Abril

Sexta-feira, 01 de Abril de 2022                                                                                                    

Sb 2,1.12-22                     Sl 34(33),17-21.23                      Jo 7,1.2.10.25-30

                                        DISTINTAMENTE DIFERENTE

“Sua vida se distingue da dos demais e os seus caminhos são todos diferentes.” (Sb 2,15)

Dentro de duas semanas será a Sexta-feira Santa. Nós estamos nos aproximando do final da Quaresma, um período de quarenta dias de oração e jejum, culminando na renovação de nossas promessas batismais no Domingo da Páscoa. Quando somos batizados(as), nós “…[nascemos] do alto…” (Jo 3,3-5). A nossa antiga natureza foi mergulhada nas águas do Batismo, e nós nos tornamos novas criaturas (2Cor 5,17). Não somos mais do mundo, porque Jesus nos escolheu e separou do mundo (Jo 15,19). É por isso que o mundo nos odeia – porque nós não pertencemos a ele (Jo 15,19).

Nós somos desagradáveis para aqueles que são do mundo porque somos filhos(as) de Deus. Os nossos caminhos são diferentes e não somos como as outras pessoas (Sb 2,12-15). O mundo se sente naturalmente compelido a nos rejeitar e perseguir.

Ao nos prepararmos para renovar as promessas do nosso Batismo nesta Páscoa, depois de nos termos transformado durante a Quaresma para viver mais plenamente nossa nova vida, a perseguição naturalmente poderá aumentar. Possivelmente, o mundo irá nos testar “…pelo ultraje e pela tortura…” (Sb 2,19). Ao nos tornarmos mais santos(as), somos mais uma ameaça para o maligno e mais sujeitos(as) a sermos perseguidos(as). Isso é um bom sinal que estamos crescendo nesta Quaresma na vivência da vida de batizados(as). A Palavra de Deus nos orienta: “…na medida em que participais dos sofrimentos de Cristo, alegrai-vos, para que também na revelação da sua glória possais ter uma alegria transbordante.” (1Pe4,13)

Oração: Pai, tira de mim a sujeira do mundo e faz-me novo(a).

Promessa: “Procuravam, então, prendê-lo, mas ninguém lhe pôs a mão, porque não chegara a sua hora.” (Jo 7,30)

Louvor: “Tocai para Iahweh, fiéis seus, celebrai sua memória sagrada.” (Sl 30(29),5)

Sábado, 02 de Abril de 2022                                                        São Francisco de Paula                             

Jr 11,18-20                                 Sl 7,2.3.9-12                                           Jo 7,40-53

                                              JESUS, O CRIADOR DE LARES

“E cada um voltou para a sua casa.” (Jo 7,53)

Zaqueu encontrou Jesus e abriu a sua casa para Ele. Naquele dia, a salvação entrou na sua casa (Lc 19,9). O funcionário real encontrou o Senhor e Jesus prometeu curar seu filho. “Disse-lhe Jesus: ‘Vai, o teu filho vive…” (Jo 4,50). E o filho do funcionário real foi curado “…e creu, ele e todos os da sua casa.” (Jo 4,53). Um homem possuído pelo demônio encontrou Jesus e foi libertado. Ele queria seguir a Jesus, “Ele não deixou, e disse-lhe: ‘Vai para tua casa e para os teus …” (Mc 5,19). O homem falou para a sua família sobre a misericórdia de Jesus e todos ficaram espantados (Mc 5,20). Para essas pessoas, Jesus foi um ‘criador de lares’.

Os líderes Judeus de Jerusalém também se encontraram com Jesus. Eles O desprezaram e voltaram para suas casas (Jo 7,53). Lamentavelmente, eles desperdiçaram o momento em que foram visitados e perderam o caminho da paz para suas casas (Lc 19,42). Dentro de quarenta dias suas casas foram completamente destruídas pelos Romanos (Lc 19,43.44). O povo das cidades de Corazim e Betsaida encontrou Jesus e viu, em primeira-mão, os Seus milagres. No entanto, eles não receberam Jesus em suas casas. Tal como Jesus profetizou, as suas casas foram totalmente destruídas (Mt 11,20-24).

Traga Jesus para dentro de sua casa hoje. Dê a Ele o controle sobre tudo o que acontece na sua casa. Ao assumir a responsabilidade de recuperar a sua casa, Ele pode achar necessário separar algumas áreas deterioradas ou distorcidas (Lc 12,51-53). Mas Jesus é “…Reparador de brechas, Restaurador de estradas…” (Is 58,12) e Ele destrói somente para apressar o propósito definitivo da restauração do lar. Faça de Jesus o Senhor de sua casa. Então a sua casa será tão forte e unida que irá sobreviver até aos piores julgamentos (Mt 7,24.25).

Oração: Pai, usa o meu lar como uma plataforma de lançamento para a divulgação do Evangelho.

Promessa: “O escudo que me cobre é Deus, o salvador dos corações retos.” (Sl 7,11)

Louvor: São Francisco advertiu: ‘Cuide do seu bem-estar espiritual com criteriosa preocupação. A morte é certa; e a vida é curta’.

Domingo, 03 de Abril de 2022                                            5º Domingo da Quaresma

Is 43,16-21                       Sl 126(125),1-6                 Fl 3,8-14                 Jo 8,1-11

                                         CAPACIDADE DE CONHECIMENTO

“…Tudo eu considero perda, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor…” (Fl 3,8)

Em razão de Paulo ter experimentado a excelência do conhecimento de Jesus, ele veio a considerar tudo como perda. O relacionamento pessoal de Paulo com Jesus mudou a avaliação das coisas em sua vida. Coisas que eram consideradas valiosas foram reavaliadas como sem valor ou vazias.

Todos nós experimentamos a excelência do conhecimento. Geralmente, o nosso conhecimento e atração pelo prazer supera tudo. Para muitas pessoas, até mesmo Cristãos(ãs), a comida, a diversão, os programas de televisão, o dinheiro, ou o estilo de vida são classificados como os mais importantes. Eles superam tudo mais.

Às vezes, nós experimentamos a excelência do conhecimento de uma tragédia ou morte. Isso muda as nossas avaliações. Diante da morte, nós agora classificamos como perda aquelas coisas pelas quais nós vivíamos. Nós nos sentimos tão vazios(as) e arrependidos(as) de como desperdiçamos as nossas vidas. Nos sentimos condenados(as) pelas inúteis e vazias prioridades da nossa vida passada.

Todavia, a excelência do conhecimento da tragédia ou da morte, que supera a nossa preocupação com o prazer, pode ela mesma ser superada pelo conhecimento pessoal de Jesus. Quando nós entregamos as nossas vidas totalmente a Jesus, nós não permanecemos mais condenados(as) pelas prioridades vazias do nosso passado (Rm 8,1). Essas vaidades e arrependimentos desaparecem (Jo 8,10.11). Nós “…[nos esquecemos] do que fica para trás e [avançamos] para o que está adiante.” (Fl 3,13). A vida em Cristo não é meramente um estímulo sem sentido, mas uma emoção real. Por causa do nosso conhecimento de Jesus, a vida é uma corrida, não um entrave (Fl 3,12). Viva na luz da excelência do conhecimento de Jesus.

Oração: Pai, eu desejo conhecer a Cristo (Fl 3,10).

Promessa: “Eis que vou fazer uma coisa nova, ela já vem despontando; não a percebeis?…” (Is 43,19)

Louvor: “Os teus mortos tornarão a viver, os teus cadáveres ressurgirão. Despertai e cantai, vós que habitais o pó…” (Is 26,19). Louvor a Cristo ressuscitado!

Segunda-feira, 04 de Abril de 2022                                                        Santo Isidoro                            

Dn 13,1-9.15-17.19-30.33-62                           Sl 23(22),1-6                    Jo 8,12-20

                                                   LIVRO DOS SALMOS

“Iahweh é o meu pastor, nada me falta.” (Sl 23(22),1)

Muitas pessoas que leem esta publicação são Católicas. Nós tendemos a pensar as passagens da Bíblia em termos da Missa de Domingo. Nos concentramos na primeira leitura, que é geralmente do Antigo Testamento. Depois, pensamos sobre a segunda leitura. Ela frequentemente é uma exortação de São Paulo. A Liturgia da Palavra alcança o seu ponto mais alto com a proclamação do Evangelho (Mc 13,10). Mas existe uma importante coleção de versículos colocados entre a primeira e a segunda leitura. Nós damos uma igual atenção aos Salmos? Eles não podem ser negligenciados.

Os monges Católicos têm uma abordagem diferente. Os Salmos formam o coração de sua vida comunitária de oração. Muitos monastérios oram e cantam todos os 150 Salmos a cada semana. Essa prática tem permanecido consistente durante séculos. Qual a razão? Muito embora muitas passagens sejam atribuídas ao Rei Davi ou aos seus escribas, os monges reconhecem Jesus como a inspiração e o tema dos Salmos. De fato, Davi chama Jesus de seu Senhor: “Oráculo de Iahweh ao meu senhor: ‘Senta-te à minha direita, até que eu ponha teus inimigos como escabelo de teus pés’.” (Sl 110(109),1; Mt 22,41-45; conf. Ap 22,16). Examine os Salmos e você encontrará sofrimento (Sl 31(30),10-14), glória (Sl 24(23),7-10), angústia (Sl 102(101),3.5) e alegria (Sl 33(32),1.2). Você verá Jesus seguidamente.

O Salmo de hoje pode ser o mais familiar. Incontáveis almas encontraram conforto nos versículos inspirados do Salmo 23(22). Como ele irá incorajar você? Estude, ore, cante, e viva os Salmos.

Oração: Pai, desafia-me e consola-me enquanto eu estudo o Livro dos Salmos.

Promessa: “Ainda que eu caminhe por um vale tenebroso, nenhum mal eu temerei, pois estás junto de mim; teu bastão e teu cajado me deixam tranquilo.” (Sl 23(22),4)

Louvor: Santo Isidoro ansiava por conhecimento. Ele escreveu uma enciclopédia que foi usada como livro texto por nove séculos! O Papa São João Paulo II declarou-o padroeiro da internet em 1997.

Terça-feira, 05 de Abril de 2022                                                     São Vicente Ferrer                           

Nm 21,4-9                                  Sl 102(101),2.3.16-21                           Jo 8,21-30

                                          EVANGELIZAÇÃO E QUARESMA

“Tendo ele assim falado, muitos creram nele.” (Jo 8,30)

Jesus disse ao povo que eles iriam morrer nos seus pecados a menos que cressem que Ele era Deus (Jo 8,24). Assim como os Israelitas que eram mordidos pelas serpentes, a humanidade está sentenciada a morrer e a ser amaldiçoada a menos que olhe para Jesus com fé (Nm 21,8; Jo 3,14). As pessoas precisam desesperadamente conhecer e amar a Jesus.

Apesar da maior necessidade que cada pessoa tem de crer em Jesus, e apesar d’Ele nos mandar sermos Suas testemunhas, muitos Cristãos não partilham a sua fé em Jesus com outras pessoas. Um dos maiores objetivos desta Quaresma é mudar isso. A Quaresma é a imitação do que Jesus fez quando foi levado pelo Espírito ao deserto para jejuar durante quarenta dias e vencer as tentações do maligno. Quando Jesus saiu daquele deserto, “…voltou então para a Galiléia, com a força do Espírito…” (Lc 4,14), onde Ele proclamou a Boa Nova da redenção (Lc 4,18.19).

Imitando a Jesus, nós devemos sair do deserto da Quaresma e proclamar a Boa Nova da vida em Jesus. Devemos reconhecer que a nossa recusa em evangelizar é um pecado. Devemos nos arrepender, buscar a Confissão e partilhar a nossa fé. Devemos pedir a outras pessoas que orem para que os obstáculos à evangelização sejam removidos das nossas vidas. Nós existimos para evangelizar. ‘…Evangelizar constitui, de fato, a graça e a vocação própria da Igreja, a sua mais profunda identidade. Ela existe para evangelizar, ou seja, para pregar e ensinar, ser o canal do dom da graça, reconciliar os pecadores com Deus e perpetuar o sacrifício de Cristo na santa missa, que é o memorial da sua morte e gloriosa ressurreição.’ (Evangelii Nuntiandi, 14 – Papa São Paulo VI). O nosso arrependimento na Quaresma tem que resultar em evangelização na Páscoa.

Oração: Pai, que eu possa evangelizar como se eu tivesse visto com meus próprios olhos a morte de Jesus na cruz.

Promessa: “Moisés, portanto, fez uma serpente de bronze e a colocou em uma haste; se alguém era mordido por uma serpente, contemplava a serpente de bronze e vivia.” (Nm 21.9)

Louvor: São Vicente Ferrer viveu em tempos difíceis. Havia muitas reivindicações ao papado. Vicente encorajou a recuperação do cisma papal. Ele pregou a Boa Nova através da Europa Ocidental e Deus realizou muitos milagres através do seu ministério

Promessa: “Ainda que eu caminhe por um vale tenebroso, nenhum mal eu temerei, pois estás junto de mim; teu bastão e teu cajado me deixam tranquilo.” (Sl 23(22),4)

Louvor: Santo Isidoro ansiava por conhecimento. Ele escreveu uma enciclopédia que foi usada como livro texto por nove séculos! O Papa São João Paulo II declarou-o padroeiro da internet em 1997.

Quarta-feira, 06 de Abril de 2022                  

At 3,14-20.24.49.91.92.95                     Dn 3,52-56                       Jo 8,31-42

                                                     O MAIOR ATO DE FÉ 

“…Bendito seja o Deus de Sidrac, Misac e Abdênago, que enviou o seu anjo e libertou os seus servos, os quais, confiando nele, desobedeceram à ordem do rei…” (Dn 3,28; ou Dn 3,95 na Bíblia da Editora Ave Maria)

Dentro de onze dias, o Senhor nos chamará a renovarmos as nossas promessas batismais. Em todas as Igrejas Católicas do mundo, em cada Missa, no Domingo de Páscoa, o Senhor nos desafiará a responder ‘Sim’ a seis perguntas. Se Deus tem o Seu caminho, esse será o maior ato de fé que nós já fizemos em nossas vidas. Mesmo se nós tivermos comprometido totalmente as nossas vidas com o Senhor previamente, Ele não está nos chamando a voltar ao passado. Depois de todo amor que o Senhor derramou sobre nós na última Páscoa, nós devemos ter uma fé mais profunda e forte do que nunca antes.

Sidrac, Misac e Abdênago realizaram o maior ato de fé em suas vidas quando se recusaram a adorar a estátua de ouro e foram lançados na fornalha (Dn 3,12-23). Neste Domingo de Páscoa nós também podemos realizar o maior ato de fé das nossas vidas. Jesus está nos preparando para esse grande momento transmitindo-nos a Sua Palavra, “pois a fé vem da pregação e a pregação é pela Palavra de Cristo.” (Rm 10,17). O Espírito Santo está agindo para produzir os dons e os frutos da fé em nós (1Cor 12,8-10; Gl 5,22.23) nos condenando por nossos pecados (Jo 16,8). Nosso Pai celeste nos ama com uma fé profunda, provendo fielmente todas as nossas necessidades básicas. Se deixarmos Deus agir, Ele irá produzir uma obra-prima de fé nesta Páscoa.

Oração: Pai, que eu possa permitir que Tu sejais o meu Pai. Que eu possa não tentar controlar, garantir, ou proteger a minha vida.

Promessa: “…Se permanecerdes na minha palavra, sereis verdadeiramente meus discípulos e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” (Jo 8,31.32)

Louvor: “Quanto a mim, Iahweh, eu confio em ti, e digo: Tu és o meu Deus!” (Sl 31(30),15)

Quinta-feira, 07 de Abril de 2022                                       São João Batista de la Salle               

Gn 17,3-9                                   Sl 105(104),4-9                                     Jo 8,51-59

                                                      EU SOU QUEM EU SOU

“…Quem pretendes ser?” (Jo 8,53)

A Quaresma é uma oportunidade para descobrirmos quem nós somos em Cristo. Como resultado desta Quaresma, devemos ser capazes de responder a pergunta: ‘Quem sou eu?’. Primeiramente, temos que conhecer o EU SOU QUEM EU SOU antes de sabermos quem nós somos. Foi assim que Abraão soube que ele seria o pai de muitas nações (Gn 17,5). Ele primeiro encontrou Iahweh, o grande o EU SOU (Gn 15,7). Da mesma forma, Moisés percebeu sua identidade depois de encontrar o EU SOU na sarça ardente (Ex 3,14).

Jesus disse, “…se não crerdes que EU SOU, morrereis em vossos pecados.” (Jo 8,24). “…Quando tiverdes elevado o Filho do Homem, então sabereis que EU SOU…” (Jo 8,28). “…Em verdade, em verdade, vos digo: antes que Abraão existisse, EU SOU.” (Jo 8,58).

Nós podemos nos curvar diante do Senhor em adoração, esquecer-nos de nós mesmos(as), e paradoxalmente nos encontrarmos; ou podemos nos concentrar em nós mesmos(as) e nos perdermos (Lc 9,24). Quem nós somos sempre é encontrado em EU SOU QUEM EU SOU.

Oração: Senhor, que eu caia de joelhos neste momento para Te adorar, o grande EU SOU.

Promessa: “Em verdade, em verdade, vos digo: se alguém guardar minha palavra, jamais verá a morte.” (Jo 8,51)

Louvor: São João Batista de la Salle fundou a Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs. A congregação se dedicava à educação dos pobres e hoje tem alcance mundial. Em 1950, O Papa Pio XII nomeou São João padroeiro dos professores em razão dos seus esforços para a elevação da educação escolar.

Sexta-feira, 08 de Abril de 2022                                                            

Jr 20,10-13                                 Sl 18(17),2-7                               Jo 10,31-42

                                                   JUNTO À BEIRA DO RIO

“E muitos, aí, creram nele.” (Jo 10,42)

No templo, no Pórtico de Salomão, Jesus foi rejeitado. Muitas pessoas lançaram pedras sobre Ele (Jo 10,31). Eles também tentaram prendê-Lo (Jo 10,39). Jesus “…lhes escapou das mãos.” e “…partiu de novo para o outro lado do Jordão, para o lugar onde João tinha anteriormente batizado…” (Jo 39.40). “E muitos alí creram nele.” (Jo 10,42).

Por que Jesus não foi aceito no lugar sagrado, o templo, mas sim junto à beira do rio? Foi porque João Batista havia ministrado o batismo de arrependimento junto à beira do rio. Onde quer que exista arrependimento, existe fé. Onde quer que não haja arrependimento, Jesus é rejeitado e a Sua Igreja perseguida.

Se nós tivermos tido uma Quaresma de arrependimento, então teremos uma Páscoa de fé. Se, no entanto, na nossa Quaresma houve falta de arrependimento, então a nossa Páscoa não será agradável a Deus. Nós seremos até mesmo usados(as), consciente ou inconscientemente, para prejudicar a obra de Deus. Portanto, temos de nos arrepender. Mesmo que nós tenhamos deixado o pecado nos cegar para nossa necessidade de arrependimento, temos que pedir ao Senhor para penetrar na nossa cegueira espiritual, nos condenar por nossos pecados, e nos capacitar para o arrependimento.

“Cumpriu-se o tempo e o Reino de Deus está próximo. Arrependei-vos e crede no Evangelho.” (Mc 1,15)

Oração: Pai, que eu seja mergulhado no arrependimento (Mc 1,4).

Promessa: “Cantai a Iahweh, louvai a Iahweh, porque ele livrou a vida do pobre da mão dos perversos.” (Jr 20,13)

Louvor: Depois de anos sem buscar a Confissão, Marcos se arrependeu e agora é agradecido por fazer a Confissão mensalmente.

Sábado, 09 de Abril de 2022                            

Ez 37,21-28                                Jr 31,10-13                                 Jo 11,45-56

                                                      RUÍDO DE OSSOS

Caifás “…profetizou que Jesus iria morrer pela nação – e não só pela nação, mas também para congregar na unidade todos os filhos de Deus dispersos.” (Jo 11,51.52)

Ezequiel profetizou que o povo escolhido era um vale cheio de ossos secos (Ez 37,1.2). Eles estavam mortos há séculos. Então ele profetizou a restauração, a unidade e a paz (Ez 37,21-28). Como podem ossos secos ser restaurados? Por nada que não seja a ressurreição dos mortos. Como pode ser restaurada a unidade e a paz? Por nada menos que a ressurreição.

Nós temos tentado aprimorar a condição humana através da educação, da lei e da ordem, do comunismo, do capitalismo, do secularismo e do militarismo. No entanto, tudo tem sido em vão. O único caminho para lidar com os ossos secos da nossa condição humana é a ressurreição. Portanto, Jesus é a única Resposta para a humanidade porque somente Ele pôde morrer e ressuscitar. A nossa única esperança é estarmos unidos(as) à morte e à Ressurreição de Jesus pela fé que temos n’Ele.

Nós somos salvos(as) pela fé da nossa existência de ‘ossos secos’. Expressamos a nossa fé em Jesus através do Batismo. Somos batizados(as) em Jesus e na Sua morte e Ressurreição (Rm 6,3-5). Os ossos secos se agitam e se juntam (Ez 37,7). Nós nascemos de novo e fomos restaurados(as).

Dentro de uma semana acontece a Vigília da Páscoa. Muitas pessoas em todo o mundo serão batizadas, e todo os batizados serão chamados a renovar seu compromisso batismal com Jesus. Entregue-se a Jesus, Aquele que transforma os ossos secos em vida abundante (Jo 10,10).

Oração: Jesus, na Semana Santa que se aproxima, que eu possa estar consciente do que Tu tens feito por mim. Somente Tu tornaste a minha vida digna de ser vivida.

Promessa: “Se o deixarmos assim, todos crerão nele…” (Jo 11,48)

Louvor: “Deus é nosso refúgio e nossa força … Iahweh dos Exércitos está conosco, nossa fortaleza é o Deus de Jacó!” (Sl 46(45),2.8)

Domingo, 10 de Abril de 2022                                                      Ramos da Paixão

Is 50,4-7                 Sl 22(21),8.9.17-20.23.24            Fl 2,6-11       Lc 22,14-23,56

                                                    MODELO A SEGUIR

“Chegando ao lugar chamado Caveira, lá o crucificaram, bem como aos malfeitores, um à direita e outro à esquerda.” (Lc 23,33)

“Um dos malfeitores suspensos à cruz o insultava, dizendo: ‘Não és tu o Cristo? Salva-te a ti mesmo e a nós’. Mas o outro, tomando a palavra, o repreendia: ‘Nem sequer temes a Deus, estando na mesma condenação’?” (Lc 23,39.40). A passagem do Evangelho de hoje, escrita por São Lucas, confirma que cada ação tem uma consequência. Estamos nós vivendo para o mundo como o mau ladrão? Ou nós temos a perspectiva eterna do bom ladrão?

Essa passagem mudou a minha vida. Há muitos anos atrás, na Missa, o nosso misericordioso Salvador cortou a minha apatia. Enquanto eu ouvia o bom ladrão recriminar o mau ladrão, eu fiquei completamente concentrado. Eu não estava mais sonhando acordado. A passagem terminou com aquelas mais preciosas palavras de nosso Senhor: “…Em verdade, eu te digo, hoje estarás comigo no Paraíso.” (Lc 23,43). Foi a primeira vez que um versículo da Bíblia dominou o meu coração. Eu pensei imediatamente, ‘Se aquele criminoso arrependido pode ser salvo, por que não eu?’.

Mas por que o bom ladrão foi salvo? Além do arrependimento, ele realizou várias ‘boas obras’. Ele:

– advertiu o pecador (Lc 23,40),

– admitiu sua má conduta e se submeteu à justiça (Lc 23,41), e

– humilhou-se a si mesmo e realizou um ato de fé (Lc 23,42).

Jesus canonizou da cruz um santo para o céu! Como isso mudará a sua perspectiva?

Oração: Pai, os meus pecados são como uma gota de água nos Teus olhos. Que eu não rejeitarei o Teu oceano de misericórdia.

Promessa: “O Senhor Iahweh virá em meu socorro, eis porque não me sinto humilhado…” (Is 50,7)

Louvor: “Bendito o Reino que vem, do nosso pai Davi! Hosana no mais alto dos céus!” (Mc 11,10)

Segunda-feira, 11 de Abril de 2022                                                        Semana Santa                                                      

Is 42,1-7                                     Sl 27(26),1-3.13.14                     Jo 12,1-11

                                              A ELE OU A MIM MESMO(A)?

“Disse, então, Judas Iscariotes, um de seus discípulos, o que o iria trair: ‘Por que não se vendeu este perfume por trezentos denários para dá-los aos pobres’?” (Jo 12,4.5)

As quatro leituras do Servo Sofredor do livro de Isaias feitas durante a Semana Santa revelam que não existe egocentrismo no Servo Sofredor (Is 42,1-7; 49,1-6; 50,4-9; 52,13-53,12). Marta, Maria e Lázaro, uma santa família devotada a Jesus, revela uma atenção especial a Jesus e uma falta de interesse em si mesmos ao Lhe oferecerem hospitalidade (Jo 12,1-3). Lamentavelmente, Judas Iscariotes, um dos doze apóstolos escolhidos por Jesus, mostrou um interesse total em si mesmo e uma falta de interesse em Jesus durante a semana em que ele mais necessitava ter os seus olhos fixados n’Ele (Hb 3,1; 12,2).

Judas aparece destacadamente nas leituras da Semana Santa porque a sua postura espiritual pode se tornar a nossa própria postura espiritual. Ele é um reflexo da nossa natureza humana decaída. Judas acusa Maria e tenta fazer a sua generosa ação de amor por Jesus parecer egoísmo. Essa acusação imita Satanás, que acusa o povo santo de Deus dia e noite (Ap 12,10). Adicionalmente, Judas procurava o seu próprio ganho, considerando o ganho de Jesus como sendo ‘perda’ (Mc 14,4), e resistindo à proximidade de Jesus com ele (Mt 26,14-16). Que o mesmo não possa ser dito de nós que procuramos seguir a Jesus.

Ao se iniciar a Semana Santa, existe alguma individualidade nas nossas vidas? Nesta Semana Santa, que nós obedeçamos a essas palavras de Jesus, palavras que Judas ouviu, mas rejeitou: “…Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz cada dia e siga-me.” (Lc 9,23)

Oração: Pai, mostra-me claramente qualquer área de minha vida em que eu tenha virado as minhas costas para Jesus. Ajude-me a me oferecer completamente a Ti.

Promessa: “Iahweh é minha luz e salvação: de quem terei medo? Iahweh é a fortaleza de minha vida: frente a quem tremerei?” (Sl 27(26),1)

Louvor: Maria, vise-presidente de uma empresa, recebe a Eucaristia todas as manhãs antes de começar o seu dia de trabalho.

Terça-feira, 12 de Abril de 2022                                                             Semana Santa                

Is 49,1-6                           Sl 71(70),1-6.15.17                     Jo 13,21-33.36-38

                                                    JESUS E JUDAS

“Depois do pão, entrou nele Satanás …Tomando, então, o pedaço de pão, Judas saiu imediatamente. Era noite.” (Jo 13,27.30)

Muitas pessoas estão aprisionadas no sepulcro da falta de perdão. Uma pesada pedra está colocada entre elas e Cristo ressuscitado. Algumas se recusam a perdoar outras, especialmente membros da família. Muitas sustentam que Deus as perdoou, mas elas não podem perdoar a si mesmas. Isso é auto-engano.

A Bíblia fala não daqueles que se recusam a perdoar a si mesmos, mas daqueles que se recusam a acreditar no perdão de Deus. Judas é um excelente exemplo. Ele se desesperou por ter sido perdoado, e por isso se enforcou (Mt 27,5). Assim como Judas, algumas pessoas sentem que cometeram o pecado imperdoável da blasfêmia contra o Espírito Santo (Mt 12,31). Contudo, esse pecado imperdoável é a blasfêmia de negar a revelação do Espírito Santo que nós sempre podemos ser perdoados(as).

Muitos vão à Confissão, mas ainda se sentem culpados. Eles(as) podem dizer que creem que Deus os(as) perdoou, mas  na verdade não creem. Nós somos salvos(as) pela fé em qualquer circunstância. Somos salvos(as) pela fé da falta de perdão e do desespero de Judas. Pela fé, role a pedra da sua falta de perdão.

Oração: Pai, Abba, nós não temos o direito de não acreditar que Tu nos perdoastes. Dá-nos fé ao ouvirmos a Vossa Palavra (Rm 10,17).

Promessa: “…Foi em vão que me fatiguei, debalde, inutilmente, gastei as minhas forças. E no entanto o meu direito está com Iahweh, o meu salário está com o meu Deus.” (Is 49,4)

Louvor: Lourdes dedica uma hora diariamente diante do Santíssimo Sacramento antes de participar da Missa.

Quarta-feira, 13 de Abril de 2022                             Semana Santa

Papa São Martinho I                   

Is 50,4-9                           Sl 69(68),8-10.21.22.31.33.34                         Mt 26,14-25

                                      DETALHES DA GLÓRIA SANGRENTA

“É por tua causa que eu suporto insultos, que a confusão me cobre o rosto.” (Sl 69(68),8)

Tendo em vista que os apóstolos fugiram no momento da crucificação de Jesus e aqueles poucos que permaneceram provavelmente não quiseram falar sobre os detalhes sangrentos da Sua paixão e morte, os escritores dos Evangelhos podem não ter sabido ou não quiseram expressar muitos dos detalhes dos sofrimentos de Jesus. No entanto, alguns detalhes dos Seus sofrimentos haviam sido revelados em profecias e salmos, especialmente por Isaias. Quando nós vemos um crucifixo, sempre vemos o corpo de Jesus de frente. Contudo, Isaias revela a condição de Suas costas além de Sua barba e de Sua face. O Messias diz: “Ofereci o dorso aos que me feriam e as faces aos que me arrancavam os fios da barba; não ocultei meu rosto às injúrias e aos escarros.” (Is 50,6)

As costas de Jesus devem ter sido muito machucadas, quase retalhadas. Chumaços de cabelo foram arrancados da Sua barba ensanguentada. O Seu rosto foi espancado ficando quase irreconhecível, com saliva, sangue e poeira colados nele, “…tão desfigurado estava o seu aspecto e a sua forma não parecia a de um homem.” (Is 52,14). O Seu coração estava partido. Ele “…[esperou] por compaixão, e nada! Por consoladores, e não os [encontrou]!” (Sl 69(68),21). Ao invés disso, eles puseram fel na Sua comida e em Sua sede deram-Lhe vinagre para beber (Sl 69(68),22; Lc 23,36). Ele sofreu sem piedade para nos dar misericórdia. Ele sofreu porque Ele nos ama. Esses detalhes dos Seus sofrimentos manifestam ainda mais claramente o Seu amor por nós.

Oração: Jesus, eu Te agradeço …

Promessa: “…O Mestre diz: o meu tempo está próximo. Em tua casa irei celebrar a Páscoa com meus discípulos.” (Mt 26,18)

Louvor: Em um Seminário de Cura, Jesus livrou Suzana ae sua incapacidade de andar.

Quinta-feira, 14 de Abril de 2022                                                           A Ceia do Senhor 

Ex 12,1-8.11-14                Sl 116(115),12.13.15-18    1Cor 11,23-26                  Jo 13,1-15 

                                          O SACRAMENTO DA HUMILDADE

“…Isto é o meu corpo, que é para vós; fazei isto em memória de mim.” (1Cor 11,24)

Jesus humilhou a si mesmo (Fl 2,8). Ele esvaziou-se a Si mesmo da glória que partilhava com o Pai no céu (Jo 17,5). Ele se inclinou para acariciar e lavar os pés daqueles que iriam brevemente traí-Lo, abandoná-Lo e negá-Lo (Jo 13,5). Ele deixou de lado a Sua glória e tomou a aparência do pão e do vinho para se tornar um só corpo conosco. Em Seu Corpo Eucarístico, entregue por nós (1Cor 11,24), Ele, humildemente se torna um conosco que participamos na Sua crucificação através de nossos pecados. ‘… os pecadores é que foram os autores, e como que os instrumentos, de todos os sofrimentos que o divino Redentor suportou …’ (CIC,598). Ele se fez ainda mais humilde pelo grande e alegre desejo de fazer todas aquelas coisas por nós, Seus amados (Lc 22,15).

Jesus disse: “Dei-vos o exemplo para que, como eu vos fiz, também vós o façais.” (Jo 13,15). Isso é impossível para nós em nossa humanidade orgulhosa. Assim, Jesus entrega-se a Si mesmo na Eucaristia na humilde forma do pão e do vinho. Ele nos diz: “…Tomai e comei, isto é o meu corpo.” (Mt 26,26). Quando nós “…[comemos] desse pão e [bebemos] desse cálice…” (1Cor 11,26), nós “…trazemos em nosso corpo a agonia…” (2Cor 4,10), a humildade e o amor de Jesus. Nós morremos para nós mesmos(as) e deixamos que Ele viva em nós (Gl 2,19.20). Jesus vive em nós e nós vivemos n’Ele (Jo 6,56; 17,23).

Quando você receber o Corpo e Sangue Eucarístico de Jesus hoje na Missa, receba a Sua humildade. Humilhe-se a si mesmo(a) à vista do Senhor (1Pe 5,6) e abrace a total humildade do maior Amor.

Oração: Jesus, Tu destes o Teu corpo por mim. Que eu possa dar o meu corpo a Ti.

Promessa: “Como retribuirei a Iahweh todo o bem que me fez? Erguerei o cálice da salvação invocando o nome de Iahweh.” (Sl 116(115),12.13)

Louvor: ‘Coração de Jesus na Eucaristia, amável companheiro do nosso exílio, eu Te adoro! Coração Eucarístico de Jesus, Coração solitário, eu Te adoro!
Coração humilhado, eu Te adoro!’

Sexta-feira, 15 de Abril de 2022                                                        Paixão do Senhor                             

Is 52,13-53,12         Sl 31(30),2.6.12.13.15-17.25       Hb 4,14-16; 5,7-9    Jo 18,1-19,42

          “…OS FILHOS DE ADÃO SE ABRIGAM À SOMBRA DE TUAS ASAS.” (Sl 36(35),8)

“…Tenho sede!” (Jo 19,28)

Jesus estava sedento de que o povo de Jerusalém viesse a Ele (Mt 11,28). Ele disse: “Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te são enviados, quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha recolhe os seus pintinhos debaixo de suas asas, e não o quiseste!” (Mt 23,37). Jesus estava sedento por um povo que aceitasse o Seu amor salvador, ouvisse as Suas palavras e as colocasse em prática (Mc 4,8.9).

Jesus dedicou a Sua vida ao Seu povo amado, ensinando, curando, e realizando milagres à sua vista. “Apesar de ter realizado tantos sinais diante deles, não creram nele.” (Jo 12,37) ou se aproximaram d’Ele. Entretanto, ao contrário, Jesus reuniria e salvaria todas as pessoas através de Seu sacerdócio de sofrimento. Ele profetizou: “e, quando eu for elevado da terra [na cruz] atrairei todos a mim.” (Jo 11,32)

Jesus está sedento por recolher todo o povo sob os Seus braços estendidos e crucificados, agora pregados na madeira da cruz (Jo 19,28). Dê de beber a Jesus (Jo 4,7). Satisfaça o Seu desejo e Sua sede. Permaneça à sombra da Sua cruz – aos pés de Jesus crucificado. Aceite Jesus como Senhor e Salvador de sua vida. Deixe que Ele o(a) recolha sob Suas asas (Mt 23,37). Ouça e obedeça a cada palavra d’Ele.

Oração: Jesus, Cordeiro de Deus, que o Teu “…sangue caia sobre nós e sobre nossos filhos.” (Mt 27,25). Torna-nos limpos(as) dos pecados pelo sangue da Tua cruz.

Promessa: “…Pelo seu conhecimento, o justo, meu Servo, justificará a muitos e levará sobre si as suas transgressões.” (Is 53,11)

Louvor:

Sábado, 16 de Abril de 2022                                                                  Vigília Pascal                                                

Rm 6,3-11                              Sl 118(117),1.2.16.17.22.23                           Lc 24,1-12                                           

                                           VOCÊ SENTIU A MINHA FALTA?

“…Por que procurais Aquele que vive entre os mortos? Ele não está aqui; ressuscitou…” (Lc 24,5)

Neste Sábado Santo, não tivemos Missa, não tivemos a presença Eucarística no Sacrário de nossas Igrejas. Jesus, nossa Vida (Jo 11,25; 14,6), o grão que caiu na terra e morreu (Jo 12,24). Ele foi colocado num sepulcro, e nós que fomos batizados n’Ele também fomos sepultados com Ele (Rm 6,4). Nós fomos privados da Sua especial presença Eucarística até esta noite da Vigília Pascal.

Muitos(as) podem dizer: ‘O que há de especial? Somente esperem até à noite ou até amanhã e vocês terão o seu Jesus de volta como sempre’. Eles(as) podem estar dizendo palavras pragmáticas, mas o amor não é pragmático. A criança pequena chora quando a sua mãe deixa o quarto. A amante no Livro dos Cânticos procura pelo seu Amado durante toda a noite (Ct 5,5.6). Nós que estamos vivendo o nosso Batismo na sua totalidade somos tão unidos(as) a Jesus que sentimos terrivelmente a Sua falta quando somos privados(as) da Sua presença. Quando centramos as nossas vidas na Missa, nós sentimos muito a falta da Sua presença na Eucaristia porque nosso amor por Ele é muito grande.

Você sentiu falta de Jesus Eucarístico hoje? Você ao menos percebeu que Ele está ausente? Se não, hoje é a sua oportunidade de crescer no amor. Peça ao Espírito Santo para derramar o amor de Deus no seu coração (Rm 5,5). Se a ausência faz o coração ficar mais ávido, então que a presença de Jesus hoje faça o seu coração transbordar de amor por Ele.

Oração: “Como a corça bramindo por águas correntes, assim minha alma está bramindo por ti, ó meu Deus! Minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando voltarei a ver a face de Deus?” (Sl 42(41),2.3)

Promessa:

Louvor:

Domingo, 17 de Abril de 2022                                                      Ressurreição do Senhor                   

At 10,34.37-43        Sl 118(117),1.2.16.17.22.23        Cl 3,1-4 ou 1Cor 5,6-8          Jo 20,1-9

                                                  VIDA RESSUSCITADA EM JESUS

“Se, pois, ressuscitastes com Cristo, procurai as coisas do alto, onde Cristo está sentado à direita de Deus. Pensai nas coisas do alto, e não nas da terra.” (Cl 3,1.2)

Aleluia! Cristo ressuscitou! Seu túmulo está vazio! “…a morte não tem mais domínio sobre ele.” (Rm 6,9). Aleluia!

Em razão de termos sido batizados(as) em Cristo, nós morremos com Ele (Rm 6,3). “Porque se nos tornamos uma coisa só com ele por uma morte semelhante à sua, seremos uma coisa só com ele também por uma ressurreição semelhante à sua.” (Rm 6,5). Neste dia nós já fomos ressuscitados com Jesus para participar de Sua gloriosa, santificada e ressuscitada vida (Cl 3,1).

Para muitas pessoas em todo o mundo, a alegria da Páscoa significa retornar às coisas que deixaram durante a Quaresma. É voltar ao chocolate, aos doces, aos refrigerantes, aos sorvetes, etc. Sim, nós temos que festejar e nos alegrar na Páscoa (Lc 15,32), e essas iguarias nos ajudam a celebrar, mas se nós encontramos a nossa alegria simplesmente retornando à vida que tínhamos antes da Quaresma, nós certamente perdemos a Páscoa.

Jesus é a razão deste tempo! Ele ressuscitou! Nós somos convidados(as) a uma vida ressuscitada com Ele que é tão nova, poderosa, e excitante que nós não podemos celebrar o suficiente com o velho fermento, isto é, nossas antigas alegrias e antigo estilo de vida (1Cor 5,7). Que nós “[pensemos] nas coisas do alto, e não nas da terra.” (Cl 3,2). Vamos celebrar durante os cinquenta dias do Tempo Pascal mergulhando na Palavra de Deus, que “…é mais doce do que o mel…” (Sl 119(118),103), e na Eucaristia, o pão “…[da] pureza e [da] verdade.” (1Cor 5,8)

Oração: Pai, dá-me caminhos novos e ressuscitados para celebrar esta nova vida (At 5,20). Louvor e glória a Ti, Jesus ressuscitado!

Promessa: “Então, entrou também o outro discípulo, que chegara primeiro ao sepulcro; e viu e creu.” (Jo 20,8)

Louvor: “Este é o dia que Iahweh fez, exultemos e alegremo-nos nele.” (Sl 118(117),24). Jesus ressuscitou! Aleluia!

Segunda-feira, 18 de Abril de 2022                                                                                               

At 2,14.22-33                                        Sl 16(15),1.2.5.7-11                    Mt 28,8-15 

                                                   A PALAVRA DO SENHOR

“Pedro, então, de pé, junto com os Onze, levantou a voz e assim lhes falou…” (At 2,14)

Coloque-se no lugar de São Pedro. Você está de pé diante de milhares de pessoas, muitas das quais pensam que você está bêbado. Essa é a sua chance de testemunhar por Cristo ressuscitado. O que você vai dizer? Irá mencionar que Jesus ressuscitado apareceu em pessoa para você no Dia da Ressurreição? (Lc 24,34) Irá mencionar a aparição de Jesus na tarde daquele Dia ou a ocasião em que Tomé tocou nas suas feridas uma semana depois? (Jo 20,19-29). Que tal falar sobre o momento em que Jesus ressuscitado disse a você para pescar cento e cinquenta e três peixes, ou sobre quando Ele ascendeu ao Céu? (Jo 21,4-14; Mc 16,19). E quanto a Jesus ressuscitado apareceu diante de mais de quinhentos irmãos de uma só vez? (1Cor 15,6).

Surpreendentemente, Pedro nunca mencionou nenhum desses testemunhos de encontros pessoais com Jesus ressuscitado. Ao invés disso, ele falou sobre o Salmo 16 (At 2,25-28). Este Salmo queimava no coração de Pedro como a profecia de Cristo ressuscitado (Lc 24,32). Quando ele partilhou isso, ele fez algo pela multidão. Eles não pensaram mais que Pedro estivesse bêbado, e três mil pessoas pediram para serem batizadas naquele dia (At 2,41).

A Palavra de Deus nos apresenta à vida ressuscitada. A Palavra tem que nos despertar para a vida antes de nós acreditarmos profundamente que Jesus está vivo. Quando a Palavra de Deus quase que pular das páginas, nós saberemos que o sepulcro está vazio e que Ele está vivo.

“Pois a Palavra de Deus é viva, eficaz e mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes…” (Hb 4,12). “…As palavras [de Jesus] são espírito e vida.” (Jo 6,63)

Oração: Jesus, que a Tua Palavra arda no meu coração dentro de uma semana (Lc 24,32).

Promessa: “E eis que Jesus veio ao seu encontro e lhes disse: ‘Alegrai-vos’. Elas, aproximando-se, abraçaram-lhe os pés, prostrando-se diante dele. Então Jesus disse: ‘Não temais! Ide anunciar a meus irmãos que se dirijam para a Galiléia; lá me verão’.” (Mt 28,9.10)

Louvor: Aleluia! Jesus ressuscitou! “…exultemos e alegremo-nos nele.” (Sl 118(117),24)

Terça-feira, 19 de Abril de 2022  

At 2,36-41                                  Sl 33(32),4.5.18-20.22                         Jo 20,11-18

                                                                      DE LONGE, A COISA CERTA

“Diz-lhe Jesus: ‘Maria!’ Voltando-se, ela lhe diz em hebraico: ‘Rabbuni!’, que quer dizer ‘Mestre’. Jesus lhe diz: ‘Não me retenhas, pois ainda não subi ao Pai …’.” (Jo 20,16.17)

Maria Madalena não foi somente a primeira pessoa a encontrar Jesus ressuscitado citada no Evangelho, mas possivelmente a única pessoa totalmente transformada por Jesus ressuscitado durante os primeiros cinquenta dias depois da Ressurreição. Muitas outras pessoas encontraram Cristo ressuscitado, mas não temos registro delas centrando suas vidas e testemunhando o Senhor ressuscitado. Mesmo os discípulos de Jesus permaneceram trancados no Cenáculo apesar de terem encontrado Jesus ressuscitado mais de uma vez (Jo 20,26). Porém Maria Madalena compreendeu e transmitiu a mensagem da Ressurreição durante os primeiros cinquenta dias.

Esse fato nos faz realistas e otimistas. Nós seríamos ingênuos(as) em presumir que iríamos ter a Páscoa deste ano automaticamente. A Páscoa de 2022 pode não ser muito diferente da Páscoa passada. Porém, ao mesmo tempo, Maria Madalena nos faz otimistas. Ela partilhou a mensagem da Páscoa durante os primeiro cinquenta dias após a primeira Páscoa. Ela parecia ser uma das últimas candidatas a encontrar Jesus ressuscitado, pois havia sido possuída por sete demônios (Lc 8,2). No entanto, o Senhor ressuscitado decidiu vir até ela.

A sua vida pode ter sido marcada pelo pecado e pela escravidão no passado. Você pode não ser respeitado(a), e até mesmo ter preocupações a respeito de si mesmo(a). Contudo, o Senhor ressuscitado e glorioso quer vir até você, tal como Ele fez com Maria Madalena. Deixe que Jesus ressuscitado transforme você neste Tempo Pascal.

Oração: Jesus, Tu és, de longe, a coisa certa se eu crer em Ti e Te obedecer. Vem, Jesus ressuscitado!

Promessa: “…Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para a remissão de vossos pecados. Então recebereis o dom do Espírito Santo.” (At 2,38)

Louvor: Jesus é a Ressurreição e a Vida (Jo 11,25). Louvor a Jesus para sempre!

Quarta-feira, 20 de Abril de 2022 

At 3,1-10                                    Sl 105(104),1-4.6-9                     Lc 24,13-35                                                      

                                      DANDO VIDA A UMA CULTURA DA MORTE

“Todo o povo viu-o andar e louvar a Deus; reconheciam-no, pois era ele quem esmolava, assentado junto à Porta Formosa do Templo. E ficaram cheios de admiração e de assombro pelo que lhe sucedera.” (At 3,9.10)

Cinquenta dias após a Ressurreição de Jesus, quase três mil pessoas creram que Ele havia ressuscitado dentre os mortos e que Ele também iria ressuscitar aqueles(as) que cressem n’Ele (Jo 6,40). As outras pessoas estavam confusas e escravizadas pela ignorância da vida após a morte e pelo medo da morte (Hb 2,15). Como podiam alguns poucos milhares de pessoas alcançar o resto do mundo com a Boa Nova de Jesus ressuscitado? Nós, atualmente, nos encontramos em situação semelhante. Hoje, o Senhor está chamando os dois bilhões de Católicos do mundo inteiro a alcançar os seis bilhões que não conhecem ou não creem em Jesus, a Ressurreição e a Vida (Jo 11,25).

Em alguns poucos anos, a Igreja nascente alcançou milhões de pessoas com a Boa Nova de Jesus ressuscitado. Eles(as) fizeram isso pelo poder do Espírito Santo. No Espírito, eles(as) pregaram a Boa Nova de Jesus. Sinais, milagres e curas acompanharam sua pregação (Mc 16,17.18). Algumas vezes, o Senhor primeiro cura as pessoas para dar à Igreja uma abertura para proclamar Jesus ressuscitado (At 3,11.12). Frequentemente o Senhor acentua a pregação da Igreja com uma cura como um ponto de exclamação.

Vamos atingir nossa ‘cultura da morte’ com a mensagem da ressurreição e da vida. Receba o Espírito Santo! Proclame a Palavra de Deus! Cure em nome de Jesus (At 3,6). Jesus ressuscitou! Aleluia!

Oração: Pai, eu quero fazer qualquer coisa para alcançar o maior número possível de pessoas com a Boa Nova de Jesus ressuscitado (1Cor 9,19).

Promessa: “…Não ardia o nosso coração quando ele nos falava pelo caminho, quando nos explicava as Escrituras?” (Lc 24,32)

Louvor: “Ensinar-me-ás o caminho da vida, cheio de alegrias em tua presença e delícias à tua direita, perpetuamente.” (Sl 16(15),11)

Quinta-feira, 21 de Abril de 2022                                                           Santo Anselmo                   

At 3,11-26                                  Sl 8,2.5-9                                   Lc 24,35-48

                                          FANTASMAS E O ESPÍRITO

“…Apalpai-me e entendei que um espírito não tem carne, nem ossos, como estais vendo que eu tenho.” (Lc 24,39)

A primeira reação a Cristo ressuscitado foi, e é: “Tomados e espanto e temor, imaginavam ver um espírito.” (Lc 24,37). Jesus tentou mudar aquela primeira impressão mostrando as Suas mãos e pés perfurados e comendo um pedaço de peixe (Lc 24,40.42.43). Eles continuavam achando que Ele era um fantasma. “Então abriu-lhes a mente para que entendessem as Escrituras.” (Lc 24,45), mas os apóstolos ainda permaneciam atrás das portas fechadas (Jo 20,26). Somente quando receberam o Espírito Santo no Domingo de Pentecostes os discípulos passaram da sensação fantasmagórica de Jesus ressuscitado para uma fé reafirmada n’Ele.

O Espírito Santo é o adiantamento e a confirmação de todas as obras de Deus, incluindo a Ressurreição de Jesus (2Cor 1,21.22). O Espírito torna a Ressurreição real para nós – uma experiência concreta, prática, de carne e sangue e de mudança de vida. Muitos Cristãos atualmente ainda não mudaram aquela primeira falsa impressão de Cristo ressuscitado como um fantasma. O nosso acanhamento e os nossos medos denunciam esse fato. Nós precisamos do Espírito Santo para confirmar a nossa fé no Senhor ressuscitado. Então agiremos normalmente, saindo às ruas, e proclamando a glória de Deus (At 2,4-12)

Oração: Jesus, que eu possa agir normalmente para alguém que tenha visto o morto voltar à vida. Que os descrentes possam ficar impressionados comigo, com a minha vida e com o meu estilo de vida.

Promessa: “Para vós em primeiro lugar Deus ressuscitou seu Servo e o enviou para vos abençoar, a partir do momento em que cada um de vós se afaste de suas maldades.” (At 3,26)

Louvor: “…Mas Deus ressuscitou [Jesus] dentre os mortos, e disto nós somos testemunhas.” (At 3,15)

Sexta-feira, 22 de Abril de 2022            

At 4,1-12                                    Sl 118(117),1.2.4.22-27                         Jo 21,1-14 

                             CURANDO O DEFICIENTE

“Uma vez que hoje somos interrogados judicialmente a respeito do benefício feito a um enfermo e de que maneira ele foi curado, seja manifesto a todos vós e a todo o povo de Israel: é em nome de Jesus Cristo…” (At 4,9.10)

“Apossava-se de todos o temor, pois numerosos eram os prodígios e sinais que se realizavam por meio dos apóstolos.” (At 2,43). As poucas curas relatadas nos Atos dos Apóstolos foram escolhidas para serem proclamadas não porque tenham sido curas, mas por causa da sua especial importância. O homem aleijado de nascença é alguém com quem todos nós podemos nos identificar. Nós podemos não ser fisicamente aleijados(as), mas todos(as) nós temos sido aleijados(as) desde o nosso nascimento de outros modos. Por causa da covardia, Pedro também era aleijado. Algumas pessoas nunca deram os seus primeiros passos na evangelização. Muitas têm sido paralisadas pelo medo por todo tempo que podem se lembrar. Outras nunca oram junto com as(os) suas(seus) esposas(os). Essas são aleijadas espirituais graves.

Todavia, a boa nova é que em nome de Jesus ressuscitado nós podemos ser curados(as). Isso irá provar que Jesus ressuscitou e está vivo. Quando nós deixamos Jesus nos curar de uma deficiência de longa data, temos o fórum ideal para proclamar a Sua ressurreição. Aqueles que nos conhecem há muito tempo ficarão admirados diante da nossa nova liberdade. Eles irão nos perguntar como nós fomos curados(as) da nossa deficiência. Então nós seremos capazes de proclamar que isto foi feito “…em nome de Jesus Cristo…” crucificado e ressuscitado (At 4,10).

Oração: Jesus ressuscitado, que eu possa deixar que Tu me cures da minha longa deficiência.

Promessa: “Simão Pedro subiu no barco e arrastou para a terra a rede, cheia de cento e cinquenta e três peixes grandes…” (Jo 21,11)

Louvor: Aleluia! “…Deus … nos gerou de novo, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos…” (1Pe1,3)

Sábado, 23 de Abril de 2022                                          São Jorge

                                                                                       Santo Adalberto 

At 4,13-21                                  Sl 118(117),1.14-21                     Mc 16,9-15 

                                                 VIDAS INEXPLICÁVEIS

“…Que faremos com estes homens? Que um sinal notório foi realizado por eles é claramente manifesto a todos os habitantes de Jerusalém, e não podemos negá-lo.” (At 4,16)

Como sabemos que Jesus ressuscitou dentre os mortos? A historicidade da Ressurreição contada na Bíblia é mais verossímil do que outros documentos antigos por causa do número e exatidão dos manuscritos dos Evangelhos e da credibilidade dos autores dos Evangelhos. Isso tem sido confirmado pela consistência interna dos Evangelhos e pelas descobertas arqueológicas. Nós temos uma base intelectual e factível para acreditar que Jesus ressuscitou.

No entanto, conhecer o significado da Sua Ressurreição é uma questão de fé. Nós sabemos pela fé que a Ressurreição de Jesus significa que a Sua morte destruiu a morte (Hb 2,14) e que agora nós que cremos n’Ele vivemos uma vida radicalmente nova e ressuscitaremos dos mortos por Ele. A nossa fé na Ressurreição como o maior e mais central evento na história humana é confirmada pelas vidas dos Cristãos. Muitos Cristãos eram possuídos por demônios antes das suas conversões, como aconteceu com Maria Madalena (Mc 16,9). Agora essas pessoas são as pessoas mais livres do mundo. Pessoas que estavam presas na incredulidade e na teimosia (Mc 16,14) são agora confiantes e ousadas em proclamar Cristo ressuscitado (At 4,13). Essas conversões aconteceram aos milhões em todas as culturas ao longo de dois mil anos.

Jesus ressuscitou! Nossas vidas modificadas proclamam: Jesus ressuscitou!

Oração: Pai, que minha vida possa ser inexplicavelmente inseparável da ressurreição de Jesus.

Promessa: “…Ide por todo o mundo, proclamai o Evangelho a toda criatura…” (Mc 16,15)

Louvor: Louvor a Jesus, a Ressurreição e a Vida (Jo 11,15). “Morte, onde está a tua vitória? Morte, onde está o teu aguilhão?” (1Cor 15,55). Aleluia eternamente!

Domingo, 24 de Abril de 2022                                Divina Misericórdia

São Fidelis de Sigmaringa

At 5,12-16              Sl 118(117),2-4.22-27                 Ap 1,9-13.17-19      Jo 20,19-31

   EU CREIO 

“Estes, porém, foram escritos para crerdes que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome.” (Jo 20,31)

Aleluia! Jesus ressuscitou! Essa última semana foi uma das melhores semanas da sua vida, não por causa do que você fez, mas pelo que Jesus ressuscitado tenha feito? Ou você continua trancado no Cenáculo com todas as dúvidas dos Tomés e dos discípulos amedrontados? “…não sejas incrédulo, mas crê!” (Jo 20,27)

“…Não temas!…” (Ap 1,17). Jesus é “…o Primeiro e o Último, o Vivente…” (Ap 1,17.18). Ele esteve morto, mas agora Ele vive – “…pelos séculos dos séculos…” (Ap 1,18). Ele é “…rico em misericórdia…” (Ef 2,4)

Responda a Ele: “…Meu Senhor e meu Deus!” (Jo 20,28). Porque você crê, ocorrerão “…muitos sinais e prodígios no meio do povo…” (At 5,12). Porque você crê, “mais e mais [irão aderir] ao Senhor, pela fé, multidões de homens e de mulheres.” (At 5,14). Porque você crê, multidões irão se juntar, “…trazendo enfermos e atormentados pelos espíritos impuros, os quais [serão] todos curados.” (At 5,16)

Jesus está fora do sepulcro para sempre. Mas muitas partes do Seu Corpo permanecem sepultadas. Nós precisamos rolar as pedras da dúvida e sair para a glória do Filho ressuscitado. A Páscoa é para os crentes. “…Felizes os que não viram e creram!” (Jo 20,29)

Oração: Pai, transforma o meu coração e o meu estilo de vida. Que, através do meu testemunho de fé, muitas pessoas possam ser trazidas para a nova liberdade do Teu Filho.

Promessa: “…Não temas!…” (Ap 1,17)

Louvor: “Fiel é esta palavra: Se com ele morremos, com ele viveremos.” (2Tm 2,11). Jesus, eu Te agradeço por Tua misericórdia.

Promessa: “…Ide por todo o mundo, proclamai o Evangelho a toda criatura…” (Mc 16,15)

Louvor: Louvor a Jesus, a Ressurreição e a Vida (Jo 11,15). “Morte, onde está a tua vitória? Morte, onde está o teu aguilhão?” (1Cor 15,55). Aleluia eternamente!

Segunda-feira, 25 de Abril de 2022                                                        São Marcos                   

1Pd 5,5-14                                  Sl 89(88),2.3.6.7.16.17                          Mc 16,15-20 

                                               A MARCA DA HUMILDADE

“…Revesti-vos todos de humildade em vossas relações mútuas, porque Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes.” (1Pe 5,5)

Depois que Marcos deixou a primeira viagem missionária (At 13,13), ele mudou o seu pensamento e estava desejoso por iniciar uma segunda viagem missionária (At 15,37). Isso pode ter sido um ato de arrependimento e humildade. Quando São Paulo se recusou a levar São Marcos (At 15,38), Marcos dever ter aceitado isso, pois ele mais tarde voltou a ter boas relações com Paulo (Cl 4,10; 2Tm 4,11). Essa reconciliação exigiu um ato de humildade tanto de Marcos quanto de Paulo. Marcos, mais tarde, humilhou-se a si mesmo e buscou ser disciplinado e adotado por São Pedro (1Pe 5,13). Como todo Cristão, Marcos foi repetidamente chamado a humilhar a si mesmo. Marcos aceitou alguns destes chamados.

Como Marcos se humilhou a si mesmo, o Senhor mostrou grande bondade para com ele (1Pe 5,5). O Senhor promete: “Aquele que se exaltar será humilhado, e aquele que se humilhar será exaltado.” (Mt 23,12). Na humildade de Marcos, o Senhor o exaltou escolhendo-o para escrever um dos Evangelhos. O Senhor tornou Marcos um santo canonizado, reconhecido internacionalmente durante séculos como um discípulo modelo. Até mesmo igrejas e cidades receberam o nome de Marcos. O Senhor continua a agir através da intercessão e do ministério de Marcos de maneira surpreendente.

Nós também podemos ser exaltados(as) como foi Marcos, se nos humilharmos a nós mesmos(as) como Jesus fez (Fl 2,8). Humilhe-se a si mesmo(a).

Oração: Pai, que eu nunca seja desnecessário(a) para Ti. Sou todo(a) Teu(Tua).

Promessa: “Aquele que crer [na Boa Nova] e for batizado será salvo…” (Mc 16,16)

Louvor: São Marcos deixou a primeira missão. Ele cresceu no Espírito e mais tarde escreveu um Evangelho proclamando Jesus através de gerações.

Terça-feira, 26 de Abril de 2022                             

At 4,32-37                                  Sl 93(92),1.2.5                                      Jo 3,7-15 

                                          FAZENDO UMA DECLARAÇÃO

“…Ninguém considerava exclusivamente seu o que possuía, mas tudo entre eles era comum.” (At 4,32)

Os primeiros Cristãos “…tinham tudo em comum.” (At 2,44). Essa obra do Espírito Santo foi um poderoso testemunho da Ressurreição de Jesus (At 4,33). Partilhar todas as coisas em comum requer uma milagrosa unidade. “A multidão dos que haviam crido era um só coração e uma só alma…” (At 4,32). Mais ainda, a partilha de todas as coisas em comum é motivada por tamanho zelo pela evangelização que nós agregamos os nossos recursos para maximizar nosso apoio evangelista.

Quando nos tornamos um só coração, pensamento e posses, nós começamos a ser um como Jesus e o Pai são um. Então o mundo acreditará que o Pai enviou o Filho (Jo 7,21). “Com grande poder [nós damos] o testemunho da ressurreição do Senhor…” (At 4,33)

A partilha de todas as coisas em comum é assim tão poderosa porque ela é muito difícil. É quase impossível partilhar profunda e realistamente com outras pessoas. Nosso orgulho e egoísmo lutam contra isso. Mais ainda, a nossa cultura altamente secularizada, de individualismo, independência e privacidade são quase deuses; assim partilhar todas as coisas está fora de questão. Portanto, quando nós partilhamos todas as coisas em comum em nossa cultura, fazemos quase que uma declaração. Pessoas serão desafiadas a nos chamar de loucos(as) ou a crer na Ressurreição de Jesus.

Oração: Pai, pelo Teu poder que eu possa vir a fazer alguma coisa que não possa ser explicada, exceto crendo na Ressurreição do Teu Filho.

Promessa: “O vento sopra onde quer e ouves o seu ruído, mas não sabes de onde vem nem para onde vai. Assim acontece com todo aquele que nasce do Espírito.” (Jo 3,8)

Louvor: Os membros da comunidade familiar de André juntam recursos para dar esmolas e auxiliar na manutenção de um ministério voluntário permanente.

Quarta-feira, 27 de Abril de 2022                                                                                                  

At 5,17-26                                  Sl 34(33),2-9                               Jo 3,16-21

                     LEVANDO PESSOAS AMADAS DA ESCURIDÃO PARA A LUZ

“Ide e, apresentando-vos no Templo, anunciai ao povo tudo o que se refere àquela Vida!” (At 5,20)

As leituras das Missas nesta semana falam sobre ‘nascer de novo’, “…nascer do alto…” (Jo 3,5). Assim como uma criança precisa ser ensinada a como viver em um mundo novo, também Cristãos ‘recém-nascidos’ precisam ser nutridos e ensinados. Assim, os Anjos do Senhor mandam os apóstolos “…[anunciar] ao povo tudo o que se refere àquela Vida!” (At 5,20)

Pais, vocês se lembram quando o seu filho recém-nascido foi entregue no quarto do hospital? O bebê não tinha visto nenhuma luz. Cheios de compaixão, os atendentes do hospital mantêm a luz suave no quarto, pois a menor claridade faz com que a criança feche os olhos firmemente. A criança prefere a escuridão à luz (Jo 3,19). As crianças precisam de tempo, de amor e de orientação de modo a se ajustar a viver na luz.

O Evangelho de hoje proclama que aqueles que vivem sem Jesus preferem a escuridão, mesmo que a escuridão os faça infelizes (Jo 3,20). Cristãos em potencial também precisam de tempo, de amor e de orientação de modo a aprender como viver na luz. Um médico ‘entrega’ uma criança recém-nascida. De modo similar, você é chamado(a) a um ministério de ‘entrega’. O Senhor está enviando você para ser como o corpo médico e os atendentes do hospital. Você pode ser chamado(a) para ensinar, para orientar, para amar, ou simplesmente para manter uma luz suave presente na vida das pessoas, de modo que elas possam aprender a gradualmente a ajustar os olhos espirituais a um mundo de uma luz supostamente assustadora (Is 9,1). Portanto, saia e tome seu lugar, e ensine às pessoas tudo sobre esta nova vida (At 5,20).

Oração: Pai, usa-me para trazer milhares de pessoas “…das trevas para a sua luz maravilhosa.” (1Pe 2,9)

Promessa: “Pois Deus não enviou o seu Filho ao mundo para julgar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele.” (Jo 3,17)

Louvor: Daniel seguiu tão de perto as inspirações do Espírito que pode levar o amor de Deus a muitas pessoas através de seu trabalho junto às comunidades carentes.

Quinta-feira, 28 de Abril de 2022                                       São Pedro Chanel

                                                                                          São Luis Grignon de Montfort 

At 5,27-33                                  Sl 34(33),9.17-20                        Jo 3,31-36 

                                          OBEDIÊNCIA E RACIONAMENTO

“Com efeito, aquele que Deus enviou fala as palavras de Deus, pois ele dá o Espírito sem medida.” (Jo 3,34)

No Evangelho de hoje, nos é dito: “…pois [Deus] dá o Espírito sem medida.” (Jo 3,34). Muitos leitores mais velhos devem se lembrar da escassez de bens materiais durante o racionamento de gasolina no início dos anos 70 ou do grande racionamento durante a segunda guerra mundial. Se você já vivia durante esse tempo de racionamento, você aprendeu como se adaptar (Fl 4,11.12).

Jesus revela na passagem do Evangelho de hoje que Deus não raciona os dons do Espírito Santo (Jo 3,34). Talvez muitos de nós ficamos acostumados a viver sem o Espírito Santo, ou com somente uma influência mínima do Espírito Santo em nossas vidas. Mas não é esse o plano de Deus. Ele derrama ricamente o Espírito Santo sobre todos nós (Tt 3,6). O aparentemente racionamento ou falta do Espírito Santo é por causa da desobediência da humanidade, não por causa da mesquinhez de Deus (2Cor 6,12.13). São Pedro e os apóstolos revelam que Deus dá o Espírito Santo àqueles que Lhe obedecem (At 5,32).

Ao nos aproximarmos da grande festa de Pentecostes dentro de cinco semanas, “[Examinemo-nos a nós] mesmos, e [vejamos] se [estamos] na fé; [provemo-nos]…” (2Cor 13,5). O Espírito Santo está extinto na sua vida por causa da desobediência? (1Ts 5,19; Ef 4,30). Você pediu pelo Espírito Santo? Como um pai amoroso, Deus quer dar a você o Espírito Santo muito mais do que você quer recebê-Lo (Lc 11,13). Peça pelo Espírito Santo e você irá recebê-Lo (Mt 7,7).

Oração: Pai, que eu possa querer receber o Espírito Santo mais do que eu quero respirar novamente. Vem, Espírito Santo!

Promessa: “Provai e vede como Iahweh é bom, feliz o homem que nele se abriga.” (Sl 34(33),9)

Louvor: São Pedro Chanel foi ordenado na França, mas desejou trabalhar em missões. Ele conseguiu realizar seu desejo e ajudou a espalhar o Evangelho na Oceania, O filho de um cacique Polinésio pediu o Batismo; Pedro foi martirizado logo em seguida.

Sexta-feira, 29 de Abril de 2022                                                   Santa Catarina de Sena 

At 5,34-42                                  Sl 27(26),1.4.13.14                     Jo 6,1-15 

                                        PARA O MELHOR E PARA O PIOR

“E cada dia, no Templo e pelas casas, não cessavam de ensinar e de anunciar a Boa Nova do Cristo Jesus.” (At 5,42)

Quando São Pedro e São João proclamaram a Ressurreição de Jesus depois de terem curado o homem aleijado, a reação dos Saduceus foi de ódio (At 4,1.2). Como os apóstolos proclamavam Cristo ressuscitado através de sinais e prodígios, o sumo sacerdote e os Saduceus reagiram com ciúmes (At 5,17). Eles expressaram isso mandando açoitar os apóstolos (At 5,40). Quando Santo Estevão proclamou o Cristo ressuscitado, os espectadores responderam com violência. Eles rangeram seus dentes, colocaram suas mãos sobre os ouvidos, atacaram Estevão e o apedrejaram até à morte (At 7,54-58).

Quanto mais os discípulos proclamavam a Ressurreição, mais eles sofriam perseguições. Quanto mais intensa a perseguição, mais os discípulos continuavam a proclamar a Ressurreição. Eles consideravam um privilégio serem considerados “…dignos de sofrer afrontas…” por causa do nome de Jesus (At 5,41). “E cada dia, no Templo e pelas casas, não cessavam de ensinar e de anunciar a Boa Nova do Cristo Jesus.” (At 5,42)

Você está testemunhando por Jesus ressuscitado? Algumas pessoas estão respondendo com fé e amor? Como você está considerando isso? Você está se alegrando por sofrer rejeição e hostilidade por amor a Jesus? Você está intensificando sua proclamação de Cristo ressuscitado?

Oração: Pai, que eu possa reagir à rejeição através do perdão e do testemunho pelo Teu Filho com mais zelo ainda.

Promessa: “Uma grande multidão o seguia, porque tinha visto os sinais que ele realizava nos doentes.” (Jo 6,2)

Louvor: Durante o Século XIV, diversos papas escolheram viver em Avignon, França, ao invés de Roma. Em 1377, Santa Catarina persuadiu com sucesso o Papa Gregório XI a retornar a Roma. Ela foi declarada Doutora da Igreja em 1970.

Sábado, 30 de Abril de 2022                                                                  Papa São Pio V                                       

At 6,1-7                                      Sl 33(32),1.2..4.5.18.19                                   Jo 6,16-21 

                                                       ALGUM TEMPO

“Quiseram, então, recolhê-lo no barco, mas ele imediatamente chegou à terra para onde iam.” (Jo 6,21)

Jesus é o Senhor do tempo. Ele pode fazer o tempo voltar (Is 38,8) ou se deter (Js 10,13). Ele tornou isso possível aos Seus discípulos atravessar algumas milhas através do Mar da Galiléia literalmente em um instante (Jo 6,21).

Jesus até mesmo nos dá poder para adiantar o relógio. A Bem-Aventurada Virgem Maria parece ter adiantado o inicio do ministério público de Jesus (Jo 2,3-11). A cura da filha da mulher Cananéia parece ter ‘adiantado’ o ministério de Jesus junto aos Gentios (Mt 15,24.28). Jesus até mesmo nos deixa apressar o tempo de Sua vinda definitiva (2Pd 3,12). Nós não somos engrenagens impotentes na roda do tempo, mas, como Cristãos, participamos do senhorio de Jesus sobre o tempo.

O Senhor criou o tempo através da criação de “…luzeiros no firmamento do céu para separar o dia e a noite…” (Gn 1,14). Satanás usou o tempo para nos dominar quando trouxe a morte ao mundo através dos nossos pecados. Jesus nos libertou da escravidão do tempo e da morte pela Sua morte e Ressurreição. Ele nos deu poder sobre o tempo através do derramamento do Espírito Santo. Jesus irá finalmente dar fim ao tempo quando Ele voltar no último dia, no final dos tempos, para nos levar com Ele para a alegria da eternidade. Por causa da Ressurreição de Jesus, o tempo é nosso servo, não nosso senhor. Louvor a Jesus, Senhor do tempo!

Oração: Jesus, que eu possa Te entregar o meu tempo e deixar que Tu sejas Senhor dele.

Promessa: “E a palavra do Senhor crescia. O número dos discípulos multiplicava-se enormemente em Jerusalém, e considerável grupo de sacerdotes obedecia à fé.” (At 6,7)

Louvor: O Papa São Pio V realizou muitas coisas nos seis anos do seu pontificado. Ele implementou o decreto do Concílio de Trento e promulgou a catequese resultante em 1566.