3,17)

Louvor: Todos os dias, Cristina lê um versículo da Bíblia, reflete em como essa Palavra se aplica à sua vida, e depois diz: ‘Senhor, seja feita a Vossa vontade’.

Quinta-feira, 23 de Abril de 2020 – São Jorge, Santo Adalberto

 At 5,27-33               Sl 34(33),2.9.17-20                     Jo 3,31-36

O ALIMENTO DO AMOR

“Provai e vede como Iahweh é bom, feliz o homem que nele se abriga.” (Sl 34,9)

Em todas as Missas, Jesus oferece Seu Corpo e o Seu Sangue no banquete Eucarístico. A Igreja, através da voz do salmista, nos convida a provar e sentir como é bom o Senhor Eucarístico (Sl 34,9). Na primeira Eucaristia, a Última Ceia, Jesus disse a Seus apóstolos e diz a cada um(a) de nós: “…Desejei ardentemente comer esta páscoa convosco…” (Lc 22,15). A Missa é um casamento entre o céu e a terra, e a Eucaristia é nosso banquete nupcial (Ap 19,7).

Nós nos aproximamos do altar do Senhor como Sua esposa. Em um sentido real, a Eucaristia é o beijo dos lábios do Senhor nos nossos. O versículo de abertura do Cântico dos Cânticos nos diz: “Que me beije com beijos de sua boca!…” (Ct 1,2). Você alguma vez se aproximou da Eucaristia com esse versículo em seus lábios? O Cântico dos Cânticos é um livro sobre o amor apaixonado compartilhado entre a noiva e o noivo. Jesus é o Noivo, e nós, membros da Igreja, somos a Sua noiva (Mc 2,19; Ef 5,25; Ap 19,7). Muitas vezes durante a minha vida, minha atenção esteve em algum outro lugar quando eu recebia o Corpo e Sangue do meu Esposo, o Senhor Jesus, que me ama com o mais profundo amor.

Jesus deseja ardentemente dar a cada um(a) de nós um beijo Eucarístico. Que nós O recebamos com devoção e amor comprometido, e retornemos o beijo através de nossa completa devoção, gratidão, confiança, e obediência.

Oração: Pai, que meu amor por Teu Filho sempre exceda o amor de qualquer recém-casado(a) por sua(seu) esposa(o) no dia do seu casamento.

Promessa: Deus “… dá o Espírito sem medida.” (Jo 3,34)

Louvor: Como bispo de Praga, Santo Adalberto instituiu reformas do clero. Aqueles que resistiram a seus esforços conseguiram exilá-lo duas vezes. Depois de seu segundo exílio ele recebeu a coroa de mártir.

Sexta-feira, 24 de Abril de 2020 – São Fidelis de Sigmaringa

 At 5,34-42                  Sl 27(26),1.4.13.14                Jo 6,1-15

 A IGREJA É DE DEUS        

“…Se o seu intento ou sua obra provém dos homens, destruir-se-á por si mesma; se vem de Deus, porém, não podereis destruí-la …” (At 5,38.39)

Os apóstolos haviam sido presos por ensinar ao povo de Jerusalém sobre Jesus. Eles foram levados a julgamento diante do Sinédrio, a ‘Suprema Corte’ Judaica. Os apóstolos mantiveram sua posição e declararam que iriam continuar a ensinar sobre Jesus, e obedeceriam a Deus e não aos homens (At 5,29). “Ouvindo isto, eles tremiam de raiva e pretendiam matá-los. Então levantou-se, no Sinédrio, certo fariseu chamado Gamaliel. Era um doutor da Lei, respeitado por todo o povo. Ele mandou retirar os homens por um instante e falou: ‘… deixai de ocupar-vos com estes homens. Soltai-os. Pois se o seu intento ou sua obra provém dos homens, destruir-se-á por si mesma; se vem de Deus, porém, não podereis destruí-la. E não aconteça que vos encontreis movendo guerra a Deus.’” (At 5,33-35.38.39)

Nós, que vivemos no século XXI, devemos parar e pensar sobre as origens do Cristianismo. Somos chamados(as) a entregar as nossas vidas a um Homem condenado à morte, equivalente hoje à morte em uma cadeira elétrica, por exemplo. Os Seus principais seguidores eram um grupo de pescadores sem instrução. No entanto nós, contemporâneos, ainda continuamos a seguir esse Homem dois mil anos depois. Esse é o grande testemunho de ser verdade que Jesus é Deus e que Sua Igreja é conduzida pelo Espírito Santo.

As palavras de Gamaliel ecoam fortemente nos dias de hoje, assim com ecoaram no Sinédrio. Gamaliel e São Lucas estão nos dizendo que a Igreja vem de Deus. Derrame seu coração e sua vida na Igreja de Deus.

Oração: ‘Lembrai-vos, ó Pai, da vossa Igreja que se faz presente no mundo inteiro, que ela cresça na caridade com o Papa, com o nosso bispo e todos os ministros do vosso povo’.

Promessa: “Eu creio que verei a bondade de Iahweh na terra dos vivos.” (Sl 27,13)

Louvor: São Fidelis, sacerdote e mártir, orou para que fosse completamente fiel e não cedesse à indiferença ou à apatia.

Sábado, 25 de Abril de 2020 – São Marcos

1Pe 5,5-14             Sl 89(88),2.3.6.7.16.17              Mc 16,15-20

 UM(A) SEGUIDOR(A) DE MARCOS

“[Jesus] disse-lhes: ‘Ide por todo o mundo, proclamai o Evangelho a toda criatura.’” (Mc 16,15)

Marcos termina o seu Evangelho com o mandato de Jesus para proclamar a Boa Nova. Ele começa o seu Evangelho proclamando: “Princípio do Evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus.” (Mc 1,1). Ele divide o seu Evangelho em duas partes. Cada uma delas termina na proclamação de Jesus como Messias (Mc 8,29) e como Filho de Deus (Mc 15,39). Marcos proclama Jesus do princípio ao fim do seu Evangelho. Ele não se gloriava com nada a não ser no Senhor (2Cor 10,17; 1Cor 1,31).

Durante esse Tempo Pascal, você está se tornando cada vez mais como Marcos? O nome de Jesus está sempre na ponta de sua língua? Você deseja proclamar sobre os telhados que Jesus vive e ressuscitou dentre os mortos? (Lc 12,3). ‘Jesus’ é a última palavra em seus lábios antes de você adormecer? Pela manhã, quando você abre os olhos, você pronuncia o nome que está acima de todos os nomes, ‘Jesus’? (Fl 2,9).

Do início ao fim da vida, ‘Jesus’ é o único nome pelo qual nós podemos ser salvos(as). “Pois não há, debaixo do céu, outro nome dado aos homens pelo qual devamos ser salvos.” (At 4,12). Remova o candelabro do medo e do pecado (Mc 4,21). Proclame Jesus, nosso Senhor ressuscitado!

Oração: Pai, que eu leia hoje vários capítulos do Evangelho de Marcos e seja transformado(a) pelo Espírito Santo.

Promessa: “Lançai sobre ele [Jesus] toda a vossa preocupação, porque é ele que cuida de vós.” (1Pd 5,7)

Louvor: “…Toma contigo a Marcos, e traze-o, pois me é útil no ministério.” (2Tm 4,11). São Paulo considerou São Marcos útil e o mesmo nós devemos fazer. São Marcos, rogai por nós!

Domingo, 26 de Abril de 2020 – 3º Domingo da Páscoa                        

At 2,14.22-33             Sl 16(15),1.2.5.7-11               1Pe 1,17-21                Lc 24,13-35

A ESPERANÇA NASCE ETERNA

“Por [Jesus], vós crestes em Deus, que o ressuscitou dos mortos e lhe deu a glória, de modo que a vossa fé e a vossa esperança estivessem postas em Deus.” (1Pe 1,21)

Os dois discípulos na estrada para Emaús disseram que eles esperavam que Jesus redimisse Israel (Lc 24,21). Os dois discípulos perderam a esperança quando Jesus foi crucificado. Muitos(as) da mesma maneira podem estar tendo dificuldade em manter sua esperança. Nós podemos sentir que nos fatigamos inutilmente, gastamos as nossas forças em nossas famílias, na evangelização, no trabalho, ou na vida de um modo geral (Is 49,4). Sabemos que o Senhor prometeu que nossa esperança não decepciona, mas nos sentimos desapontados de qualquer modo (Rm 5,5).

Os dois discípulos na estrada para Emaús encontraram sua esperança perdida quando os seus corações arderam ao escutarem Jesus interpretar as Escrituras para eles (Lc 24,32) e quando reconheceram Jesus ao partir o pão, o que certamente se refere à Eucaristia (Lc 24,35). Nossa esperança é Jesus nos ensinar Sua Palavra e nos dar Seu Corpo e Sangue.

Contudo, não aceitaremos o poder de Jesus ressuscitado de transformar as nossas vidas até nos rendermos e recebermos o Espírito Santo em um novo Pentecostes. Por exemplo, Pedro esteve com Cristo ressuscitado muitas vezes, ouviu as Suas palavras de vida durante anos, e esteve até mesmo na Última Ceia. No entanto, Pedro colocou a sua esperança em Cristo, de modo permanente, quando o Espírito Santo o transformou em Pentecostes (At 2,14 ss). Através do Espírito Santo, nós colocamos toda a nossa esperança em Cristo, para glória do Pai.

Oração: Pai, faz de mim um(a) mensageiro(a) da esperança.

Promessa: “…Portai-vos com temor durante o tempo do vosso exílio. Pois sabeis que não foi com coisas perecíveis, isto é, com prata e ouro, que fostes resgatados da vida fútil que herdastes de vossos pais.” (1Pd 1,17.18)

Louvor: “Cantai a Iahweh, bendizei o seu nome! Proclamai sua salvação, dia após dia.” (Sl 96,2). “Pois Iahweh é grande, e muito louvável, mais terrível que todos os deuses!” (Sl 96,4)

Segunda-feira, 27 de Abril de 2020                                                          

At 6,8-15        Sl 119(118),23.24.26.27.29.30          Jo 6,22-29

 A EXPRESSÃO DA PAZ

“Todos os membros do Sinédrio, com os olhos fixos [em Jesus], tiveram a impressão de ver em seu rosto o rosto de um anjo.” (Mc 16,15)

Se um grande número de pessoas estivesse discutindo com você, qual seria a expressão de seu rosto? E se, depois que os seus opositores tivessem perdido a discussão, “[subornassem] então alguns para dizerem: ‘Ouvimo-lo pronunciar palavras blasfemas …’”? (At 6,11) Quando outras pessoas mentem sobre você e falsamente o(a) acusam, com o que você se parece; como você age? Se acreditarem nesses mentirosos e você for abordado, preso e levado a julgamento, como você reagiria, especialmente quando mais mentirosos o acusarem de blasfêmia? Estevão, a vítima de todos esses crimes, recebeu isso muito bem. “…seu rosto [parecia] o rosto de um anjo.” (Mc 16,15)

Estevão foi profundamente tranquilo porque ele tinha seus olhos fixos em Jesus (At 7,55.56), “… que é o autor e realizador da fé …” (Hb 12,2). Assim como Jesus, quando de Sua morte, Estevão confiou sua vida ao Senhor (At 7,59; conf. Lc 23,46). Tal como Jesus, quando da Sua morte, Estevão também perdoou os seus assassinos (At 7,60; conf. Lc 23,34). Estevão teve tamanha e maravilhosa paz sob tão cruéis condições porque ele estava imerso, envolvido com, e batizado em Jesus. Sua atenção estava totalmente em Jesus. Estevão era como Jesus e vivia através de Jesus, com Jesus, em Jesus e por Jesus. Estevão tinha paz em Jesus (Jo 16,33).

Quando nós começamos o Tempo Pascal, nós renovamos nossas promessas batismais. Batizados em Jesus ressuscitado, nós temos a paz que excede toda a compreensão (Fl 4,7).

Oração: Pai, transforma-me completamente através de Jesus ressuscitado.

Promessa: “Trabalhai, não pelo alimento que se perde, mas pelo alimento que permanece para a vida eterna, alimento que o Filho do Homem vos dará, pois Deus, o Pai, o marcou com ser selo.” (Jo 6,27)

Louvor: Ana trabalha como voluntária em uma cozinha comunitária e ora por aqueles(as) que ela alimenta.

Terça-feira, 28 de Abril de 2020 – São Pedro Chanel

At 7,51-8,1                 Sl 31(30),3.4.6-8.17.21                   Jo 6,30-35

O PÃO QUE É PARTIDO

“Porque o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo.” (Jo 6,33)

Você já amou alguém e se preocupou se aquela pessoa o(a) amava realmente? Você pode ter pensado: Será que ela(e) me ama pelo que eu sou, ou somente pelo que eu possa fazer por ela(e)? Será que ela(e) continuará me amando quando a atração física desaparecer? Se você não está em seu melhor momento e sua(seu) amada(o), não obstante, o(a) ama cada vez mais, seu coração se enche de alegria.

Jesus, “…que possui a imortalidade, que habita uma luz inacessível…” (1Tm 6,16), desceu do céu (Jo 6,33). Se Ele assim desejar, Ele pode cativar toda a humanidade com Sua glória ofuscante. Os Judeus perguntaram a Ele por que não realizava um sinal glorioso para provar o Seu valor (Jo 6,30). Porém Jesus “…humilhou-se e foi obediente até a morte…” (Fl 2,8) e tomou a forma do pão e vinho na Eucaristia. Assim como o(a) amante mencionado(a) acima, Jesus Eucarístico não precisa mais se preocupar com quem O ama ou não. Ele, que é o Rei da glória (Sl 24,8), é oferecido em cada Missa em uma forma não muito diferente de uma batata frita. Desta posição estratégica, Jesus pode facilmente ver quem verdadeiramente O ama quando Ele é apresentado em Eucarística humildade. Esse amor certamente enche de alegria o Seu coração.

Jesus pode ver facilmente quem O ignora, negligencia e é indelicado(a) com Ele. Quando nós nos referimos a ‘partir o pão’ deveríamos também falar de partir o coração de Jesus Eucarístico, que oferece a Si mesmo diariamente a todos e é diariamente rejeitado ou ignorado por muitos. A Eucaristia é um campo de provas real para o nosso amor por Jesus. Jesus pergunta a cada um(a) de nós: “…tu me amas…”? (Jo 21,15). Que nós possamos responder ao amor de Jesus recebendo-O na Eucaristia sempre que possível (Sl 116,12.13).

Oração: Jesus Eucarístico, faz com que eu Te ame cada vez mais.

Promessa: “…Quem vem a mim, nunca mais terá fome, e o que crê em mim nunca mais terá sede.” (Jo 6,35)

Louvor: São Pedro Chanel revitalizou a sua paróquia em três anos.

Quarta-feira, 29 de Abril de 2020 – Santa Catarina de Sena

At 8,1-8                   Sl 66(65),1-7                   Jo 6,35-40

 A VOCAÇÃO EM TODOS OS LOCAIS

“Foi assim que Filipe, tendo descido a uma cidade da Samaria, a eles proclamava o Cristo.” (At 8,5)

Filipe, o diácono, testemunhava por Cristo ressuscitado não importando onde se encontrava. Ele testemunhou em Jerusalém e até mesmo na Samaria. Filipe foi testemunha para Simão, o mago (At 8,13), para o eunuco Etíope (At 8,35) e para suas quatro filhas, que profetizavam (At 21,8.9). Ele testemunhou em casa, em Jerusalém, na Samaria e depois junto à carruagem Etíope na “… estrada que desce de Jerusalém a Gaza …” (At 8,26). Então “… o Espírito do Senhor arrebatou Filipe …” (At 8,39). “… Filipe encontrou-se em Azot. E, passando adiante, anunciava a Boa Nova em todas as cidades que atravessava, até que chegou a Cesaréia.” (At 8,40)

Em razão de Filipe, como chefe de família, ter iniciado o seu testemunho junto à sua família, ele foi conduzido em estágios a testemunhar até os confins da terra culminando com a conversão do Etíope. Filipe exemplifica as últimas palavras de Jesus antes de Sua Ascensão: “Mas recebereis uma força, a do Espírito Santo que descerá sobre vós, e sereis minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e a Samaria e até os confins da terra.” (At 1,8)

Você testemunha Jesus em todos os locais, começando especialmente por sua casa? Você livremente quebra as regras não escritas contra testemunhar por Jesus no trabalho, na escola, e até mesmo em algumas casas e em incontáveis outros lugares em nossa humanística e secular cultura da morte? Quais são os lugares em sua vida onde você é tentado(a) mais fortemente a aderir à exclusão de Jesus? Pelo poder do Espírito Santo, seja como Filipe. Que você nunca deixe que um lugar faça com que deixe de viver sua vocação para testemunhar por Jesus ressuscitado.

Oração: Pai, enche-me com amor por Jesus. Que eu fale sempre sobre a abundância desse amor (Lc 6,45).

Promessa: “Todo aquele que o Pai me der virá a mim, e quem vem a mim eu não o rejeitarei.” (Jo 6,37)

Louvor: Santa Catarina de Sena foi a vigésima terceira filha em sua família. O Senhor tinha planos especiais para ela. Ela influenciou grandemente assuntos sociais e políticos que tiveram um profundo impacto no papado de sua época.

Quinta-feira, 30 de Abril de 2020 – São Pio V, Papa

At 8,26-40               Sl 66(65),8.9.16.17.20              Jo 6,44-51

 O LOCAL DE NASCIMENTO DA EVANGELIZAÇÃO MUNDIAL

“…O Espírito do Senhor arrebatou Filipe…” (At 8,39)

As últimas palavras de Jesus antes de subir ao céu foram: “Mas recebereis a força do Espírito Santo que descerá sobre vós, e sereis minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia, na Samaria e até os confins da terra.” (At 1,8). Filipe, o diácono e evangelista (At 21,8), pode ter sido a primeira pessoa em quem se cumpriu a promessa e o mandamento de Jesus para ser Sua testemunha até os confins da terra.

Filipe foi o instrumento para levar o Evangelho até a Etiópia. Ele fez isso convertendo o eunuco Etíope (At 8 35). Ele era qualificado para esta colheita internacional de almas porque ele havia pregado primeiro na Samaria (At 8,5). Entes disso ele havia servido ao Senhor como diácono na Judéia e em Jerusalém. Antes de tudo, Filipe foi um homem de família. Ele partilhou o Evangelho de Jesus com suas quatro filhas, que se tornaram profetas na Igreja nascente (At 21,9). Filipe foi um evangelista porque primeiramente serviu como diácono. Ele foi diácono e evangelista porque foi primeiramente evangelizado como marido e pai.

A evangelização internacional começa em casa. A família é o local de nascimento de uma missão mundial. Se nós somos fiéis nas pequenas coisas, o Senhor nos encarregará de outras missões. Floresça onde você foi plantado(a). Depois leve o Evangelho até os confins da terra.

Oração: Pai, faz da minha família uma igreja doméstica. ‘… É por isso que o II Concílio do Vaticano chama à família, segundo uma antiga expressão, «Ecclesia domestica – Igreja doméstica». É no seio da família que os pais são, «pela palavra e pelo exemplo […], os primeiros arautos da fé para os seus filhos, ao serviço da vocação própria de cada um e muito especialmente da vocação consagrada».’ (CIC, 1656)

Promessa: “Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o atrair; e eu o ressuscitarei no último dia.” (Jo 6,44)

Louvor: O Papa São Pio V foi eleito pouco depois do encerramento do Concílio de Trento. Ele assumiu o enorme desafio de implementar os decretos do Concílio, muitos respondendo à reforma Protestante. Em seu modo humilde, ele continuou a usar seu hábito Dominicano enquanto foi Papa.