Dezembro

Domingo, 01 de Dezembro 2024

1º Domingo do Advento

 Jr 33,14-16              

Sl 25(24),4.5.8-10.14         

1Ts 3,12-4,2            

Lc 21,25-28.34-3     

FELIZ ANO NOVO?

“E então verão o Filho do Homem vindo numa nuvem com poder e grande glória.” (Lc 21,27)

Feliz Ano Novo! Hoje é o primeiro dia do Advento e do ano litúrgico da Igreja. O ano novo da Igreja não somente começa antes do ano do mundo, mas também é “iniciado” de modo diferente. O ano novo do mundo é “iniciado” com as festas de Reveillon, muita bebida e autoindulgência. A Igreja começa seu novo ano com a advertência: “Cuidado para que vossos corações não fiquem pesados pela devassidão, pela embriaguez, pelas preocupações da vida …” (Lc 21,34)

Outra diferença entre nosso novo ano e o do mundo é que nosso novo ano já é novo. A única coisa nova quanto ao assim chamado ano novo do mundo é um novo número no calendário. O ano novo do mundo nada mais é que uma repetição de uma repetição – nada mais do que egoísmo, escapismo, comportamento compulsivo, desordem e pecado (Ecl 1,9.10). Por outro lado, o ano novo da Igreja é verdadeiramente novo. Ele está concentrado como sempre em Jesus e começa com a Sua vinda no Natal (Ap 21,5.6). Mais ainda, Jesus é infinito; com Ele nós sempre temos mais, sempre alguma coisa nova (2Cor 5,17). Quando Jesus vier aos nossos corações durante o Natal, nós iremos experimentar Seu amor de uma nova maneira.

Uma outra diferença entre o ano novo da Igreja e o do mundo é que o nosso ano novo é realmente feliz porque ele está centrado em Cristo. Feliz ano novo!

Oração: Senhor, faz-nos crescer e sermos “… ricos em amor mútuo e para com todos os homens …” (1Ts 3,12) Fortaleça nossos “… corações numa santidade irrepreensível, aos olhos de Deus nosso Pai, por ocasião da Vinda de nosso Senhor Jesus com todos os santos.” (1Ts 3,13)

Promessa: “Eis que dias virão – oráculo de Iahweh – em que cumprirei a promessa que fiz à casa de Israel e à casa de Judá.” (Jr 33,14)

Louvor: ‘Vinde, Iahweh, e liberte Israel da escravidão!’ Vem, Jesus, Príncipe da Paz!

Segunda-feira, 02 Dezembro de   2024                                           

Is 2,1-5                                            

Sl 122(121),1-9                                           

Mt 8,5-11

 UM ADVENTO PARA SER LEMBRADO

“Mas eu vos digo que virão muitos do oriente e do ocidente e se assentarão à mesa no Reino dos Céus com Abraão, Isaac e Jacó.” (Mt 8,11)

Feliz Advento e novo ano da Igreja! Nós podemos crescer acostumados a pensar a vida Cristã como tendo pequenos benefícios e grandes dificuldades (Mt 13,31-33; 2Cor 4,8-12; 11,23-28). Apesar de existir verdade nesse pensamento, as leituras do Advento nos desafiam a pensar grande porque Deus está realizando grandes coisas. Nós devemos ao invés disso estar pensando em grandes benefícios e pequenas dificuldades, uma vez que servimos ao Deus onipotente.

Nas leituras da primeira Segunda-feira do Advento, ouvimos que ‘muitos virão’ de todas as direções para o Senhor (Mt 8,11). Eles fluirão em direção à Sua casa em grandes multidões (Is 2,2.3). Virão para a casa do Senhor exultando e agradecendo (Sl 122(121),1.4). Deus cobrirá Sua habitação com nuvens de glória (Is 4,5.6). Isto não será pouco, mas expressivo e amplamente visível.

O santuário da Igreja está vazio nesta manhã – a decoração da recente festa de Cristo Rei foi retirada, significando o fim do ano da igreja anterior. Isso pode ser entendido como que um início de Advento menor. No entanto, as Escrituras da Missa do Advento nos desafiam a pensar grande. Como vocês ouviram, elas permitem que o Senhor desperte os seus pensamentos para a grandeza dos Seus desígnios para a raça humana. Deus pensa grande, age significativamente, e ama imensamente. Ele curará os seus corações feridos e elevar vocês da derrota para a glória. Façam deste um Advento para ser lembrado. Acreditem nas Escrituras do Advento.

Oração: Pai, derrama sobre mim com abundância o dom espiritual do Temor do Senhor. Que eu nunca possa pensar em Ti como um Deus fraco.

Promessa: “… Eu irei curá-lo.” (Mt 8,7)

Louvor: Lentamente e com muita oração, João ganhou o respeito de seus colegas de trabalho e a sua grosseria diminuiu.

Terça-feira, 03 de Dezembro de 2024                                    

São Francisco Xavier

 Is 11,1-10                                         

Sl 72(71),1.2.7.8.12.13.17            

Lc 10.21-24                                                           

A CEIA DO CORDEIRO

“Ninguém fará o mal nem destruição nenhuma em todo o meu santo monte, porque a terra ficará cheia do conhecimento de Iahweh, como as águas enchem o mar.” (Is 11,9)

As leituras do Advento falam da restauração da harmonia que existia originalmente no Jardim do Éden. Antes da queda do homem, não havia obstáculos para a intimidade com Deus. No Éden, não havia predação. O lobo podia ter o cordeiro como companheiro para uma refeição com vegetais ao invés de costeletas de cordeiro (Is 11,6-8). Isaias profetizou que o Messias iria não somente restaurar a paz original e a ordem do Éden, mas complementá-las enormemente (Is 11,9). Isto porque agora o Messias está presente no meio de nós, até o fim dos tempos (Mt 28,20).

Neste Advento, enquanto aguardamos a Segunda Vinda de Cristo, nos lembremos que em Jesus as esperanças de Isaias foram cumpridas (Mt 5,17). Jesus, o Cordeiro de Deus, agora se torna a refeição prometida por Isaias, através da Santa Eucaristia (Is 25,6). Não existe mais necessidade de predação, pois nos alimentamos do Cordeiro de Deus.

Agora mesmo, Jesus está revelando Deus Pai (Lc 10,22). Vocês irão desacelerar e permitir que Jesus revele o Pai para vocês? Durante o burburinho da preparação do Natal do mundo, decidam-se a permanecer tranquilos(as) e saibam que Ele é Deus (Sl 46(45),11). Sejam preenchidos(as) com o conhecimento do Senhor (Is 11,9).

Oração: Pai, que eu possa desejar conhecer Jesus mais do que revelá-Lo na celebração do ‘feriado’ do mundo.

Promessa: “… ninguém conhece quem é o Filho senão o Pai, e quem é o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho quiser revelar.” (Lc 10,22)

Louvor: Apesar de São Francisco Xavier ter sido baleado por ladrões, ter a sua cama incendiada, ter sido ameaçado por ursos selvagens e tigres, os seus grandes sofrimentos vieram da solidão e do isolamento. Mas ele perseverou em sua missão e levou a Boa Nova de Jesus para centenas de milhares de pessoas no Extremo Oriente.

Quarta-feira, 04 de Dezembro de 2024

São João Damasceno

Is 25,6-10                                         

Sl 23(22),1-6                                   

Mt 15,29-37

 MONTE DO ADVENTO

“Com efeito, a mão de Iahweh repousará neste monte …” (Is 25,10)

A Igreja começa o Tempo do Advento nos levando a um monte. Durante o Advento, nos é dito para “… [subirmos] ao monte de Iahweh …” (Is 2,3) Lá nos iremos receber a Palavra de Deus e a paz de Deus. Ontem o Senhor prometeu: “Ninguém fará o mal nem destruição nenhuma em todo o meu santo monte …” (Is 11,9) Isto se fará pelo Espírito Santo que repousa sobre nós e agindo através do Messias e de Seus seguidores. Hoje o Senhor promete: “Iahweh dos Exércitos prepara para todos os povos, sobre esta montanha, um banquete de carnes gordas, um banquete de vinhos finos … Destruiu neste monte o véu que envolvia todos os povos e a cortina que se estendia sobre todas as nações; destruiu a morte para sempre …” (Is 25,6-8)

Onde é este monte sobre o qual as necessidades de todos os povos serão atendidas e a morte será destruída? Jesus deixou claro que Ele conhecia a resposta para essa pergunta quando Ele “… foi para as cercanias do mar da Galiléia e, subindo a uma montanha, sentou-se.” (Mt 15,29), curou os enfermos, e multiplicou pães e peixes para alimentar as multidões (Mt 15,36-38). Mas, mesmo na Montanha da Multiplicação, Jesus não proveu as necessidades de todas as pessoas e destruiu a morte. Jesus fez isto no Monte do Calvário. Lá Ele providenciou a oferta da salvação para toda a raça humana, rasgou o véu entre Deus e a humanidade (Mt 27,51), e destruiu a morte (1Cor 15,26). O Monte do Advento prefigura o Monte do Calvário.

Oração: Jesus, eu escolho sobir a montanha contigo mesmo se eu precisar tomar o caminho da cruz.

Promessa: “Vede, este é o nosso Deus, nele esperávamos, certos que nos salvaria…” (Is 25,9)

Louvor: São João Damasceno é conhecido como um dos dois grandes poetas da Igreja Oriental. Ele defendeu o direito de venerar símbolos e pinturas sagradas.

Quinta-feira, 05 de Dezembro de 2024                                                     

  Is 26,1-6                               

Sl 118(117),1.8.9.19-21.25-27                 

Mt 7,21.24-27                                                           

DESASTRE

“Caiu a chuva, vieram as enxurradas, sopraram os ventos e deram contra aquela casa, e ela caiu. E foi grande sua ruína!” (Mt 7,27)

O mercado de capitais irá desabar. O nosso país se destruirá a partir dele mesmo. A vida familiar em todo o mundo se deteriorará. O Natal significará nada mais do que um tempo perdido de autoindulgência para milhões de pessoas.

Serão essas as previsões para o ano de 2025? Não, elas não são previsões, mas sim conclusões lógicas, a menos que a humanidade se arrependa. O fato é que uma casa construída sobre a areia cairá (Mt 7,26.27). Uma construção sem uma fundação sólida irá desabar. Uma vida sem a Igreja e sem um relacionamento pessoal com Jesus não é construída sobre Jesus, a Rocha (1Cor 3,11; Is 26,4).

Uma nação que não está sob o poder de Deus será enfraquecida e seguirá o caminho de incontáveis reinos arruinados através da história (Is 26,5.6). Um sistema financeiro que não é baseado em princípios bíblicos é uma bomba relógio. Uma família que não reza unida não permanece unida. Um Natal sem Cristo é no mínimo sem sentido e potencialmente destrutivo.

Somente aqueles(as) que fazem a vontade do Pai celestial têm um futuro estável (Mt 7,21-25).

Oração: Senhor, durante este Advento, que eu possa deixar que Tu construas uma fundação firme para o Natal e para toda a minha vida.

Promessa: “Está decidido: tu manterás a paz, sim, a paz, porque a ti foi ela confiada.” (Is 26,3)

Louvor: Depois de sofrer uma queda, prejudicando suas costas, Susan orou: ‘Diz uma palavra para que eu seja curada’ (Lc 7,7). Ela experimentou uma cura instantânea depois de receber a Eucaristia.

Sexta-feira, 06 de Dezembro de 2024                                                

São Nicolau                                   

Is 29,17-24                                      

Sl 27(26),1.4.13.14                         

Mt 9,27,31                                                            

CONEXÃO CEGA

“Partindo Jesus dali, puseram-se a segui-lo dois cegos, que gritavam e diziam: ‘Filho de Davi, tem compaixão de nós!’.” (Mt 9,27)

E se você ficasse cego(a) agora? Como seria o Natal? A Igreja nos fala hoje sobre a cegueira. Isso implica que nós temos sido espiritualmente cegos(as) pelo pecado. Se não for curada, nossa cegueira espiritual arruinará o Natal uma vez que nós não podemos ver Cristo, o sentido do Natal.

O Senhor promete através do profeta Isaias: “Naquele dia … os olhos dos cegos, livres da escuridão e das trevas, tornarão a ver.” (Is 29,18) Jesus estende Suas mãos para tocar nossos olhos, de modo que possamos recuperar nossa visão (Mt 29,28-30). Nós podemos ser curados(as) quando admitimos que precisamos de cura. Jesus pode não precisar nos dizer o que Ele disse aos Fariseus: “… Se fosseis cegos, não teríeis pecado, mas dizeis: ‘Nós vemos!’. Vosso pecado permanece.” (Jo 9,41)

Quando admitimos nossa cegueira espiritual, nós temos que admitir a sua causa, isto é, o pecado. O Senhor nos chama a confessarmos nossos pecados uns aos outros para encontrar perdão e cura (Tg 5,16). Sem o arrependimento do Advento e a Confissão, nós teremos a cegueira do Natal. Ao invés de celebrarmos Cristo, a Luz do mundo, nós estaremos às apalpadelas no reino da escuridão e das trevas.

Não percamos Cristo, o Natal, a Luz, e a Vida. Procuremos fazer a Confissão durante o Advento. Sejamos reconciliados(as) com Deus. Clamemos pela misericórdia de Jesus (Mt 9,27): Senhor “… Que eu possa ver novamente!” (Mc 10,51) ‘Graça maravilhosa, como é doce o som que salvou um miserável como eu. Eu estava perdido, mas agora fui encontrado, era cego, mas agora vejo’. (Amazing Grace – hino evangélico).

Oração: Espírito Santo, condena todos(as) que não admitem a sua cegueira espiritual.

Promessa: “Os pobres terão maior alegria em Iahweh, os indigentes da terra se regozijarão no Santo de Israel. Porque já não haverá tirano e o escarnecedor será destruído, todos os que andam à espreita para fazer o mal serão extirpados.” (Is 29,19.20)

Louvor: A cada ano, na festa de São Nicolau, Ângela dá presentes a cada um de seus quatro filhos, e lhes conta estórias sobre a sua generosidade e fé.

Sábado, 07 de Dezembro de 2024                                                     

Santo Ambrósio                     

Is 30,19-21.23-26                           

Sl 147(146),1-6                              

Mt 9,35-10,1.5-8                                               

RECONHECIMENTO DA VOZ

“Teus ouvidos ouvirão uma palavra atrás de ti: ‘Este é o caminho, segui-o …’.” (Is 30,21)

O Senhor Jesus diz que uma multidão de pessoas irá finalmente responder à mensagem do Evangelho, mas são necessários operários para divulgá-la (Mt 9,37.38). Explicar o sentido da Palavra de Deus é um ministério muito necessário. No Livro de Neemias, muitos Levitas explicaram o sentido da Palavra de Deus para o povo (Ne 8,7-9). Santo Ambrósio, cuja festa hoje celebramos, fez isso para Santo Agostinho. Este livreto “Um Pão, Um Corpo”, tem por objetivo tornar a Palavra de Deus viva para vocês. Sem dúvida o Senhor está chamando vocês a fazer com que a Sua Palavra se torne viva para outras pessoas.

Vocês serão operários(as) para esta colheita? (Mt 9,37) Para trabalhar para o Senhor, vocês têm que ouvir e reconhecer a Sua voz (Jo 10,4.27). Muitas ovelhas estão sem pastor (Mt 9,36). A internet ou a mídia social podem muito bem estar pastoreando a si mesmas (Ez 34,2-6), cuidando mais de fazer dinheiro do que do bem-estar daqueles(as) que as acessam. Como essas ovelhas aprenderão a reconhecer a voz do Bom Pastor ao invés das vozes daqueles(as) que pastoreiam a si mesmos(as)?

Jesus diz: “… tu me amas? … Apascenta minhas ovelhas.” (Jo 21,15-17). Deus fala a vocês de modo que vocês possam dizer as Suas palavras para as ovelhas. Fiquem tranquilos(as) e saibam que Ele é Deus (Sl 46(45),11). Ouçam a Sua voz e falem as Suas palavras para as outras pessoas. Ensinem outras pessoas a reconhecerem a voz de Jesus.

Oração: Pai, “… Eis-me aqui, envia-me a mim.” (Is 6,8)

Promessa: “Ele enviará chuva à sementeira que semeaste em teu solo ...” (Is 30,23)

Louvor: Santo Ambrósio, referindo-se às Escrituras, escreveu: ‘Ele que é repleta, revigora outros’.

Domingo, 08 de Dezembro de 2024                                          

Imaculada Conceição                                                                         

Gn 3,9-15.20                                   

Sl 98(97),1-4           

Ef 1,3-6.11.12                     

Lc 1,26-38                                   

UM COMPROMISSO DA MAIOR QUALIDADE

“Disse, então, Maria: Eu sou a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra! …” (Lc 1,38)

O Senhor nos ensina, através de Sua Igreja: ‘… Efetivamente, para poder dar o assentimento livre da sua fé ao anúncio da sua vocação, era necessário que [Maria] fosse totalmente movida pela graça de Deus.’ (CIC, 490). Maria foi imaculadamente concebida para ser capaz de ‘dar o assentimento livre da sua fé’. Uma pessoa cínica pode dizer que na encarnação de Jesus, Maria era uma adolescente de uma pequena comunidade rural que não tinha ideia do que estava dizendo quando deu o seu ‘sim’. Alguns podem dizer que o seu ‘sim’ não foi um grande ato cheio de fé e de amor, mas uma expressão de confusão e ignorância. No entanto, a verdade da Concepção Imaculada de Maria indica que o ‘sim’ de Maria não foi afetado por uma natureza humana decaída.

O Senhor, da mesma forma, deseja que o nosso compromisso com Ele seja livre, profundo, puro e grande. Certamente, nossa natureza humana decaída diminuiu a qualidade do nosso compromisso com o Senhor. Entretanto, quando nós recebemos e vivemos o nosso Batismo, nos arrependemos de nossos pecados, e crescemos em santidade, nós podemos nos comprometer com o Senhor com motivação pura. Nós podemos amar o Senhor incondicionalmente, por Ele ser quem Ele é, não meramente para evitarmos o inferno ou obter a felicidade do céu.

Que nosso assentimento à fé no Senhor seja tão livre, puro e profundo quanto possível. ‘Maria, concebida sem o pecado original, rogai por nós que recorremos a Vós’.

Oração: Pai, purifica o meu comprometimento contigo e faz com que ele seja da melhor qualidade.

Promessa: “Nele, predestinados pelo propósito daquele que tudo opera segundo o conselho da sua vontade, fomos feitos sua herança.” (Ef 1,11)

Louvor: Aleluia! Nós, com Maria, temos a vitória em Jesus.

Segunda-feira, 09 de Dezembro de 2024                                         

São Juan Diego                      

Is 35,1-10                                        

Sl 85(84),9-14                                            

Lc 5,17,26                                              

ABRINDO CAMINHOS

“Vieram então alguns homens carregando um paralítico numa maca; tentavam levá-lo para dentro e colocá-lo diante dele. E como não encontravam um jeito de introduzi-lo, por causa da multidão, subiram ao terraço e, através das telhas, desceram-no com a maca no meio dos assistentes, diante de Jesus.” (Lc 5,18.19)

Antes da vinda de Cristo no Natal e de Sua Segunda Vinda, nós precisamos abrir um caminho no deserto. Este caminho no deserto é para uso nosso (Br 5,7) e para uso do Senhor (Lc 3,4). Nós vamos usar o caminho primeiramente para sair do exílio do pecado. Depois Jesus virá para nos levar para casa depois do nosso exílio na terra (1Pd 2,11).

Nós abrimos e viajamos nesse caminho pelo arrependimento – arrependimento profundo. Pelo arrependimento, nós preenchemos o vazio dos pecados do ‘vale da morte’ e abaixaremos as montanhas do orgulho e dos egos inflados (Lc 3,5). Ao confessarmos nossos pecados, o Senhor endireita (Lc 3,5) nossas desculpas esfarrapadas, nossa racionalização, negações insustentáveis, e autoenganos. Os ásperos, pontiagudos, cortantes, e danosos contornos de nossas atitudes egoístas são tornados suaves através do arrependimento, do perdão, e da Reconciliação (Lc 3,5).

Abram e usem o caminho do arrependimento em direção ao Natal e ao céu.

Oração: Pai, mantem-me no “… caminho sagrado …” (Is 35,8)

Promessa: “E é isto o que eu peço: que vosso amor cresça cada vez mais, em conhecimento e em sensibilidade, a fim de poderdes discernir o que mais convém, para que sejais puros e irreprováveis no dia de Cristo.” (Fl 1,9.10)

Louvor: São Juan Diego conseguiu uma grande colheita de conversões com seu testemunho.

Terça-feira, 10 de Dezembro de 2024                        

Nossa Senhora do Loreto                                             

Is 40,1-11                                         

Sl 96(95),1-3.10-13                        

Mt 18,12-14                                                

O DESERTO DO ADVENTO

“Uma voz clama: No deserto, abri um caminho para Iahweh …” (Is 40,3)

O deserto é mencionado na primeira leitura e no Evangelho da Missa de hoje. Isaias fala da voz clamando no deserto: “… No deserto, abri um caminho para Iahweh …” (Is 40,3) No Evangelho, uma ovelha se desgarra da segurança do cuidado do pastor e o pastor sai a sua procura (Mt 18,12). Na versão paralela desta parábola feita por Lucas, as noventa e nove são deixadas no deserto (Lc 15,4) enquanto o pastor procurava pela ovelha perdida.

O Advento é mais uma viagem para o deserto do que ‘caminhar em um paraíso de inverno’. Jesus vai ao deserto para levar consolo (Is 40,1), para procurar o que está perdido, para transformar o deserto em um lugar de esperança. Assim como Deus esteve presente durante quarenta anos no deserto com os Israelitas, dando-lhes o maná do céu para comer e a água milagrosa para beber, Jesus entra no deserto. Jesus, a Rocha, segue Seu povo no deserto (1Cor 10,4), alimentando-o e protegendo-o. Ele nos chama a da mesma forma confortar aqueles(as) que se encontram em lugares desertos.

O Advento é um tempo de esperar com alegre esperança. Provavelmente vocês conhecem alguém que está vagando no deserto ao invés de em um lugar de esperança. Jesus, o Bom Pastor (Jo 10,11), entrou no deserto. Se Jesus entrou no deserto, então como Seus (Suas) discípulos(as), nós O seguimos no deserto do Advento. Nós vamos aonde Ele vai, em busca da ovelha perdida. Jesus transforma o deserto e o faz florescer (Is 35,6-9). Ele transforma “… os lugares escarpados em planície, e as elevações, em largos vales.” (Is 40,4)

Vocês estão em um deserto neste Advento? Recebam o conforto do Senhor (Is 40,1), e levem este conforto a outras pessoas. Alegrem-se, pois o Senhor está próximo.

Oração: Jesus, eu quero preparar o Teu caminho. Dá-me um grande desejo de endireitar os Teus caminhos na vida de todos(as) que precisam de Ti.

Promessa: “Assim também, não é da vontade de vosso Pai, que está nos céus, que um desses pequeninos se perca.” (Mt 18,14)

Louvor: O Papa Francisco estabeleceu a festa de Nossa Senhora do Loreto em 2019, escrevendo: ‘Esta celebração ajudará a todas as pessoas … a imitar as virtudes da perfeita discípula do evangelho, a Virgem Mãe’.

Quarta-feira, 11 de Dezembro de 2024                                      

Papa São Dâmaso I                                                                                         

Is 40,25-31                                      

Sl 103(102),1-4.8.10                                  

Mt 11,28-30                                                      

UM CONVITE DE NATAL

“Vinde a mim …” (Mt 11,28)

Jesus veio à terra para libertar as pessoas (Lc 4,18), mas muitas tornaram penosa a Sua vida. Ele carregou o peso dos nossos pecados (Mt 8,17), e Ele carregou a cruz para pagar por nossos pecados (Jo 19,17). Jesus veio à terra para nos revigorar, mas a muitas pessoas não O revigoraram. Ele foi rejeitado (Jo 1,11), ridicularizado (Mt 27,42), ultrajado (Jo 18,40), desacreditado (Mt 17,17), desprezado (Is 53,3), escarnecido (Mc 15,19.20), e crucificado (Jo 19,18). Como é maravilhoso que Jesus não nos trate de acordo com nossos pecados nem nos puna de acordo com nossos crimes! (Sl 103(102),10).

Jesus é “… compaixão e piedade, lento para a cólera e cheio de amor.” (Sl 103(102),8) “É ele quem perdoa [nossa] culpa toda …” (Sl 103(102),3)” É ele quem … [nos] coroa de amor e compaixão. É ele quem sacia [nossos] anos de bens …” (Sl 103(102,4.5) Ele nos alivia, ensina, guia e ajuda (Mt 11,28-30).

Louvemos a Jesus eternamente, pois Ele não nos trata como nos O tratamos anteriormente. Que nós O tratemos como Ele tem nos tratado. Como Santa Marta, vamos abrir nossas casas e nossas vidas para Jesus e recebê-Lo de braços abertos (Jo 12,2). Como Santa Maria de Betânia, que nós sejamos pródigos(as) em nosso amor e louvor a Jesus (Jo 12,3). Como os magos, que nós ofertemos a Jesus nossos melhores dons (Mt 2,11).

Venha para Jesus (Mt 11,28). Ame-O de todo o teu coração, de toda a tua alma, com toda a tua força e de todo o teu entendimento (Lc 10,27). Que cada coração prepare um lugar para Ele. Receba Jesus neste Advento, neste Natal, e para sempre.

Oração: Maranatha! “…Vem, Senhor Jesus!” (Ap 22,20) Vinde a mim, e eu Vos amarei.

Promessa: “Mas os que põem a sua esperança em Iahweh renovam as suas forças, abrem as asas como as águias, correm e não se fatigam, caminham e não se cansam.” (Is 40,31)

Louvor: O Papa São Dâmaso I trabalhou pela reconciliação dos separatistas e heréticos na esperança que a igreja pudesse ser una.

Quinta-feira, 12 de Dezembro de 2024                       

Nossa Senhora de Guadalupe

Gl 4,4-7                                            

Sl 96(95),1-3.10                                         

Lc 1,39-47                                  

DEMONSTRAÇÃO DE ESPERANÇA (Jt 13,19)

“Feliz aquela que creu, pois o que lhe foi dito da parte do Senhor será cumprido.” (Lc 1,45)

Poucos minutos antes de escrever esta reflexão, minha filha chamou a minha atenção para um artigo que uma jovem de dezoito anos havia escrito sobre o seu aborto. A jovem concluía seu artigo dizendo ‘Eu queria ter uma vida boa. Manter esta criança agora, quando estou solteira, sem recursos e prestes a iniciar a faculdade, seria injusto’.

Maria, Nossa Senhora de Guadalupe, estava em situação similar. Ela também era jovem, sem recursos, e estava grávida. A jovem mãe mencionada acima usou a palavra ‘injusto’. Possivelmente, em sua humildade, Maria poderia ter tido o pensamento que era ‘injusto’ que ela devesse estar carregando este Filho. Maria sustentou que ela era meramente a humilde serva do Senhor (Lc 1,38.48). Possivelmente pensou ser ‘injusto’ que o Deus Onipotente iria honrá-la entre todas as pessoas com o privilégio de carregar o Filho de Deus (Lc 1,49).

“Para Deus, com efeito, nada é impossível.” (Lc 1,37) A indústria do aborto tem uma fortaleza na maior parte do planeta, mas Maria tem uma fortaleza contra Satanás (Gn 3,15). Através do ‘Sim’ de Maria, Deus “… [a] conduziu para cortar a cabeça do chefe dos nossos inimigos.” (Jt 13,18)

Maria venceu Satanás através do seu ‘Sim’ a Deus. Que nós possamos seguir o seu exemplo e o seu conselho também dizendo ‘Sim’ ao Senhor e fazendo tudo aquilo que Ele nos disser (Jo 2,5).

 Oração: Pai, “Eu sou a[o] serva[o] do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra!…” (Lc 1,38)

Promessa: “Jamais tua confiança se afastará do coração dos homens, que recordarão para sempre o poder de Deus.” (Jt 13,19)

Louvor: Foi través de Nossa Senhora de Guadalupe, que a prática de sacrificar crianças a falsos deuses foi interrompida no México.

Sexta-feira, 13 de Dezembro de 2024                                                

Santa Luzia                       

Is 48,17-19                                      

Sl 1,1-4.6                                         

Mt 11,16-19                                               

CUIDADO QUANTO A BEBER?

“Ele é como árvore plantada junto d’água corrente: dá fruto no tempo devido e suas folhas nunca murcham; tudo o que ele faz é bem sucedido.” (Sl 1,3)

As árvores nas florestas reagem às águas correntes. Quando você anda nas montanhas, pode encontrar riachos simplesmente procurando por árvores que crescem em terras úmidas. Como exemplo, sicômoros vivem ao longo de riachos. Você pode facilmente encontrar um riacho procurando por grupos de árvores de sicômoros.

Jesus declarou que se alguém tem sede, pode ir até Ele que Ele lhe dará a água viva do Espírito (Jo 4,14; 7,37.38). As árvores respondem às águas correntes. Por que os humanos não respondem firmemente à água corrente do Espírito Santo?

Deus nos ensina que é “… para o [nosso] bem …” (Is 48,17). Infelizmente, nós, seres humanos, podemos ser duros de coração não respondendo aos estímulos de Deus de alegria ou lamentação (Mt 11,17). Com efeito, pessoas de coração endurecido vão longe demais ao difamar aqueles(as) que seguem os estímulos de Deus, tais como São João Batista (Mt 11,18.19). Jesus e João seguiram a água vida; eles responderam tanto aos estímulos de alegria como de lamentação de Deus. Os corações endurecidos não respondem a nenhum deles. “… Hoje, se lhe ouvirdes a voz, não endureçais os vossos corações …” (Hb 3,7.8)

As árvores anseiam por águas correntes. A corça anseia por águas correntes (Sl 42(41),2). Nós humanos nascemos para sermos sedentos por águas correntes, especialmente pela água corrente do Espírito que Jesus nos dá (Jo 7,37.38). “Ah! Todos que tendes sede, vinde à água …” (Is 55,1) Beba plenamente da água, corrente, fluente e viva do Espírito Santo.

Oração: Pai, que eu tenha sede do Teu Espírito como uma criança recém-nascida tem sede de leite ((1Pd 2,2).

Promessa: “Se ao menos tivesses dado ouvidos aos meus mandamentos! Então a tua paz seria como um rio e a tua justiça como as ondas do mar.” (Is 48,18)

Louvor: As orações de Santa Luzia foram instrumento de cura das hemorragias da sua mãe.

Sábado, 14 de Dezembro de 2024                                                    

  São João da Cruz

 Eclo 48,1-4.9-11                            

Sl 80(79),2.3.15.16.18.19            

  Mt 17,10-13                                                        

INICIANDO A PREPARAÇÃO PARA O NATAL        

“Eu vos digo, porém, que Elias já veio, mas não o reconheceram…” (Mt 17,12)

O ministério profético de Elias preparou o caminho para o ministério profético de São João Batista. João profetizou “… com o espírito e o poder de Elias …” (Lc 1,17). Jesus até declarou que João Batista “… é o Elias que deve vir.” (Mt 11,14) Elias preparou o caminho para João, que veio para “… [preparar] o caminho do Senhor …” (Mt 3,3) Deus preparou o caminho para a vinda do Seu Filho durante séculos. Ele enviou profeta após profeta. Ele concedeu visões, advertências e encorajamentos. De fato, todo o Antigo Testamento indica a vinda de Jesus, o Messias.

Se Deus, que é todo-conhecimento e que está sempre pronto, dedicou séculos preparando “… um povo bem disposto.” (Lc 1,17), então nós, que conhecemos tão pouco e estamos sempre despreparados(as) para o futuro, certamente necessitamos ao menos das quatro semanas do Advento para preparar a vinda de Cristo no Natal. Nós precisamos do ministério de fogo de Elias (Eclo 48,1.3) para queimar as distrações de feriado e nos preencher com o fogo do Espírito Santo. Nós precisamos ser mergulhados(as) no arrependimento neste Advento (Mc 1,4). A nossa sincera Confissão de Advento remove tanto as montanhas como “… os caminhos acidentados …” (Lc 3,5) do pecado, que nos impedem de sermos rápidos(as) em acolher Jesus. Ao invés de nos prepararmos para os ‘feriados’ participando de confraternizações de Natal, precisamos nos preparar para ‘o Natal’ participando das celebrações do Advento, isto é, das Missas, dos banquetes Eucarísticos do Cordeiro. “… Preparai o caminho do Senhor …” (Lc 3,4) neste Advento e tenha o Natal de uma vida.

Oração: Pai, que neste Advento eu possa “… discernir o que mais convém …” (Fl 1,10) na vida. Eu dedico a minha vida a procurar por Jesus.

Promessa: “Nunca mais nos afastaremos de ti; faze-nos viver, e teu nome será invocado.” (Sl 80(79),19)

Louvor: São João da Cruz ensinava que alguém que procura a felicidade no mundo é como ‘uma pessoa faminta que abre a sua boca para satisfazer a si mesma com ar’.

Domingo, 15 de Dezembro de 2024                                       

3º Domingo do Advento

 Sf 3,14-18                            

Is 12,2-6                  

  Fl 4,4-7                                 

Lc 3,10-18                                              

CONVERSÕES CATALISADORAS

“Alegrai-vos sempre no Senhor! Repito: alegrai-vos!” (Fl 4,4)

São Paulo fez uma das maiores proclamações da história quando ele disse aos Filipenses: “Alegrai-vos sempre no Senhor! Repito: alegrai-vos!” (Fl 4,4) Na missão inicial de Paulo junto aos Filipenses, ele e São Silas foram espancados, despidos, açoitados, jogados na prisão, e tiveram seus pés amarrados ao cepo (At 16,22-24). Sob essas condições, São Paulo e São Silas decidiram se alegrar e cantar louvores ao Senhor (At 16,25). Esse jubiloso louvor foi catalisador. Ele foi seguido por um terremoto, que resultou na libertação das correntes e no abalo da prisão (At 16,26). Em seguida, o carcereiro e sua família foram convertidos a Cristo (At 16,33). Em Filipos, Paulo vivenciou pessoalmente o poder da oração e da alegria. Assim ele compreendeu o que falava quando disse: “Alegrai-vos sempre no Senhor! Repito: alegrai-vos!” (Fl 4,4)

Paulo veio a perceber que ele havia sentido alegria não por desprezar o sofrimento, mas pelo significado do sofrimento. Sofrimentos não são incompatíveis com alegria; ao invés disso, são até mesmo necessários para nos alegrarmos sempre. Paulo proclamou: “Agora eu me regozijo nos meus sofrimentos por vós …” (Cl 1,24) Nós nos alegramos na medida em que participamos dos sofrimentos de Cristo (1Pd 4,13) Portanto, é impossível nos alegrarmos sempre no Senhor a menos que nós soframos com Cristo.

A alegria é catalisadora. Ela desencadeia uma sequência de milagres que levam à salvação. O sofrimento redentor é catalisador. Ele conduz à alegria.

Oração: Pai, neste Terceiro Domingo do Advento (Gaudete), revela-me os mistérios da alegria.

Promessa: “Rejubila, filha de Sião, solta gritos de alegria, Israel! Alegra-te e exulta de todo coração, filha de Jerusalém!” (Sf 3,14)

Louvor: Jesus surgiu do sepulcro; “da terra germinará a Verdade …” (Sl 85(84),12) Louve a Jesus ressuscitado, “… o Caminho, a Verdade e a Vida …” (Jo 14,6)

Segunda-feira, 16 de Dezembro de 2024

 Nu 24,2-7.15-17                            

Sl 25(24),4-9                                    

Mt 21,23-27               

UMA ESPIRAL DESCENDENTE

“…Se respondermos ‘do Céu’, ele nos dirá: ‘Por que então não crestes nele?’.” (Mt 21,25)

Muitos dos chefes dos sacerdotes e dos anciãos não acreditavam no batismo de São João Batista. Desta forma, eles não estavam preparados para aceitar Jesus. Assim, eles crucificaram-No. Muitas pessoas são tão ignorantes com relação à história ou são tão desobedientes a Deus que elas não consideram o Advento seriamente. Por isso, não estão preparadas para encontrar Cristo no Natal (Mt 2,7.8.12). Assim sendo, perdem o Natal.

Quando o Natal é muito diferente do que o Senhor deseja que seja, isto significa que muitas pessoas não têm a mentalidade de Deus sobre o Natal. Ao invés disso, elas pensam que o seu Natal medíocre e enfraquecido é o verdadeiro significado do Natal. Com essa visão do Natal, elas não esperam muita coisa do próximo Natal. Portanto, vêm pouca necessidade do Advento, uma vez que as coisas que não têm muito significado (como esta visão do Natal) não precisam de muita preparação. Assim elas têm mais um Advento pobre, levando a outro Natal de qualidade inferior, o que leva a um Advento e um Natal pior ainda no próximo ano, etc.

Vocês estão em uma espiral descendente em seus Adventos e seus Natais? Isto é muito ruim para suas vidas, mortes, e estilos de vida. Coloquem os seus corações no Advento agora, antes que percam o Natal novamente.

Oração: Pai, dá-me a Tuaa dimensão de Advento.

Promessa: “… Um astro procedente de Jacó se torna chefe, um cetro se levanta, procedente de Israel …” (Nm 24,17)

Louvor: Carmem resolveu orar pelo Papa e pelos bispos ao invés de criticá-los.

Terça-feira, 17 de Dezembro de 2024 

Gn 49,2.8-10                                               

Sl 72(71),1-4.7.8.17                                   

Mt 1,1-17                                                           

NÓS E JESUS

“Livro da origem de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão.” (Mt 1,1)

Pelo seu pecado, Adão deformou a árvore da família humana. Jesus transformou-a e a reconstruiu. Na árvore da família de Jesus, existem pecadores, prostitutas, assassinos, adúlteros e estrangeiros. “…mas onde avultou o pecado, a graça superabundou.” (Rm 5,20) Deus tinha um plano para a árvore da família de Jesus, “… pois Deus previa para nós algo de melhor…” (Hb 11,40)

Quando “… o Verbo se fez carne …” (Jo 1,14), Ele carregou o fardo de todas as disfunções humanas – o pecado, a fraqueza, a mortalidade, a traição, as deficiências humanas, a mesquinhez, e muito mais. Ele também experimentou a alegria, o amor familiar, a compaixão, a paz, a benção, a justiça, a nobreza, o amor e a felicidade. Ele assumiu a monotonia, o anonimato, e a família humana com uma fundação partida. Jesus se tornou um “…Reparador de brechas, Restaurador de estradas…” (Is 58,12)

Muitas pessoas deixam a Igreja porque não conseguem suportar os hipócritas, os pecadores e os escândalos que vêm. Jesus vê Sua família de modo diferente. A genealogia declara que as coisas não são mais ‘eu e Jesus’, mas ‘nós e Jesus’. Jesus faz novas todas as coisas (Is 43,19). Jesus não pode esperar para nos apresentar Sua família. Ele coloca Sua família em todo o Novo Testamento. Se nós não amarmos a essas pessoas, como nós poderemos amar a Deus? (1Jo 4,20).

Através do Batismo, Jesus nos adotou em Sua família. Ele quer que nós façamos parte da Sua família. Vocês querem fazer parte da família de Jesus? Então venham para a ceia da Sua família, a Santa Eucaristia.

Oração: Jesus, eu fico muito emocionado(a) por fazer parte da Vossa família. Dê-me o amor do Vosso coração por Vosso povo, particularmente por aqueles(as) que são difíceis de amar.

Promessa: “Montanhas e colinas, trazei a paz ao povo …” (Sl 72(71),3)

Louvor: ‘Ó Sabedoria, Ó santa Palavra de Deus, Tu governas toda a criação com Teu forte, muito embora suave cuidado’.

Quarta-feira, 18 de Dezembro de 2024                             

Jr 23,5-8                                           

Sl 72(71),1.2.12.13.18.19             

Mt 1,18-25                                   

VENHAM TODOS QUE SÃO CHEIOS DE FÉ

“José, ao despertar do sono, agiu conforme o Anjo do Senhor lhe ordenara e recebeu em casa sua mulher. Mas não a conheceu até o dia em que ela deu à luz um filho. E ele o chamou com o nome de Jesus.” (Mt 1,24.25)

Nós precisamos de cada momento do Advento para crescer na fé. É tão fácil perder a vinda do Natal de Cristo. Somente aqueles(as) que são cheios(as) de fé estarão prontos(as) para encontrá-Lo.

São José, um homem de fé, acreditou na mensagem do anjo, que ele ouviu em um sonho (Mt 1,20). Ele acreditou que sua esposa havia ficado grávida pelo poder do Espírito Santo. Este foi um dos mais surpreendentes atos de fé já feitos. São José, rogai para que nós cresçamos profunda e rapidamente na fé durante estes últimos dias do Advento.

Na primeira leitura da Missa de hoje, a Igreja nos apresenta a profecia de Jeremias referente ao Êxodo e ao retorno dos Israelitas do exílio na Babilônia (Jr 23,7.8). Estes dois acontecimentos monumentais surgiram do nada. Crer que eles iriam acontecer em algum momento seria “…[caminhar] pela fé e não pela visão.” (2Cor 5,7)

Várias montanhas se apresentam entre nós e o encontro com Cristo neste Natal. Somente pela fé nós podemos mover essas montanhas (Mt 17,20). Nestes últimos dias do Advento, que nós possamos clamar: “… Eu creio! Ajuda a minha incredulidade!” (Mc 9,24) Que nós permaneçamos na Palavra de Deus (Jo 8,31) pela qual nós O ouvimos e temos fé n’Ele (Rm 10,17). Que nós cresçamos na fé, mesmo se nós tivermos que sofrer (1Pd 1,6.7). Quando o Advento é o tempo de expressarmos nossa maior fé, o Natal será melhor do que nunca antes.

Oração: Pai, dá-me uma fé como a de São José.

Promessa: “Ela dará à luz um filho e tu o chamarás com o nome de Jesus, pois ele salvará o seu povo dos seus pecados.” (Mt 1,21)

Louvor: ‘Ó Santíssimo Senhor do antigo Israel, que Te mostraste a Moisés na sarsa ardente, Vós que destes a ele a lei sagrada no Monte Sinai. Vem, estende a Vossa mão poderosa sobre nós e nos liberta.’

Quinta-feira, 19 de Dezembro de 2024                                              

 Jz 13,2-7.24.25                                          

Sl 71(70),3-6.16.17                        

Lc 1,5,25                                              

  ORAÇÕES ESQUECIDAS?

“… Não temas, Zacarias, porque a tua súplica foi ouvida …” (Lc 1,13)

O texto do Evangelho de São Lucas nós dá vários indícios dos antecedentes de Zacarias. São Zacarias e Santa Isabel eram de idade avançada. Isabel havia passado da idade de ter um filho (Lc 1,18.36). Aparentemente, alguns anos antes, Zacarias havia orado por filhos; então, o anjo disse: “… a tua súplica foi ouvida …” (Lc 1,13) A reação espantada e cética de Zacarias indicava que ele provavelmente havia se esquecido daquela súplica e, talvez não tivesse orado por um filho ao longo de alguns anos.

Algumas vezes nós Cristãos(ãs) assumimos que a oração tem um tipo de decreto de limitação; é como se Deus não responder a nossas orações em um período de tempo ‘razoável’, então Ele se esqueceu de nossas orações e assim as orações não são mais válidas. Todavia, o anjo diz a Zacarias: “… a tua súplica foi ouvida …” (Lc 1,13) O anjo assegura a Zacarias que suas palavras “… se cumprirão no tempo oportuno.” (Lc 1,20)

Você já orou por alguma coisa durante algum tempo, depois deixou de orar porque parecia que Deus não estava escutando? Coloque de lado qualquer ceticismo e dúvida. Eleve suas orações ao Senhor novamente. “Silêncio! … diante de Iahweh! …” (Zc 2,17) Tranquilize-se e reconheça que Ele é Deus (Sl 46(45),10).

Oração: Ore ao Pai uma oração aparentemente não respondida que você não tem feito há vários anos.

Promessa: “… Isto fez por mim o Senhor …” (Lc 1,25)

Louvor: “Naquele dia, a raiz de Jessé, que se ergue com um sinal para os povos, será procurada pelas nações, e a sua morada se cobrirá de glória. Naquele dia, o Senhor tornará a estender a sua mão para resgatar o resto do seu povo...” (Is 11,10.11)

Sexta-feira, 20 de Dezembro de 2024                                                                                                                       

Is 7,10-14                                         

Sl 24(23),1-6                                   

Lc 1,26-38                                   

ALEGREM-SE SEMPRE NO SENHOR

“…Parece-vos pouco o fatigardes os homens, e quereis fatigar também o meu Deus?” (Is 7,13)

Antes de escrever este texto, eu estive em dois aeroportos durante várias horas, pois os meus voos haviam sido cancelados e/ou atrasados. Eu estava muito fatigado. Então eu li o texto de Is 7,13. Pode-se dizer que eu fatigo Deus quando:

– reclamo e me lamento de minhas próprias fadigas,

– me recuso a “… [caminhar] pela fé …” (2Cor 5,7),

– cometo pecado,

– desobedeço ao Senhor,

– me recuso a perdoar,

– me recuso a me arrepender,

– faço intrigas,

– desperdiço o tempo que Deus me deu, e

– vivo no egoísmo.

Aqueles(as) que pecam como Acaz e São Zacarias (Is 7,12; Lc 1,20) fatigam o Senhor. Aqueles(as) que têm fé como a da Bendita Virgem Maria dão ao Senhor razões para exultar de alegria e satisfação e cantar alegremente por causa elas (Sf 3,17).

Homens e mulheres de fé, ‘alegrem-se’ sempre no Senhor. “Alegrai-vos sempre no Senhor! Repito: alegrai-vos!” (Fl 4,4)

Oração: Jesus, Tu és a minha alegria. Que eu possa sempre ser a Tua alegria.

Promessa: “…Eu sou a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra! ...” (Lc 1,38)

Louvor: Ó Chave de Davi, Ó Poder real de Israel, controlando segundo a Vossa vontade a porta do céu: vem, derruba os muros da prisão da morte para aqueles que habitam na escuridão e na sombra da morte; e leve o Vosso povo cativo para a liberdade’.

Sábado, 21 de Dezembro de 2024                                               

São Pedro Canísio

 Ct 2,8-14 ou Sf 3,14-18                            

Sl 33(32),2.3.11.12.20.21             

Lc 1,39-45                                               

SAUDAÇÕES E VISITAS

“A voz do meu amado! Vejam: vem correndo pelos montes, saltitando nas colinas!” (Ct 2,8)

Bem no início de sua gravidez, a Bem-aventurada Virgem Maria visitou a Santa Isabel. “Ora, quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança lhe estremeceu no ventre e Isabel ficou repleta do Espírito Santo. Com um grande grito, exclamou: ‘Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! Donde me vem que a mãe do meu Senhor me visite’?” (Lc 1,41-43) Tanto Santa Isabel quanto São João responderam à presença da visita de Jesus e Maria com o louvor no Espírito Santo.

No final da gravidez de Maria, ela e São José visitaram uma hospedaria para o nascimento do Bebê. O hospedeiro respondeu à presença de Jesus e ao pedido da sagrada família com rejeição (Lc 2,7). Sua hospedaria e seu coração não tinham lugar para Deus-feito-homem.

O Senhor continua a visitar o Seu povo. Ele continua a ser aceito por alguns e rejeitado por outros. “Ele estava no mundo e o mundo foi feito por meio dele, mas o mundo não o reconheceu. Veio para o que era seu e os seus não o receberam. Mas a todos os que o receberam deu o poder de se tornarem filhos de Deus …” (Jo 1,10-12) Se nós podemos ser como Isabel e João aceitando Jesus, podemos ser como Maria dando-O ao mundo.

Oração: Jesus, que eu possa ser tão sensível à Tua presença que até mesmo uma saudação ou uma palavra possa suscitar o Espírito Santo em mim. Dá-me o Espírito Santo do Natal.

Promessa: “… Não temas Sião! Não desfaleçam as tuas mãos! Iahweh, o teu Deus, está no meio de ti, um herói que salva! …” (Sf 3,16.17)

Louvor: ‘Ó! Aurora Radiante, Esplendor de luz eterna, Sol de Justiça. Vem brilhar sobre todos aqueles que habitam na escuridão e na sombra da morte’.

Domingo, 22 de Dezembro de 2024                                       

4º Domingo do Advento

 Mq 5,1-4                   

Sl 80(79),2.3.15.16.18.19  Hb 10,5-10               

Lc 1,39-45                                               

JESUS, PAZ NA TERRA

“E este será a paz! ...” (Mq 5,4)

Os anjos anunciando o nascimento de Jesus proclamaram: “Glória a Deus no mais alto dos céus e paz na terra aos homens por ele amados!” (Lc 2,14) Fazendo a vontade de Seu Pai (Hb 10,7), Jesus, o Dominador, traz a paz para Seu povo (Mq 5,1.4). Jesus nossa Paz (Ef 2,14) vem para trazer a paz. Quando Ele apareceu para Seus apóstolos na tarde do dia da Sua Ressurreição, as primeiras palavras de Jesus foram: “… A paz esteja convosco! …” (Jo 20,19)

Como é irônico e triste que a Paz seja perseguida pelo governo sendo uma Criança (Mt 2,16) e forçada a ser uma Refugiada em uma terra estrangeira (Mt 2,13-15). Finalmente, a Paz foi perseguida, brutalizada e crucificada. Jesus ainda é perseguido e crucificado por governos nos dias de hoje. Como exemplo, Jesus foi expulso das escolas públicas em alguns países. Algumas décadas depois, algumas universidades contrataram guardas armados para tentar manter a paz. Quantos atos de violência têm sido cometidos em escolas públicas desde o dia em que a Paz foi expulsa? Jesus se lamenta por todos que O rejeitam: “… Ah! Se neste dia também tu conhecesses a mensagem da paz! Agora, porém, isso está escondido a teus olhos.” (Lc 19,42)

Vocês realmente querem a paz na terra? Nós queremos ter paz mundial, que é geralmente a cessação temporária de guerra, ou uma verdadeira paz ‘shalom’ (completa e definitiva), que derruba e expulsa (Jo 2,14-16) os sistemas, culturas, sociedades, e estilos de vida do mundo? A verdadeira paz mundial pode ser alcançada somente através da abertura de nossas vidas, casas, estruturas sociais, escolas, instituições e governos a Jesus, Aquele que é a Paz (Ef 2,14).

Oração: Jesus, “… Príncipe-da-paz.” (Is 9,5), que possa haver paz na terra e que ela possa começar comigo, recebendo-Te como Senhor da minha vida.

Promessa: “E graças a esta vontade é que fomos santificados pela oferenda do corpo de Jesus Cristo, realizada uma vez por todas.” (Hb 10,10)

Louvor: ‘Ó! Rei de todas as nações, a única Alegria de todo coração humano; Ó! Pedra Angular da humanidade, vem e salva a criação que Vós moldaste do pó’.

Segunda-feira, 23 de Dezembro de 2024                                         

São João Câncio

 Ml 3,1-4.23.24                                 

Sl 25(24),4.5.8-10.14                                 

Lc 1,57-66                                   

A ESCOLA DO SILÊNCIO DE ZACARIAS

“E a boca imediatamente se lhe abriu, a língua desatou-se e ele falava bendizendo a Deus.” (Lc 1,64)

O sacerdote São Zacarias dedicou muitos anos servindo ao Senhor no Templo. Todavia, ele falhou em seu teste quando o arcanjo Gabriel lhe apareceu e anunciou a boa notícia da resposta a uma oração (Lc 1,13-17). Assim Zacarias entrou para a escola de ouvir o Senhor, a escola do silêncio. Para estar seguro que Zacarias iria estar atento às suas lições, o arcanjo Gabriel tirou de Zacarias a capacidade de falar (Lc 1,20.62).

Os primeiros três meses foram de uma escola elementar para Zacarias. Durante os três primeiros meses de gravidez de sua mulher, Zacarias não pode nem mesmo ver seu bebê crescendo, mas teve que aprender a cultivar a fé. Do quarto ao sexto mês da escola do silêncio de Zacarias as lições foram da escola secundária. Ele ainda não podia falar, mas ele podia ver o ventre de sua mulher se distendendo, e ele também estava sendo pressionado. Como o seu filho no ventre de Santa Isabel, a fé de Zacarias também estava crescendo.

Para os últimos três meses da escola do silêncio de Zacarias, a Bem-aventurada Virgem Maria chegou para dar os cursos da escola de nível superior: a escuta, a sabedoria, a confiança, e a obediência (Lc 1,56). Zacarias foi aprovado em seu exame final neste nível superior obedecendo ao comando de Deus para dar a seu filho o nome de João (Lc 1,13.63) Ele recuperou a sua voz,  proclamou o seu ‘Benedictus’, uma profecia que tem sido repetida pela Igreja nas Orações Matutinas durante séculos (Lc 1,68-79).

A escola do silêncio de Zacarias foi forçada porque a sua fé em Deus era fraca. Não precisa ser desta maneira para nós. Venha para Deus em silêncio e escute atentamente a Sua voz. “É bom esperar em silêncio a salvação de Iahweh.” (Lm 3,26)

Oração: Pai, faz-me um estudante dócil na Tua escola do silêncio de modo que muitos possam aprender o Vosso amor através de mim.

Promessa: “O segredo de Iahweh é para aqueles que o temem, fazendo-os conhecer a sua aliança.” (Sl 25(24),14)

Louvor: ‘Ó! Emanuel, Rei e Legislador, Desejo das nações, Salvador de todos os povos, vem e nos liberta, Senhor nosso Deus’.

Terça-feira, 24 de Dezembro de 2024 

2Sm 7,1-5.8-12.14.16                               

Sl 89(88),2-5.27.29                        

Lc 1,67-79

GESTAÇÃO DO ADVENTO

“Zacarias, seu pai, repleto do Espírito Santo, profetizou.” (Lc 1,67)

Para dar à luz, uma mãe precisa estar grávida por aproximadamente nove meses. Para dar à luz neste Natal, um(a) Cristão(ã) precisa estar preenchido com Jesus por umas poucas semanas. O nascimento de toda criatura precisa de uma gestação com uma duração variada. Vocês carregaram o bebê por tempo suficiente? Vocês alcançaram o período completo? Como estão as contrações? Amanhã é o dia do nascimento, o nascimento de Jesus. Vocês estão prontos(as) para o nascimento?

São Zacarias atravessou os nove meses de gestação junto com sua esposa. Foi uma gravidez difícil. Zacarias estava mudo, e ao final dos nove meses foi difícil qualquer aproximação com o nascer de uma vida. Mas finalmente ele obedeceu ao Senhor; “e a boca imediatamente se lhe abriu, a língua desatou-se e ele falava, bendizendo a Deus.” (Lc 1,64) Ele fez uma profecia que tem ecoado a gerações: “Bendito seja o Senhor Deus de Israel, porque visitou e redimiu o seu povo.” (Lc 1,68)

O profeta Natã ouviu sobre o plano do Rei Davi de construir uma habitação para Deus. Naquela noite ele foi dormir e acordou para fazer a maior profecia da antiga aliança, a constituição da casa de Davi para sempre (2Sm 7,16).

Vocês chegaram ao final da gestação do Advento. Esperem para logo começar o trabalho de parto e dar à luz a Palavra profética.

Oração: Jesus, eu mal posso esperar pelo nascimento de Tua nova vida. “… Vem, Senhor Jesus!” (Ap 22,20)

Promessa: “Graças ao misericordioso coração do nosso Deus, pelo qual nos visita o Astro das alturas, para iluminar os que jazem nas trevas e na sombra da morte, para guiar nossos passos, no caminho da paz.” (Lc 1,78.79)

Louvor: “Bendito seja o Senhor Deus de Israel, porque visitou e redimiu o seu povo.” (Lc 1,68)

Quarta-feira, 25 de Dezembro de 2024                                               

Natal do Senhor

Is 9,1-6                                 

Sl 96(95),1-3.11-13            

Tt 2,11-14                

Lc 2,1-14                                                                

PEGADAS

“Com efeito, a graça de Deus se manifestou para a salvação de todos os homens. Ela nos ensina a abandonar a impiedade e as paixões mundanas, e a viver neste mundo com autodomínio, justiça e piedade.” (Tt 2,11.12)

Nós, que somos pais e mães, podemos dedicar muito tempo olhando para os nossos bebês. Gostamos do modo como os pés e os dedos se mexem e crescem. Contamos o número de dedos dos pés e das mãos. Cada pequeno movimento traz novos prazeres. Antes que nós percebamos, despendemos uma meia-hora contemplando nossa criança. Nós podemos dedicar horas olhando para nosso bebê e nunca nos cansarmos disso, porque nós amamos muito nosso bebê.

Jesus se fez carne e se tornou um Bebê (Jo 1,14). Agora nós podemos nos relacionar com Ele de uma maneira que anteriormente não podíamos. Como pais e mães se deliciam admirando cada aspecto de seus recém-nascidos, nós podemos contemplar sobre os muitos aspectos do Menino encarnado, Jesus.

Neste Tempo do Natal, quando vocês contemplarem o Menino Jesus, reflitam de modo especial sobre os belos pés de Jesus (Is 52,7). Ele viajou por estradas empoeiradas para proclamar a Boa Nova do Reino de Deus (Mt 10,14). Ele deixou que Seus pés fossem lavados por uma mulher arrependida (Lc 7,44.45); assim nós podemos saber que “… o amor cobre uma multidão de pecados.” (1Pd 4,8) Ele permitiu que Seus pés fossem perfurados e pregados em uma cruz, e sangrassem para nossa salvação. Seus pés foram pressionados dolorosamente pelos pregos de modo que Ele somente pudesse sussurrar Suas últimas palavras na cruz.

Escolham a melhor parte neste Natal (Lc 10,42). Sentem-se junto aos belos pés de Jesus e ouçam Suas palavras (Lc 10,39).

Oração: Jesus, que eu tenha tanto amor por Ti e que nunca me canse de meditar nas Tuas Palavras. Eu Te agradeço por teres vindo à terra para nos salvar.

Promessa: “Mas a todos os que o receberam deu o poder de se tornarem filhos de Deus ...” (Jo 1,12)

Louvor: “Gloria a Deus no mais alto dos céus e paz na terra aos homens que ele ama.” (Lc 2,14) Feliz Natal!

Quinta-feira, 26 de Dezembro de 2024                                                  

Santo Estevão                                                                                                  

At 6,8-10; 7,54-59                          

Sl 31(30),3.4.6.8.16.17                              

Mt 10,17-22                                               

NO ESPÍRITO DE ESTEVÃO

“Mas não podiam resistir à sabedoria e ao Espírito com o qual [Estevão] falava.” (At 6,10)

Santo Estevão foi o primeiro mártir Cristão. Ele “…cheio de graça e de poder, operava prodígios e grandes sinais entre o povo.” (At 6,8) Seu ministério foi o de um diácono ordenado de distribuir diariamente suprimento de alimentos para as viúvas Judias de ancestralidade Grega (At 6,1). Estevão e seis outros diáconos foram indicados para esta tarefa de modo que os apóstolos pudessem “… [permanecer] assíduos à oração e ao ministério da Palavra.” (At 6,4) Estevão realizava seu ministério de distribuição de alimentos. Adicionalmente, através do Espírito Santo, ele também ministrava tão poderosamente evangelização, sinais e prodígios que os inimigos da Igreja mataram Estevão até mesmo antes dos Doze Apóstolos.

Jesus advertiu Seus discípulos e apóstolos quanto à perseguição que se aproximava (Mt 10,16-18). Mas a perseguição leva à propagação do Evangelho ao invés de sua supressão. O mundo não pode algemar a Palavra de Deus (2Tm 2,9), não importa o quanto ele tente suprimir ou perseguir o testemunho de Jesus. ‘…o sangue dos mártires se torna semente de cristãos.’ (CIC, 852). Assim, Saulo, o perseguidor da Igreja, que testemunhou o martírio de Estevão, foi transformado em um pregador da fé que ele tentava destruir (Gl 1,23). Portanto, sejam como Estevão. Testemunhem por Jesus. O Senhor diz a vocês “…Não temas. Continua a falar e não te cales. Eu estou contigo…” (At 18,9.10)

Oração: “Ó Senhor, abre os meus lábios, e minha língua anunciará o teu louvor.” (Sl 51(50),17)

Promessa: “O meu rochedo e muralha és tu: guia-me por teu nome, conduze-me!” (Sl 31(30),4)

Louvor: Santo Estevão aceitou a graça de perdoar seus assassinos e viu Jesus no céu antes de sua vida terrena terminar.

Sexta-feira, 27 de Dezembro de 2024             

São João, Apóstolo e Evangelista

   1Jo 1,1-4                                        

  Sl 97(96),1.2.5.6.11.12                              

Jo 20,1-8                                              

POR QUE EVANGELIZAR?

“O que vimos e ouvimos vo-lo anunciamos para que estejais também em comunhão conosco…” (1Jo 1,3)

Alguém poderia pensar que o Apóstolo São João partilhava seu Evangelho de modo que seus ouvintes viessem a acreditar em Jesus, o Messias. Afinal, ele testemunhava que foi para isso que ele escreveu seu Evangelho (Jo 20,31). Mas João também escreveu que ele testemunhava por Jesus de modo que seus leitores pudessem partilhar a comunhão com sua própria comunidade. Os membros da comunidade de João partilhavam a comunhão com Deus Pai e Deus Filho (1Jo 1,3). Saber que seus leitores podiam experimentar tal comunhão comunitária tornaria completa a alegria de João (1Jo 1,4).

Este é o ponto de vista de Deus. O maior desejo de Deus e estar em comunhão conosco, até mesmo a ponto de nos convidar para partilhar da vida eterna com Ele (Jo 3,16). Jesus pregou o Evangelho para muitas pessoas, durante todo o tempo desejando partilhar a mesa comunitária da refeição Eucarística conosco (Lc 22,15).

Assim como é bom pregar o Evangelho, também é bom querer que outras pessoas partilhem a vida e a fraternidade conosco (At 2,42; 1Jo 1,3). O Apóstolo São João aprendeu esta lição pessoalmente. João não queria partilhar a fraternidade com os Samaritanos (Lc 9,52-54); ele queria incinerá-los! Jesus corrigiu-o imediatamente (Lc 9,55). Depois de Pentecostes, João desceu até a Samaria para orar com aqueles mesmos Samaritanos de modo que eles pudessem receber o Espírito Santo (At 8,14-17).

Nós também precisamos aprender a lição de João. Existem pessoas que você gostaria que se tornassem crentes, mas somente se elas se mantivessem distantes de você? Peça ao Senhor pela graça de amar aquelas pessoas como Ele as ama.

Oração: Pai, purifica a minha motivação de modo que eu possa divulgar a Tua Boa Nova da mesma maneira que São João.

Promessa: “…[ele] viu e creu.” (Jo 20,8)

Louvor: São João escreveu: “… Deus é Amor …” (1Jo 4,8.16)

Sábado, 28 de Dezembro de 2024                                                      

Santos Inocentes                                                         

1Jo 1,5-2,2                                      

Sl 124(123),2-5.7.8                        

Mt 2,13-18                                                 

CONFORMADOS A CRISTO

Herodes “…mandou matar, em Belém e em todo o seu território, todos os meninos de dois anos para baixo...” (Mt 2,16)

Cada menino assassinado naquela manhã há mais de dois mil anos atrás em Belém morreu porque poderia ser Jesus. Os soldados que mataram os Santos Inocentes em Belém pensaram que estavam matando Cristo, ou alguém que poderia ser Jesus. Para os assassinos, aquelas crianças eram indistinguíveis de Cristo.

As crianças-mártires que chamamos de Santos Inocentes são assim como que um modelo para nós. Nós temos que carregar a luz de Cristo em nossas vidas de tal modo que Jesus nos chamará de “…luz do mundo …” (Mt 5,14) Que nossas vidas possam ser conformadas de tal assombrosa semelhança com Jesus (Rm 8,29) que o mundo, de um certo modo, possa nos confundir com Cristo. Isto nos torna uma ameaça para o mundo como Jesus foi, e assim nós corremos o risco de ser perseguidos(as) (2Tm 3,12). Mas “bem-aventurados sois, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por causa de [Jesus].” (Mt 5,11)

“Exorto-vos, portanto, irmãos, pela misericórdia de Deus, a que ofereçais vossos corpos como hóstia viva, santa e agradável a Deus: este é o vosso culto espiritual. E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos, renovando a vossa mente, a fim de poderdes discernir qual a vontade de Deus, o que é bom, agradável e perfeito.” (Rm 12,1.2) Que nós possamos, como os Santos Inocentes, ser “…[conformados(as)] com ele na sua morte.” (Fl 3,10) e assim “… [conformados(as)] ao seu corpo glorioso …” (Fl 3,21) Que nós tenhamos da mesma forma a inocência de uma criança de modo que nós também possamos ser indistinguíveis de Jesus.

Oração: Pai, molda-me à Tua imagem e semelhança.

Promessa: “O socorro nosso é o nome de Iahweh, que fez o céu e a terra!” (Sl 124(123),8)

Louvor: As mortes dos Santos Inocentes não foram em vão. No misterioso plano de Deus, suas curtas vidas e trágicas mortes continuam a produzir frutos.

Domingo, 29 de Dezembro de 2024                                           

Sagrada Família

Santo Tomás Becket

 1Sm 1,20-22.24-28            

Sl 84(83),2.3.5.6.9.10        

1Jo 3,1.2.21-24      

Lc 2,41-52                                            

DA SEPARAÇÃO À PERPLEXIDADE    

“E todos os que o ouviam ficavam extasiados com sua inteligência e com suas respostas.” (Lc 2,47)

No terceiro dia depois de ter sido separada de Jesus quando Ele tinha doze anos, a Abençoada Virgem Maria e São José encontraram Jesus no Templo (Lc 2,46). Maria recebeu seu Filho de volta aos seus cuidados por mais dezoito anos. Ela e José estavam entre aqueles que ficavam perplexos com as respostas de Jesus (Lc 2,47). Maria guardava a lembrança de todos esses fatos em seu coração (Lc 2,51).

Depois da ocasional separação de seu Filho durante os Seus três anos de ministério público, Maria também encontrou Jesus no Monte Calvário, preso em agonia a uma cruz. Ela O recebeu de volta depois d’Ele ter sido retirado da cruz (Jo 19,25). Certamente ela olhou para seu divino Filho e ficou perplexa com Sua humildade e amor, “… tão desfigurado estava o seu aspecto e a sua forma não parecia a de um homem.” (Is 52,14) Depois de uma outra separação de Jesus quando Ele foi colocado no sepulcro, Maria recebeu, no terceiro dia, seu Filho ressuscitado de volta. As Escrituras não registram Jesus ressuscitado aparecendo para Sua mãe. Todavia, muitos santos, místicos e visionários registraram que Jesus apareceu para Sua mãe depois de ressuscitar dentre os mortos. Assim como no Templo vinte e um anos antes, a Abençoada Mãe certamente deve ter ficado perplexa com as respostas de Jesus sobre Seu relato de Sua Ressurreição.

A festa da Sagrada Família de hoje é um encorajamento para todas as famílias, até mesmo para as mais feridas e despedaçadas. A Sagrada Família experimentou a separação, a perseguição, o sofrimento, e a morte. Mas eles se concentraram na fé, na esperança, e no amor, e enfrentaram todas essas coisas (1Cor 13,7). Coloquem suas famílias nas mãos da Sagrada Família. Fiquem perplexos(as) com o que o Senhor fará com e através das suas famílias.

Oração: Pai, constitui muitas santas famílias que amem e perdoem.

Promessa: “Aquele que guarda os seus mandamentos permanece em Deus e Deus nele...” (1Jo 3,24)

Louvor: Louvor a Jesus, Filho de Deus vivo! Louvor a Deus nosso “… Pai – de quem toma o nome toda família no céu e na terra.” (Ef 3,14.15)

Segunda-feira, 30 de Dezembro de 2024

1Jo 2,12-17

Sl 96(95),7-10

Lc 2,36-40

O PRIMEIRO DESAPEGO?

“Não ameis o mundo nem o que há no mundo ...” (1Jo 2,15)

Na espiritualidade Católica tradicional, nós enfatizamos a virtude do desapego dos desejos arrogantes do mundo, pois “…o mundo passa com suas concupiscências, mas o que faz a vontade de Deus permanece eternamente.” (1Jo 2,17) Aqueles(as) que são chamados(as) à vida consagrada são exemplos excepcionais do desapego do mundo que todos os Cristãos deveriam ter. Como exemplo, Ana “…não deixava o Templo, servindo a Deus dia e noite com jejuns e orações.” (Lc 2,37)

No moderno materialismo e consumismo Ocidental, nós temos a tendência de enfatizar o apego. Muitos(as) de nós queremos possuir muitas coisas, a ponto de muitas vezes estarmos sendo possuídos(as) por nossas posses. Nós podemos até mesmo colocar nossas posses à frente de Jesus e nos afastarmos d’Ele em nossa triste possessividade (Mc 10,21.22).

Nós não podemos servir a Deus e à cobiça, isto é, às coisas do mundo (Mt 6,24), pois, “…Se alguém ama o mundo, não está nele o amor do Pai.” (1Jo 2,15) Amanhã, no mundo Ocidental, celebraremos a passagem do Ano Novo. Tradicionalmente, em nossa sociedade, muitas pessoas dedicam as primeiras horas e os primeiros frutos do novo ano a celebrações mundanas. O que vocês farão? Vocês começarão o ano novo apegados(as) ao mundo e desapegados(as) de Deus, ou apegados(as) a Deus e desapegados(as) do mundo?

Oração: Pai, ensina-me a me relacionar com o mundo como Jesus faz (1Jo 4,17; Jo 17,16).

Promessa: “…Eu vos escrevi, jovens, porque sois fortes, porque a Palavra de Deus permanece em vós, e porque vencestes o Maligno.” (1Jo 2,14)

Louvor: Existem grupos de oração comunitária que se encontram fielmente a cada semana para fazer orações pelas vítimas da COVID.

Terça-feira, 31 de Dezembro de 2024                                 

Papa São Silvestre I

 1Jo 2,18-21                                     

Sl 96(95),1.2.11-13                        

Jo 1,1-18                                              

A EXPULSÃO DA REJEIÇÃO

“Ele estava no mundo e o mundo foi feito por meio dele, mas o mundo não o reconheceu.” (Jo 1,10)

Você se sentiu rejeitado(a) durante o ano de 2024? Se o foi, você está em boa companhia. Jesus também foi rejeitado. “Veio para o que era seu e os seus não o receberam.” (Jo 1,11) O que machuca mais é a rejeição por parte daqueles(as) que estão mais próximos de nós. Como exemplo, esposas e maridos rejeitando um ao outro; pais se recusando a perdoar seus filhos; filhos e filhas se rebelando e partindo os corações de seus pais (Mt 10,36). O salmista clama: “Se um inimigo me insultasse, eu poderia suportar; se meu adversário se elevasse contra mim, eu me esconderia dele. Mas és tu, um homem como eu, meu amigo, meu confidente, a quem me unia uma doce intimidade na casa de Deus! …” (Sl 55(54),13-15)

Mesmo na Igreja nós podemos nos sentir rejeitados(as) por outras pessoas. Mas nossa dor pela rejeição não é quase nada comparada com a constante rejeição da humanidade pelo Senhor por milhares de anos. Ninguém foi mais rejeitado do que Jesus. Ele compreende nossa dor.

Ao terminarmos o ano velho e começarmos um ano novo, façamos duas coisas: perdoar e doar. Primeiramente peçamos pelo poder de perdoar todas as rejeições do passado. Depois, doemo-nos a Jesus. Ele promete: “Todo aquele que o Pai me der virá a mim, e quem vier a mim eu não o rejeitarei.” (Jo 6,37) Deixem que 2025 seja o melhor ano de suas vidas.

Oração: Jesus, não me deixe ir dormir esta noite sem perdoar a todos os que me ofenderam ou rejeitaram (Ef 4,26.27). Eu me entrego a Ti. Lembra-me disso à meia-noite de hoje.

Promessa: “Vós, porém, tendes recebido a unção que vem do Santo, e todos possuís a ciência.” (1Jo 2,20)

Louvor: Papa São Silvestre, eu acredito no poder do jejum para derrotar o maligno (Mt 17,21). Ele declarou as Quartas-feiras, Sextas-feiras e Sábados como sendo dias de jejum